sexta-feira, março 06, 2015

Iberian stream (2)

A interligação das redes de gás e eletricidade são uma prioridade europeia

Cimeira de Madrid: onde esteve a comunicação social? 

A ouvir o Mexia?


A mini cimeira de Madrid sobre segurança energética na União Europeia foi mais importante do que o espaço que lhe reservou a comunicação social portuguesa, mais preocupada com os cêntimos que o nosso relapso PM demorou a pagar ao fisco e à segurança social.

E no entanto, no contexto do agravamento irreversível da crise ucraniana e dos avanços do autoproclamado estado islâmico, a segurança energética da Europa passou de assunto corrente a emergênca estratégica. A não ser assim não se teria percebido a razão da mini-cimeira de Madrid entre os chefes de governo de Portugal, Espanha e França, e o presidente da Comissão Europeia.

Em post anterior chamei a atenção para a intenção de a Alemanha, através da UE, abortar desde já o cenário, de que se tem vindo a falar, de uma nova entrada de gás natural russo na Europa através da Turquia —> Grécia —> Albânia —> Itália. Esta seria a alternativa russa a um eventual colapso dos gasodutos que atravessam a Ucrânia em direção à União Europeia se, ou quando a guerra ucraniana passar a uma fase mais aguda e destrutiva, e a velha cortina de ferro entrar em estado de alerta máximo e pré-mobilização militar.

A decisão de acelerar a união energética europeia, na sequência, aliás, da aceleração das uniões bancária e fiscal, tem como objetivo imediato impedir a Grécia de tomar decisões unilaterais, ou bilaterais, com um ou mais estados extra-comunitários, neste caso, a Rússia e a Turquia, sobre interconexões energéticas.

Esta decisão, que estará em cima da mesa já no próximos dias 19-20 de março, terá implicações evidentes para Portugal, nomeadamente nas suas relações com os donos chineses da REN e da EDP.

Por exemplo, a partir do próximo Conselho Europeu, se as intenções que a mini-cimeira de Madrid, no que diz respeito à estratégica Península Ibéria, afinal, ontem consagraram, tomarem forma de lei, a redução das rendas excessivas da energia em Portugal, induzidas nomeadamente pelo aborto energético em que a energia eólica se transformou, a benefício quase exclusivo do quase monopólio que é a EDP, cairá por terra.

O principal obstáculo que agora resta remover no caminho da reestruturação suave e em curso da nossa dívida pública advem precisamente das rendas excessivas e dos contratoa leoninos abusivos das PPP. Só denunciando e renegociando as PPP e as rendas excessivas, só parando as inúteis barragens engendradas pelos piratas do anterior governo, será possível impedir que o avolumar do serviço da dívida pública portuguesa destrua o país, colocando-o no caminho da Grécia a muito curto prazo.

Dois dias antes da reunião de Madrid, o Secretariado Geral do Conselho Europeu enviava uma Nota à comissão de representantes permanentes que diz tudo das inetnções da UE. Um extrato sobre o tema da energia:
Council of European Union, Brussels, 2 March 2015
European Council (19 and 20 March 2015)
Draft guidelines for the conclusions.

[...]

1. Enhancing energy security:
  • a. strengthened cooperation among Member States to accelerate interconnecting infrastructure projects;
  • b. a reinforced legislative framework for security of supply in electricity and gas;
  • c. increased resilience and transparency of the gas market, through full ex ante compliance with EU law and energy security priorities of intergovernmental agreements and relevant contracts;
  • d. enhancement of the EU's bargaining power, notably through voluntary demand aggregation.
2. Reaping the benefits of the internal energy market:
  • a. full implementation and rigorous enforcement of all relevant legislation;
  • b. swift development of appropriate interconnections;
  • c. adaptation of internal market legislation to reduce detrimental effects of market-distorting mechanisms (e.g. capacity mechanisms or support schemes for renewables);
  • d. enhanced regional cooperation within a strengthened common EU framework.
Entretanto, os jornais espanhois destacaram algumas conclusões, que em Portugal passaram, até agora, em silêncio...

Los líderes dicen que la interconexión abaratará la energía en Europa - elEconomista.es 

Impulsar la conexión con el resto de Europa para avanzar en la unión energética europea y reducir la dependencia de Rusia: ése era el leit motiv del encuentro de este miércoles en el Palacio de la Moncloa

España, Francia y Portugal se comprometen a impulsar las interconexiones energéticas
El Mundo/ EUROPA PRESS, Madrid
Actualizado: 04/03/2015 22:00 horas

El presidente del Gobierno, Mariano Rajoy, el presidente de la República francesa, François Hollande, el primer ministro de la República portuguesa, Pedro Passos Coelho, y el presidente de la Comisión Europea, Jean-Claude Juncker, han plasmado este miércoles el "firme compromiso" con las interconexiones energéticas, que deben ser de "crucial importancia" en el objetivo de lograr un mercado interior de la energía en Europa.

(...) Así, con esta cumbre, España, Francia, Portugal y las instituciones de la UE avanzan en su compromiso con las interconexiones energéticas y la financiación de estas a través de fondos europeos, especialmente el Plan Juncker de inversiones.

(...) Jean-Claude Juncker, aseguró que si el Viejo Continente no consigue "que pueda fluir libremente la energía se habrá fracasado", por lo que pidió que todos los países de la Unión Europea se unan a este planteamiento.

De esta manera, Juncker puntualizó que la unión energética constituye "una de las grandes prioridades de la Comisión Europea" y que acontecimientos como la cumbre de Madrid sirven "para plasmar a través de hechos las ideas a este respecto que siempre habíamos intercambiado".

(...) Entre las medidas de la declaración conjunta firmada en Madrid, destaca la adopción de una estrategia común de los operadores de sistemas de transmisión de España, Portugal y Francia; o la creación de un nuevo Grupo regional de alto nivel para Europa sudoccidental que, con la participación de la Comisión Europea, supervisaría el progreso de los correspondientes proyectos y prestaría funciones de asesoramiento técnico.

(...) Aún así, los tres países y la Comisión Europea consideran que debe acometerse "un esfuerzo complementario" para superar el actual nivel de interconexión y recalcan la importancia de llevar a cabo la interconexión eléctrica de Portugal y España, entre Vila Fria-Vila do Conde-Recarei (Portugal) y Beariz-Fontefría (España), que una vez concluida, permitirá al país luso alcanzar un nivel de interconexión del 10%.

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Atualização: 7 mar 2015,10:57 WET


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quinta-feira, março 05, 2015

António Vitorino e os swaps do Santander-Totta



Que sabe António Vitorino dos swaps do Santander-Totta?


Perdas potenciais dos swaps já superam 1800 milhões de euros
Público, Raquel Almeida Correia—04/03/2015 - 15:08

Estes nove derivados acumulavam, no final de 2014, um risco de prejuízo de 1384,4 milhões de euros, quando chegaram ao final de 2013 com perdas potenciais de 1148,4 milhões de euros. Ou seja, o risco aumentou em 236 milhões de euros no espaço de um ano.

O Santander, que ainda tem activos swaps junto da Metro de Lisboa (com perdas potenciais de 663,2 milhões), Metro do Porto (550,1), STCP (120,1) e Carris (50,9), moveu uma acção, em Abril de 2013, nos tribunais ingleses para comprovar a validade dos seus contratos.

O processo já foi alvo de contestação por parte do Estado português, tendo o Ministério das Finanças dado inclusivamente ordens àquelas empresas públicas para suspenderem o pagamento de cupões associados aos derivados.

Que diz sobre isto António Vitorino, especialista em direito público e um dos globetrotters cor-de-rosa dos conselhos de administração de algumas das principais empresas do regime? Quem promoveu estes derivados especulativos que viriam a revelar-se tão ruinosos para o estado, e por via desta ruína, para todos os portugueses, sobretudo os mais fracos, nomeadamente aqueles que sofrem com a austeridade e se deslocam diariamente em transportes públicos tais como o Metro, a Carris, o Metro do Porto e os STCP?

Que governo(s)? Que ministro(s)? Que gestores públicos?

É ou não verdade que quando estes contratos foram cozinhados e formalizados António Vitorino (alto dirigente do PS e atual putativo candidato presidencial) era presidente da AG do Banco Santander Totta, onde, aliás, ocupou este cargo desde 1998 até... 2013.

Ou também não viu, nem ouviu, nem soube de nada, como o Bava da PT?

Gostávamos de ouvir sobre isto no canal de televisão onde moraleja semanalmente sobre o país.


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Too big to jail?


A cleptocracia portuguesa e os cêntimos do relapso Pedro Passos Coelho


500 milhões para pagar papel comercial foram para clientes do “private”
Jornal de Negócios, 05 Março 2015, 00:17 por Maria João Gago | Diogo Cavaleiro

O BES terá usado conta bancária destinada a reembolsar os clientes de retalho com papel comercial do GES para pagar a clientes do “private”. Além dos clientes com rendimentos mais elevados, o dinheiro destinado a reembolsar o retalho com dívida do GES, serviu para pagar a clientes institucionais, conclui a auditoria forense ao BES.

ESI pagou a BCP e Montepio com dinheiro do papel comercial
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/esi_pagou_a_bcp_e_montepio_com_dinheiro_do_papel_comercial.html

O Millennium bcp recebeu 80 milhões de euros e o Montepio 40 milhões para liquidar empréstimos à ES International, destinados ao reembolso de papel comercial, conclui a auditoria forense da Deloitte feita a pedido do Banco de Portugal

Poupanças privadas, nomeadamente de muitos emigrantes, serviram para satisfazer a clientela 'private' e 'institucional' dos piratas do BES, através do roubo do dinheiro investido em 'papel comercial' do GES vendido aos balcões e por gerentes de conta do BES a uns milhares de incautos.

Quem são os clientes 'private' e 'institucionais' que beneficiaram deste assalto?

Ou será que a única coisa que importa ao país e à imprensa é o relapso cidadão Pedro Passos Coelho e os juros que pagou ao estado por se atrasar ou ignorar dívidas à segurança social e dívidas fiscais que entretanto saldou?

A imprensa endoideceu de vez, ou vai também publicar os cadastros fiscais e da segurança social, e todas as transações imobiliárias, de todos os deputados, ministros e ex-ministros e autarcas da nossa desgraçada e incorrigível democracia?

E porque não publica, já agora, a lista de tachos dos politocratas indígenas nos conselhos de adminisytração das principais empresas sedeadas no burgo lusitano? Que acha a imprensa portuguesa da passagem do putativo candidato presidencial António Vitorino, de presidente da mesa da AG do banco espanhol Santander-Totta, para administrador não-executivo (claro!) dos novos e privados de fresco CTT?

O incómodo extremo exibido ontem por António Costa ao ser apanhado desprevenido por uma jornalista de microfone em riste, cujas perguntas obviamente ignorava, dá bem a dimensão do pânico instalado na classe partidária desde que os pecados veniais entraram na ementa da perseguição mediática e da luta partidária num tristemente regime exangue, corrupto e manifestamente insolvente.

Os contabilistas que agem em benefício dos seus clientes, mas dolosamente contra o estado, são levados a tribunal e presos, se for caso disso. Mais, são expulsos da respetiva agremiação profissional, soubemos ontem. Já os advogados que patrocinam notórios gangsters parecem viver num verdadeiro Olimpo de impunidade e fama mediática incompreensivelmente amoral.

O caso BPN, que se arrasta pelos labirintos do nosso corrompido código de processo penal, ou a proteção de que gozam os gangues proto-fascistas das chamadas comissões de praxe académica, são exemplos do cancro que corroeu a nossa democracia ao ponto de já nada ser possível para remediar a situação, se não mudar de democracia, e quanto mais depressa, melhor!

A estupidez e a indigência deveriam, apesar de tudo, ter limites.


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quarta-feira, março 04, 2015

Grexit ou quarentena?


LINK

Warren Buffett acha que a Alemanha deve colocar um ponto final na tragédia grega


Buffett On Europe: Germany Must Stop Greek Dog Peeing On Its Carpet
Zero Hedge. Submitted by Tyler Durden on 03/03/2015 20:00 -0500 

Quarentena, já ouviram falar? Uma saída parcial e temporária da zona euro é o que, na minha opinião, acabará por acontecer à Grécia, o mais tardar em 2016, mas é possível que venha a ocorrer ainda este ano.

Se e quando ocorrer, países como Portugal e Espanha terão que decidir se acompanharão ou não o Syriza, ou mesmo se poderão, ou não, evitar uma quarentena forçada fora do euro. Se decidirem e conseguirem prosseguir na Eurolândia, muita coisa terá que mudar nestes países, e não vai ser bonito de ver.

Greece taps public sector cash to help cover March needs - sources
By George Georgiopoulos
REUTERS. ATHENS Tue Mar 3, 2015 4:28pm GMT

(Reuters) - Greece is tapping into the cash reserves of pension funds and public sector entities through repo transactions as it scrambles to cover its funding needs this month, debt officials told Reuters on Tuesday.

É possível que a Alemanha e a França façam todos os esforços para ajudar Portugal e Espanha a evitarem becos sem saída como o da Grécia.

Por um lado, a degradação da situação grega prossegue a tal velocidade que a probabilidade dos eleitorados espanhol, e sobretudo português, copiarem a aventura do Syriza deverá cair a pique a partir de junho, o seja, à medida que se for observando a incapacidade do novo governo helénico reverter o plano inclinado da austeriade, da corrupção e da crise financeira sistémica responsáveis pela miséria crescente e convulsão social que se vivem no país. Não sei mesmo se o PS, apesar da propaganda marcelista que transporta António Costa no andor dominical da TVI, conseguirá sequer uma maioria relativa.

Por outro, a mini-cimeira energética que hoje teve lugar em Madrid, entre Juncker, Hollande, Rajoy e Pedro Passos Coelho, mostra que já há uma estratégia europeia de resposta às manobras energéticas da Rússia, a qual passa pela Península Ibérica. Putin sugere a substituição do corredor de gás russo-ucraniano por um corredor russo-turco-grego. Mas a União Europeia prepara legislação para o impedir. Como temos vindo a sugerir, os portos atlânticos de Espanha e Portugal, no caso de complicações maiores no Mediterrâneo, tornar-se-ão críticos para toda a Europa, dada a saturação conhecida dos portos no Mar do Norte e a instabilidade climática e geo-política do Báltico.

O leste da Europa, o Médio Oriente e o norte de África ao longo de todo o Mediterrâneo estão sob enormes tensões geo-políticas, as quais têm a sua principal origem no Pico do Petróleo e na disputa em curso pelo controlo da geografia do gás, de onde virá a fatia de leão do mix energético deste século.

Joint gas buying on EU leaders' summit agenda
EurActiv. Published: 04/03/2015 - 13:47 | Updated: 04/03/2015 - 15:58

EXCLUSIVE: EU leaders will discuss how best to strengthen the bloc’s bargaining power, including the collective buying of gas, when they debate the European Commission communication on Energy Union.

(...)
The Commission communication called for member states' energy deals with non-EU nations to be vetted by the executive, before being signed.  That is up for debate by heads of state and government.

A discussão em curso sobre a urgência de criar uma União Energética Europeia com cláusulas protecionistas claras, ajuda a consolidar a nossa análise sobre o que aí vem, ou seja, grandes investimentos energéticos na Península Ibérica: rede ibérica de gasodutos, reforço da frente portuária, e aposta decisiva na nova rede ferroviária ibérica de bitola europeia, quer orientada para o transporte de mercadorias, quer para o transporte de passageiros.

Seria pois de grande utilidade afastar desta zona crítica todos os piratas e idiotas que nos sucessivos governos têm tido os dossiês da energia e dos transportes nas unhas.


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Iberian stream

Mariano Rajoy, Jean-Claude Juncker, François Hollande e Passos Coelho reúnem-se esta tarde em Madrid, numa cimeira que, se for bem-sucedida, poderá ser o primeiro passo concreto rumo à União Energética /
EMMANUEL DUNAND/AFP/Getty Images



Mini-cimeira europeia sobre o gás, em Madrid


A abertura do mercado elétrico além-Pirinéus é o preço que a França e a Alemanha terão que pagar por um novo corredor de gás vindo do Atlântico.

Passos, Rajoy e Hollande. Cimeira de Madrid discute fornecimento de gás e eletricidade à Europa

Expresso, Susana Frexes, correspondente em Bruxelas
11:11 Quarta, 4 de Março de 2015

Em cima da mesa está a utilização dos terminais de gás natural liquefeito (GNL) - como por exemplo o de Sines, em Portugal - para abastecer o resto da Europa, com gás vindo do norte de África.

Nas contas do Governo português, o projeto permitiria ao Velho Continente reduzir a dependência energética em relação à Rússia em cerca de 40%. O resultado poderia ser um "Iberian stream", um gasoduto semelhante ao que já existe a Norte, e que liga a Rússia e a Alemanha. Faltam, no entanto, as ligações quer entre a Península Ibérica e França, quer ao resto da Europa.

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Iberian Stream? É uma forte possibilidade, para garantir mais redundãncia aos sistemas de abastecimento de gás natural à Europa. O belicismo americano e a indolência europeia atiraram a Ucrânia para o inferno de uma guerra civil de onde acabará por resultar a divisão do pais em dois, e forte instabilidade no abastecimento de gás à Europa pelo corredor ucraninao. Por outro lado, o belicismo americano na Líbia, e por todo o Mediterrâneo e Médio Oriente, acompanhado pela indolência europeia, poderá empurrar a Líbia (o petróleo mais fino do mundo) para os braços do Estado Islâmico, e redundar num condicionamento fortíssimo dos abastecimentos de gás natural à Europa oriundo daquela região, incluindo a Argélia.

Ou seja, tempo para ligar o gás da Nigéria, Angola, Venezuela, etc. ao porto de Sines, e daqui lançar um gasoduto até Berlim!

O mapa, que atualizámos, sobre a Guerra do Gás mostra claramente a importância da mini-cimeira que esta tarde terá lugar em Madrid. Sines é uma porta estratégica da Europa. Por algum motivo estão lá os chineses, de Singapura, claro.

Clique para ampliar o mapa

No que toca ao dossiê elétrico, digamos que é a moeda de troca que a França terá que dar a Espanha e Portugal (que, como sempre, foi apanhado com as calças na mão, e não levou nada preparado para Madrid). Portugal, enquanto não puser na ordem a EDP (passivo de 2014: 17 mil milhões de euros...), nada feito.

Temos a eletricidade mais cara da Europa (em paridade do poder de compra). No entanto, o cabotino Mexia passeia-se pelas televisões anunciando lucros de milhares de milhões, perante a passividade canina do governo e do seu falso ministro do ambiente.


ÚLTIMA HORA

O lançamento da União Energética Europeia é mais uma tentativa da Alemanha e da França de imporem uma hegemonia estratégica de sua estrita conveniência, passando por cima dos interesses e estratégias dos restantes estados membros. ATENÇÃO!!!

Ver este exclusivo do EurActiv:

Joint gas buying on EU leaders' summit agenda
EurActiv. Published: 04/03/2015 - 13:47 | Updated: 04/03/2015 - 15:58

EXCLUSIVE: EU leaders will discuss how best to strengthen the bloc’s bargaining power, including the collective buying of gas, when they debate the European Commission communication on Energy Union.

(...)
The Commission communication called for member states' energy deals with non-EU nations to be vetted by the executive, before being signed.  That is up for debate by heads of state and government.

(...)
Energy Union has five “dimensions”: Energy security, internal energy market, energy efficiency, climate and research and innovation. Although all five are important, the paper said. The European Council will focus on security, the internal energy market and climate diplomacy.

(...)
The summit will be dominated by the Energy Union, which was launched last week. The Energy Union is the EU’s response to its dependence on Russian gas, which was brutally exposed by the Ukraine crisis and when Russia turned off the taps in 2009, causing shortages in the EU. It has since developed beyond questions of just security of supply to encompass issues such as fighting climate change.

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Atualização: 7 mar 2015, 10:53 WET

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Escravatura fiscal no horizonte


Um regime insolvente e sem moeda própria tem a enorme tentação de impor uma forma dissimulada, mas real, de confisco e de fascismo fiscal aos cidadãos que supostamente elegem de livre vontade os governantes. Vai continuar a eleger esta corja?


Este regime ainda não acabou, mas pode acabar com o país.

Vende os anéis, cerra os dedos aos portugueses, e depois só lhe resta mesmo fazer aprovar lentamente uma nova ditadura. O fascismo fiscal em curso, apoiado por toda a nomenclatura partidária sentada na Assembleia da República, a tal que se auto-remunera como quer, é a antecâmara do colapso.

O fascismo fiscal está em marcha, ainda por cima num país onde a administrtação pública, as burocracias e o poder instalado conservam intactos os modos, a indolência, a arrogância, e o autoritarismo herdados da ditadura de salazarista.

A repressão fiscal sem contraditório, nem recurso (salvo para quem pode recorrer a advogados caros), foi acelerada neste governo pela vespa sinistra do CDS. Preparem-se, pois, para o pior.

Ou então vão-se mentalizando para a necessidade de um dia destes derrubar este regime.

Pela via constitucional? Sim, mas começando por mudar a constituição atual, convocando uma Nova Assembleia Constituinte. As eleições no atual quadro corrompido da democracia não servem para nada, salvo para adiar e agravar a grangrena do regime.

Dívidas superiores a 3500 euros à Segurança Social passam a dar prisão
Jornal i, 03/01/2013 | 13:31 |  Dinheiro Vivo

As dívidas superiores a 3500 euros à Segurança Social podem ser consideradas a partir de agora fraude e levar a uma pena de prisão até três anos.

Segundo o jornal i, estas dívidas podem também resultar em multas de 180 mil euros, para as pessoas singulares, ou até 3,6 milhões de euros, para as empresas.

A nova regra está prevista no Orçamento do Estado para 2013 e até agora o limite da dívida era de 7500 euros. O objectivo do Executivo liderado por Pedro Passos Coelho é obrigar as empresas a pagar à Segurança Social os descontos relativos aos seus trabalhadores. Contundo, a nova medida não vai ter efeitos retroactivos.

Mas a aplicação da nova medida poderá vir a prejudicar os trabalhadores independentes, segundo o i.

ÚLTIMA HORA

Horas depois da publicação deste post surgiu a seguinte notícia:
Fisco penhora alimentos doados para ajudar carenciados do Porto
RTP. Sandra Machado Soares/Pedro Rothes/Rui Magalhães 04 Mar, 2015, 13:20 / atualizado em 04 Mar, 2015, 18:53
Não é de ânimo leve que usamos a expressão FASCISMO FISCAL para descrever a fúria burocrática e fiscal de um governo liderado por um PM relapso em matéria de obrigações cívicas. Este caso e o caso que lhe deu origem, isto é, a transsformação ilegítima da dívida a uma empresa —no caso um dos rendeiros sem vergonha do regime— em infração fiscal, são em si mesmos provas cabais de que deixámos medrar um monstro na barriga da democracia.

Atualização: 4 mar 2015, 23_09 WET


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segunda-feira, março 02, 2015

Linda Isabel trava assalto catalão

Isabel dos Santos

A angolana Isabel dos Santos defende a banca portuguesa do assalto catalão. 


Ainda dizem que foi uma descolonização mal feita. Foi a que foi possível. Obrigado Isabel ;)
Isabel dos Santos quer fusão entre BPI e BCP
É a resposta da empresária Isabel dos Santos à oferta pública de aquisição que o CaixaBank lançou sobre o BPI.
Expresso, 2 de março de 2015
Na realidade, é mais isto: angolanos defendem posição dominante que detêm no que resta da banca portuguesa (BCP e BPI), e defendem-na, neste caso, contra a invasão espanhola.

É diferente mas não deixa der simpático, num país onde o putativo candidato presidencial, maçon e cor-de-rosa, António Vitorino, presidiu, até 2013 (sintomático, não?) à Mesa da Assembleia Geral do braço do Banco Santander em Portugal, o Santander-Totta, repararmos que Angola está mais interessada na independência de Portugal do que alguns indígenas sem vergonha, mas que a imprensa indigente local insiste em transportar ao colo, como se fossem peluches.

Não tenho nada contra Espanha. Devíamos até cuidar com carinho das nossas relações com a Galiza, Salamanca, Mérida e Sevilha. Mas daí até ignorar quais são os interesses estratégicos de Madrid e Barcelona na praça lisboeta, vai um passo de estupidez que não dou e demonizo, no país, quem o dê.

Que raio de Maçonaria temos, afinal? Pelos vistos não passam de tabernas onde se congregam desgraçados sem pátria.

Mais...
Isabel dos Santos: "OPA é afastada dos interesses da banca portuguesa"
03/03/2015 | 15:36 |  Dinheiro Vivo

ISABEL DOS SANTOS: "Enquanto a OPA anunciada por Caixabank pressupõe uma integração ibérica, legítima à luz dos interesses de quem a faz mas afastada dos interesses do sistema financeiro português, a nossa proposta de fusão projeta um movimento de consolidação em Portugal", afirmou fonte oficial de Isabel dos Santos, ao Dinheiro Vivo.
Noutro tempos estas questões eram decididas por gente com algum conhecimento da história do país e noções firmes de estratégia. Hoje, pelo que vamos vendo, Portugal foi entregue a uma pandilha de ladrões e piratas de meia tijela que se babam diante de qualquer pratos de lentilhas, sejam elas chinesas ou espanholas.

Façam uma lista dos conselhos de administração das principais empresas deste país e verão onde pasta a corrupta elite parida por esta democracia demente.


POST SCRIPTUM

O La Caixa é um banco público, não é? Catalão, não é, Espanhol, não é?
As más línguas asseguram: La Caixa, numa possível fusão BCP-BPI, é a salvação da EDP.
Sobre a rendeira, sem vergonha, EDP: €17 mil milhões de dívida acumulada. Em breve as rendas excessivas serão decisivamente postas em causa, agrade ou não aos burocratas de Pequim. Foi isso mesmo que Merkel (através de Juncker), Hollande, Rajoy e Passos Coelho estiveram a decidir na mini-cimeira energática realizada em Madrid no dia 4 de março. Capiche?

Atualização: 4 mar 2015, 11:12


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