quarta-feira, outubro 29, 2014

Photos : Ryanair dévoile la cabine de ses futurs Boeing 737 MAX 200 | Air Info

Visualisation de l'intérieur du futur Boeing 737 MAX 200 de Ryanair - © Ryanair
Visualização da cabine do futuro B737-Max200 para a Ryanair



O paradigma da aviação comercial mudou. TAP,  alô?


O segredo da sobrevivência da aviação comercial está na eficiência e no preço. Só a TAP e as demais companhias de bandeira europeias continuam sem perceber o ABC da era pós-Pico do Petróleo — cortesia do Prof. Costa e Silva e de outros especialistas que encharcam as televisões de ilusões populistas sobre a abundância do petróleo existente nas famosas 'rochas mãe'.

O problema, porém, não está na quantidade de hidrocarboneto existente na Terra, mas sim nos danos ambientais e custo da sua produção, passada a era da abundância do petróleo doce e generoso que brotava à superfície do planeta. Há um fator objetivo, descoberto por Charles A. S. Hall, chamado EROEI, ou EROI — segundo o qual é possível demonstrar que o petróleo e gás de xisto americanos, por exemplo, estão a ser explorados dentro de uma bolha financeira constituída pelo acesso a dinheiro virtual do tesouro americano fornecido a custos negativos — sem o que toda a operação de obtenção de petróleo e gás natural da fraturação de rochas de xisto (fracking) seria economicamente inviável.

Leia-se a este propósito Chris Hamilton, “Daze of Peak Oil…or at least Peak Oil Production”, 2014, Oct 15. Biderman's Money Blog, e ainda a compilação de artigos que temos vindo a reunir em Collapse Link.

A mentira sobre a nova Arábia Saudita de Obama só poderá resultar, mais cedo ou mais tarde, em novo desastre financeiro e em próximas e mais profunda e duráveis recessões, que já estão a caminho.

Se há tanto petróleo porque carga de água foi necessário eliminar (com um limpa-neves!) os dois dirigentes máximos da Total? (1)

Mas voltando à Ryanair, à easyJet e às companhias low cost em geral, basta observar como estas empresas têm aproveitado a inércia ruinosa dos governos e partidocracias devoristas que têm vindo a proteger as Alitalia, Air France, British Airways-Iberia e TAP, entre outras companhais de bandeira cujos prejuízos são pagos anualmente pelos contribuintes sob a forma de impostos, taxas e imparidades disfarçados, para perceber que quanto mais tempo demorar a reestruturação drástica das empresas públicas de aviação maior será o preço a pagar por tanta ineficiência e corrupção.

O anúncio do avanço das low cost para o Montijo e para os Açores, depois de terem mordido fatalmente o mercado da TAP nos principais aeroportos do continente, sustentado, como sabemos, a Pão de Ló e corrupção por investigar, é uma prova mais de que o Prof. António Costa Silva só disse disparates no programa Negócios da Semana de 24 de outubro de 2014.

Pourtant, avec 197 sièges, le 737 MAX 200 emportera 8 passagers de plus que les 737-800 composant la flotte aujourd’hui, tout en conservant le même fuselage.

Alors comment s’y prendront Boeing et Ryanair pour caser les passagers supplémentaires?

Tout d’abord, l’espacement de 30 pouces est une moyenne, et celle-ci tient compte des sièges situés aux issues de secours, plus spacieux. Certaines rangées, notamment à l’arrière de l’appareil, pourraient disposer d’un espacement plus proche des 29 pouces que des 30.

Boeing et Ryanair utiliseront également certaines astuces, notamment en optimisant l’espace disponible à l’intérieur de la cabine.

Le 737 MAX 200 de la low-cost Irlandaise sera équipé de sièges ultra-fins non-inclinables de nouvelle génération, moins encombrants et plus légers. Ceux-ci permettront de gagner quelques centimètres, mais aussi d’économiser du poids et donc du carburant.

Photos : Ryanair dévoile la cabine de ses futurs Boeing 737 MAX 200 | Air Info


NOTAS

  1. If it weren’t for those short odds, a snowplow on the runway with an allegedly drunk driver would be the perfect crime. But who would benefit from his death?

    De Margerie was one of the few business leaders who spoke out against the isolation of Russia. On this last trip to Moscow, he railed against sanctions and the obstacles to Russian companies obtaining credit.

    He was also an outspoken supporter of Russia’s position in natural gas pricing and transportation disputes with Ukraine, telling Reuters in an interview in July that Europe should not cut its dependence on Russian gas but rather focus on making the supplies more secure.

    But what could have made de Margerie a total liability is Total’s involvement in plans to build a plant to liquefy natural gas on the Yamal Peninsula of Russia in partnership with Novatek. Its most ambitious project in Russia to date, it would facilitate the shipping of 800 million barrels of oil equivalent of LNG to China via the Arctic.

    Compounding this sin, Total had just announced that it’s seeking financing for a gas project in Russia in spite of the current sanctions against Russia. It planned to finance its share in the $27-billion Yamal project using euros, yuan, Russian rubles, and any other currency but US dollars.

    Did this direct threat to the petrodollar make this “true friend of Russia”—as Putin called de Margerie—some very powerful and dangerous enemies amongst the power that be, whether in the French government, the EU, or the US?

    —in Total War over the Petrodollar | Casey Research

Total War over the Petrodollar | Casey Research

Se os Estados Unidos fossem a nova Arábia Saudita não andariam preocupados com o petróleo dos outros


Não é, Prof. António Costa e Silva?

The conspiracy theories surrounding the death of Total SA’s chief executive, Christophe de Margerie, started the second the news broke of his death. Under mysterious circumstances in Moscow, his private jet collided with a snowplow just after midnight. De Margerie was the CEO of Total, France’s largest oil company.

He’d just attended a private meeting with Russian Prime Minister Medvedev, at a time when the West’s relationship with Russia is fraught, to say the least.


Total War over the Petrodollar | Casey Research: snow plow

Troika volta a Lisboa (e agora não é a dívida do Estado que mais a preocupa) - Expresso.pt

Troika por cá até 2035. É o que nos safa!


A ideia propalada junto dos indígenas de que os credores se iam embora, e deixavam o pote outra vez nas unhas de quem o esvaziou, era obviamente uma fantasia populista. A verdade é que boa parte do poder económico, financeiro e político do país deixou de existir, sobrando apenas o eco caricato dos seus desmandos. E muita fanfarronice.
A missão, dita de supervisão, terminará a 5 de novembro. Mas como esta
passará a haver outras a cada seis meses, de acordo com a legislação
europeia, que estabelece a sua obrigatoriedade até que estejam pagos 75%
do empréstimo, não antes de 2035 seguramente.

Troika volta a Lisboa (e agora não é a dívida do Estado que mais a preocupa) - Expresso.pt

OCDE diz que reestruturação ordenada de dívida das empresas reforçaria bancos - Economia - DN

Quais empresas portuguesas?


As micro e nano empresas, a esmagadora maioria das que existem no país, devem pouco, porque, desde logo, os bancos nunca lhes emprestaram um chavo. Logo, o crédito mal parado tem quase todo origem nas grandes empresas e sobretudo no imobiliário especulativo, o qual, como sabemos, é uma criação típica dos bancos. Logo, o que está em causa é mesmo a implosão do sistema bancário, na linha do que aconteceu e está ainda a acontecer ao BES, ou seja, uma vastíssima carecada dos credores e especuladores, e a absorção do que ainda vale alguma coisa —redes de clientes e balcões, depósitos, e alguns grandes clientes, a começar pelo estado, empresas públicas e PPP— no quadro de uma inevitável e prevista concentração bancária europeia, por sua vez subordinada a uma supervisão bancária pretoriana, levada a cabo em nome da entretanto acelerada união bancária europeia.

OCDE diz que reestruturação ordenada de dívida das empresas reforçaria bancos - Economia - DN

China’s rail giants may form $26bn conglomerate — RT Business

China out / AFP Photo
China out / AFP Photo

E agora, o futuro fornecedor de TGVs a Portugal!

The two largest Chinese state-owned train makers CSR Corp and China CNR Corp are reportedly in merger talks that would create a new mega-company to compete in overseas markets with German, Canadian, and Japanese locomotive makers.

Details of the merger remain unclear, but a draft plan is in the works, both Bloomberg and Chinese media report, citing government officials. Together, the two companies have a market value of $26 billion.

A “major” announcement is expected within a week.

The merger would be aimed at reducing overseas competition between the two companies, which in turn should help them win more contracts and fulfill China’s hungry appetite to export transport hardware. 

China’s rail giants may form $26bn conglomerate — RT Business

India and Israel to supply meat and dairy to Russia

AFP Photo / Sajjad Hussain
AFP Photo / Sajjad Hussain

Os portugueses têm que brincar às sanções contra a Rússia, a mando dos idiotas de Washington, mas Israel não!

Four Indian food suppliers have been given access to Russian markets, and Israeli meat and dairy products are expected on Russian shelves as early as in the end of 2014.

India and Israel to supply meat and dairy to Russia — RT Business

segunda-feira, outubro 27, 2014

Plutocracia demo-populista e Rendimento Básico

Orçamento 2015 - obrigatório ler esta publicação! (PDF)
90% dos pensionistas recebem menos de 1200 euros mensais

A nomenclatura parlamentar está entre os 2,2% mais ricos do país


Qualquer dos deputados portugueses ao Parlamento Europeu ganha trinta vezes mais que dez milhões de portugueses. Ou seja, os deputados europeus, tal como os deputados à Assembleia da República, pertencem aos 2,2% mais ricos do país.

Em 4.624.902 de famílias portuguesas, 83,8% dos agregados auferem um rendimento coletável anual até 20 mil euros, ou seja, no máximo, 1667 euros por mês (x12 meses), sendo que este valor deverá ser repartido pelo número médio de pessoas por agregado, o que dá (tendo em conta que cada agregado doméstico privado tinha, em 2013, 2,6 pessoas) um rendimento médio individual na ordem dos 641 euros por mês.

Os nossos deputados, entre vencimentos, subsídios, seguros e outras mordomias auferem entre 3,3 e mais de 18 mil euros mensais, consoante sejam deputados em Lisboa, ou em Bruxelas.

Talvez assim se perceba melhor o comportamento pavloviano dos batráquios parlamentares, para quem tudo não passa de retórica inconsequente destinada a um povo aturdido pelo ruído demagógico e populista que diariamente o invade, como se o Triunfo dos Porcos e o Admirável Mundo Novo fossem profecias simultaneamente consumadas.

A partidocracia que nos tolhe e esconde do olhar público os seus reais privilégios e compadrios com o resto dos 2,2%, está a mais. Tem que ser exposta, denunciada e forçada a mudar, nomeadamente através da entrada de sangue novo nas instituições democráticas capturadas.

A gravidade da situação económica e financeira do país, com origens externas e internas, já não é um problema de redistribuição suave de rendimentos. Sem uma revisão racional completa do sistema fiscal e orçamental do país, não iremos a lado nenhum, e tudo tenderá a piorar com o passar do tempo e a inação oportunista.

Para começar, talvez fosse útil analisar a ideia de um rendimento básico incondicional.

PROPOSTA ALTERNATIVA AO LABIRINTO ASSISTENCIALISTA
  • MEDIDA 1: rendimento básico incondicional, mensal, atribuído a todos os residentes (livre de impostos): 150,00 €
    —Custo anual aproximado: 18.828 M€ [10.460.000 x 150 x 12]
  • MEDIDA 2: isenção de IRS para todos os rendimentos coletáveis até 10.000,00 €

Despesas a eliminar do Orçamento de Estado

  1. Rendimento social de inserção
  2. Abono de família para crianças e jovens
  3. Complemento solidário para idosos
  4. Subsídios públicos às Instituições particulares de solidariedade social (IPSS)
  5. Subsídios públicos ao setor de transportes (gratuitidade, passes sociais e outros tarifários especiais)
  6. Isenções de taxas moderadoras nos hospitais
  7. Subsídios às empresas públicas e privadas
  8. Rendas excessivas nas Parcerias Público Privadas
  9. Outros subsídios contraproducentes (externalidades negativas)
  10. Custos de burocracia e corrupção associados ao atual esquema assistencialista
  11. Outros sobre-custos indiretos nas áreas sociais, de saúde, educação/formação e segurança pública
  12. Outros custos por identificar

Esta proposta tem um valor sobretudo heurístico. Na realidade, o que se propõe é um estudo comparativo de custo/benefício, orçamental e social, entre um modelo radical, como o proposto e que vem na sequência dos movimentos em prol da consagração do direito ao rendimento básico incondicional (Initiative for Unconditional Basic Income in Europe, Basic Income Earth Network, e Rendimento Básico—iniciativa de cidadãos independentes).


PS: pela primeira vez, que eu saiba, o governo produziu uma síntese clara e pedagógica sobre o Orçamento de Estado, um exercício caracterizado, até este saudável e recomendável exemplo, pela confusão, obscuridade e manha contabilística. Nem tudo está perdido.

Atualização:  4-11-2015, 16:41 WET