Mostrar mensagens com a etiqueta Frente Popular. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Frente Popular. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, novembro 02, 2015

Salazarismo de esquerda, não!

Francisco Assis por Ricardo Castelo/ N Factos - Público

Saúdo a iniciativa de Francisco Assis!


“Alternativa” de Assis é para “o próximo Congresso” do PS. 
Público, Nuno Sá Lourenço 02/11/2015 - 07:35  
O próximo Congresso socialista – anunciado pelo actual líder para depois das presidenciais – vai ser de confrontação. Quem o confirma são os dirigentes socialistas que vão participar no encontro anunciado pelo eurodeputado Francisco Assis, que é visto como o primeiro passo para uma candidatura à liderança no PS.  
João Proença, ex-secretário-geral da UGT e ex-membro da direcção de António José Seguro, confirmou a sua presença no encontro que deverá realizar-se até ao próximo fim-de-semana e explica o objectivo. “É fundamental preparar um alternativa para o próximo Congresso”, disse ao PÚBLICO antes de acrescentar que via o eurodeputado como o “melhor colocado” para desafiar António Costa.

Tal como antecipámos, Assis será o próximo SG do PS, e é bem possível que António Costa abandone o partido que está a tentar perverter levando atrás de si alguns fiéis. Será este o verdadeiro objetivo de Francisco Louçã? Pelo menos, é coerente com o que sempre defendeu na LCI (de que aliás fui líder, em 1975...), no PSR, e no seu renovado período de clandestinidade—desde que ajudou a criar o saco de gatos chamado Bloco de Esquerda.

Este é mais um sinal para o PR manter o governo recém-nomeado. O Salazarismo de Esquerda para que o derrotado Costa, e a gritaria que vai dentro do PCP e do Bloco estão a tentar levar o país, que assuma a responsabilidade de reconduzir o país a um novo resgate—bloqueando, como promete, a ação do governo empossado.

Aliás, o cerco da Assembleia da República no dia da votação da(s) moção(ões) de censura, já anunciado pela CGTP sob o lema “Mudança da maioria, implica mudança de política!” (ler comunicado da central sindical do PCP), certamente para exigir também a célebre Unicidade Sindical, está aí para o provar.

O Bloco, por sua vez, nunca esteve tão ansioso por andar à garupa de um partido 'socialista-liberal' (a designação é um update da autoria dos trotskistas franceses, de que o Bloco de Esquerda é uma filial dissimulada).

Se não houver gente com juízo no PS, António Costa e a sua Fronda desesperada lançarão um anátema sobre toda a esquerda liberal e democrática, a qual poderá durar décadas a sarar.

Se nem o país continental que é a Rússia, mesmo criando um império (a URSS e os países da Internacional Comunista), conseguiu levar a cabo a teoria peregrina do 'socialismo num só país' (de que Karl Marx nunca ouviu falar e que certamente destruiria num ápice), que destino teria um Portugal, já sem império colonial, fora do euro, fora da União Europeia, fora da NATO, em suma, levitando no éter podre dos vários revisionismo oportunistas do marxismo, conduzido pelo imprestável Costa, pela ávida Catarina e pelos quadrados estalinistas do PCP?

Não creio que venhamos a precisar de conhecer esta Caixa de Pandora.


ÚLTIMA HORA

Assis convoca opositores de Costa para encontro no sábado 
Público, Margarida Gomes 02/11/2015 - 23:09 
Eurodeputado considera “impensável” e “erro histórico” acordo com PCP e BE, mas diz que não vai apelar aos deputados para desrespeitarem a disciplina de voto. 
“Metade do eleitorado socialista está assustado com a deriva que o partido está a seguir e isto que nós estamos a fazer comparado com o que os apoiantes do actual secretário-geral fizeram à anterior direcção não é nada”, afirma fonte socialista, agitando com o risco de o PS guinar completamente à esquerda. “O partido corre o risco da ‘pasokização’ e ‘syrização’. Há aqui uma deriva à esquerda e isso é muito perigoso”, adverte a mesma fonte, considerando que o partido “deve ter uma reserva, evitando pôr as fichas todas em António Costa” numa próxima disputa da liderança.

Atualização: 2-11-2015 23:19

segunda-feira, outubro 12, 2015

Costa concórdia II

António Costa
Foto @ José Sérgio/ Sol

Tsipras à portuguesa? A avaliar pelo andar da carruagem, é bem possível que sim!


Última hora: coligação sem governo; governo PS-Bloco-PCP a caminho

Presidente do BCE elogia Grécia 
«Muitas coisas assumiram um rumo melhor nos últimos tempos e isso deve-se ao primeiro-ministro grego, ao Governo grego e ao povo grego. Creio que é do interesse de todos que a atenção se centre a partir de agora na aplicação rápida das medidas que foram acertadas em conjunto, de acordo com os prazos previstos», disse o responsável italiano, numa entrevista a ser publicada este domingo no jornal grego Katherimini. 
— in Expresso, 10.10.2015 às 20h23 


A Alemanha está cada vez mais virada para a Eurásia e a Nova Rota da Seda sino-russa e, por outro lado, enquanto os Estados Unidos e o Reino Unido se preparam para enfraquecer ainda mais a União Europeia, Berlim não pode suportar mais, por si só, os custos de uma integração europeia atolada em dívidas, crescimento a caminho de zero e uma demografia cada vez mais envelhecida e improdutiva.

O eixo Paris-Berlim poderá ter assim os dias contados, sobretudo se Marine Le Pen continuar a progredir sob o impacto da instabilidade plantada pelos Estados Unidos no Médio Oriente, no leste da Europa e no Mediterrâneo, e as velhas esquerdas de Portugal, Espanha e Grécia conseguirem atravessar com êxito as metamorfoses ideológicas que já iniciaram. Não creio que Washington coloque quaisquer reservas à emergência de governos de esquerda nestes três países. E se assim for, o PàF e Cavaco Silva passarão rapidamente à história.

O escândalo da Volkswagen, que não por acaso rebentou nos Estados Unidos, abriu uma cratera na credibilidade alemã e começou a destapar o buraco negro do seu sistema financeiro.

Só o Deutsche Bank tem uma exposição aos contratos de derivados financeiros na ordem dos 54,7 biliões de euros (54,7x10E12), isto é, 19x o PIB da Alemanha! Para termos uma ideia ainda mais dramática do problema, basta pensar que o PIB mundial em 2014 andou pelos 68 biliões de euros.

A fraude ambiental da Volkswagen pode, pois, ter sido o cisne negro que levou o sistema financeiro global —e portanto o capitalismo como o conhecemos— a dar mais um forte sinal de que caminha rapidamente em direção ao colapso, que alguns já chamam pós-capitalismo. Para já, o que se vislumbra no horizonte mais próximo é o esgotamento da capacidade económico-financeira alemã de impor condições ao resto da União Europeia.

Nesta conjuntura, que à escala global é de agravamento das tensões entre o Oriente e Ocidente, mas sobretudo de avanço estratégico da China no Grande Jogo da Eurásia (que, como sabemos, vai de Lisboa e Vladivostok), os graus de liberdade dos países do sul da Europa, apesar das suas crises de endividamento soberano, poderão aumentar contra todas as expetativas.

É neste quadro que a renovação da esquerda se joga, e o futuro da direita que temos, também.

Para ajudar a compreender porque motivo o impensável se poderá realizar em breve, junto alguns artigos recentes que permitem perceber as mudanças rápidas que estão em curso


Central bank cavalry can no longer save the world 
LIMA (Reuters) - In 2008 central banks, led by the Federal Reserve, rode to the rescue of the global financial system. Seven years on and trillions of dollars later they no longer have the answers and may even represent a major risk for the global economy.
[…]
"Central banks have described their actions as 'buying time' for governments to finally resolve the crisis... But time is wearing on, and (bond) purchases have had their price," the report said.
[…]
Reuters calculates that central banks in those four countries alone have spent around $7 trillion in bond purchases.
The flow of easy money has inflated asset prices like stocks and housing in many countries even as they failed to stimulate economic growth. With growth estimates trending lower and easy money increasing company leverage, the specter of a debt trap is now haunting advanced economies, the Group of Thirty said. 
— in Reuters, Sat Oct 10, 2015 | 3:34 PM EDT, By David Chance
The Endgame Takes Shape: "Banning Capitalism And Bypassing Capital Markets" 
We believe that the path of least resistance would be to effectively ban capitalism and by-pass banking and capital markets altogether. We gave this policy change several names (such as “Cuba alternative”, “British Leyland”) but the essence of the new form of QE would be using central banks and public instrumentalities to directly inject “heroin into blood stream” rather than relying on system of incentives to drive investor behaviour. 
Instead of capital markets, it would be governments that would decide on capital allocation, its direction and cost (hence reference to British Leyland and policies of the 1960s). It could involve a variety of policy tools, with wholesome titles (i.e. “Giving the economy a competitive edge”, “Helping hard working American families” or indeed recent ideas from the British Labour party of “People’s QE”). Who can possibly object to helping hard working families or improving productivity? 
However as the title of our previous note suggested (“Back to the Future”), most of these policies have already been tried before (such as Britain in the 1960-70s or China over the last 15 years) and they ultimately led to lower ROE and ROIC as well as either stagflationary or deflationary outcomes. Whilst the proponents of new attempts of steering capital could argue that we have learned from the lessons of the past and economists would start debating “multiplier effects” and “private-public partnerships”, the essence of these policies remain the same (i.e. forcing re-allocation of capital, outside normal capital market norms), and could include various policies, such as: 
—Central banks directly funding expansion of fiscal spending;
—Central banks and public instrumentalities funding direct investment in soft (R&D, education) and hard (i.e. infrastructure) projects; and
—Outright nationalization of various capital activities (such as mortgages, student loans, SME financing, picking industry winners etc). 
Whilst, these policies would ultimately further misallocate resources, they could initially result in a significant boost to nominal GDP and given that capital markets are now populated by highly leveraged financial instruments, the impact on various financial asset classes would be immediate and considerable. In other words, neither China nor Eurozone need to spend one dime for copper prices to potentially surge 30%+. 
Are we close to such a dramatic shift in government and CB policies? 
We maintain our view that for CBs to accept this new form of QE, we need to have two key prerequisites: 
Undisputed evidence that it is needed. The combination of a major accident in several asset classes and/or sharp global slowdown would be sufficient; and there has to be academic evidence (hopefully supported by sophisticated algebra and calculus) that there are alternatives to traditional QEs. 
At the current juncture, none of these conditions are satisfied. However, we maintain that as investors progress through 2016-17, there is a very high probability that both conditions would fall into place.
— in Zero Hedge, Submitted by Tyler Durden on 10/10/2015 19:44 -0400

Why Are The IMF, The UN, The BIS And Citibank All Warning That An Economic Crisis Could Be Imminent? 
— in The Economic Collapse, By Michael Snyder, on October 8th, 2015
The Final Crescendo Of Cognitive DollarDissonance And The Remonetisation Of Gold 
There is good reason to believe that what is already underway is going to be more severe than 2008-09. This time around, interest rates are already at zero, or outright negative. QE has failed. Confidence in economic officials’ general ability to restore healthy, sustainable growth has weakened considerably. Indeed, at a recent roundtable event at Chatham House I attended, multiple prominent international economists suggested that with ‘conventional QE’ having failed, the next logical arrow in the monetary policy quiver is that of direct money injections into corporations or households, in effect a Friedmanesque ‘Helicopter Drop’ of money. This conversation would not be taking place at all were the macroeconomic outlook not so poor. 
— in The Amphora Report, Vol.6, 8 October 2015

sábado, outubro 03, 2015

O suicídio do Rato


Não teremos tanta sorte


Um governo de zombies disfarçados de Frente Popular até nem seria mau para acabar de vez com o sonambulismo politicamente correto e desmiolado do país. Infelizmente, não teremos essa sorte.

Vamos mesmo ter instabilidade em 2016, 2017...

Ganhe quem ganhar, governe ou desgoverne quem governar ou desgovernar, vem aí uma nova dose de austeridade fiscal e o desmoronamento do capitalismo português.

É desta morte anunciada que verdadeiramente a Esquerda tem medo!


PS: António Costa regressa a Fontanelas no dia 5 de outubro.

sábado, abril 12, 2014

Cavaco passa testemunho a Barroso

Foto: Nuno Ferreira Santos. Público, 11-03-2013

Nem Bloco Central Alargado (até ao PS), nem Frente Popular

Sondagem dá liderança mais destacada ao PS
Negócios, 11 Abril 2014, 13:40

A última sondagem da Eurosondagem registou uma completa inversão nas tendências registadas por esta empresa nos inquéritos de Março. PS e BE sobem enquanto o PSD, o CDS e a CDU caem em Abril depois de terem verificado subidas no mês anterior.

Se as eleições legislativas fossem hoje o Partido Socialista seria vencedor com mais votos do que os actuais partidos que compõem a coligação de Governo. Na última sondagem da Eurosondagem para a SIC e o “Expresso” o PS sobe 0,7 pontos percentuais para 37,3% das intenções de voto.
A nossa democracia é um sistema partidário viciado. Como disse o Freitas, neste momento, só uma improvável aliança entre o PS, PCP e BE poderia alterar dramaticamente a situação e o regime. O problema desta ideia lunática é que para a dita Frente Popular poder marchar teríamos que estar à beira de uma convulsão social, o que ainda não é o caso. Enquanto houver dinheiro para o rendimento mínimo e para financiar o desemprego e as pensões mínimas de reforma, enquanto a válvula da emigração continuar a funcionar, e enquanto houver turismo e exportações em alta, o regime não cai, e portanto mantém-se o que é: uma democracia populista irresponsável, que não percebe que o estado paquidérmico e corrupto que temos é o nosso maior inimigo, e uma cleptocracia de colarinho branco.

O Tó Zé é o que é: um zero à esquerda!

Por outro lado, se houvesse uma nova Frente Popular, o PS seria comido vivo em menos de uma legislatura. Por fim, as tensões na Ucrânia favorecem o protagonismo da Aliança Atlântica, e por esta via, Cavaco Silva e Durão Barroso. Daí a luta desesperada de Mário Soares para levantar as hostes 'socialistas'!

“Posso testemunhar a atenção que Durão Barroso sempre prestou aos problemas do país”, agradece Cavaco Silva

“Posso testemunhar, como poucos, a atenção que o doutor Durão Barroso sempre prestou aos problemas do país e a valiosa contribuição que deu para encontrar soluções, minorar custos, facilitar apoios e abrir oportunidades de desenvolvimento”, disse na tarde desta sexta-feira o Presidente na República na abertura da conferência Portugal: Rumo ao Crescimento e Emprego. Fundos e Programas Europeus: solidariedade ao serviço da economia portuguesa, que está a decorrer na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

Daí que, quase a terminar o seu discurso de quatro páginas, Aníbal Cavaco Silva tenha sido ainda mais claro: “Portugal e os Portugueses, tal como os outros Estados-Membros, muito lhe devem.”

Público, 11/04/2014 - 17:25