E Angela Merkel? Pedirá aos alemães para regresssarem ao marco?
Obama diz, sobre a Grécia, que não se pode continuar a espremer um país quando está no meio duma depressão. O jogo geoestratégico entre os EUA, Rússia e China soma e segue. Merkel e o resto dos lémures europeus limitam-se a guinchar, de vez em quando.
President
Barack Obama
expressed sympathy for the new Greek government as it seeks to
rollback its strict bailout regime, saying there are limits to how far
its European creditors can press Athens to repay its debts while
restructuring the economy.
“You cannot keep on squeezing
countries that are in the midst of depression. At some point there has
to be a growth strategy in order for them to pay off their debts to
eliminate some of their deficits,” Mr. Obama said in an interview with
CNN’s Fareed Zakaria aired Sunday.
He said Athens needs to
restructure its economy to boost its competitiveness, “but it’s very
hard to initiate those changes if people’s standards of livings are
dropping by 25%. Over time, eventually the political system, the society
can’t sustain it.”
Mr. Obama expressed hope that an agreement
would be reached so Greece can stay in the eurozone, saying, “I think
that will require compromise on all sides.”
Mas há mais...
Hollande também apoia a Grécia, e Matthieu Pigasse —antigo administrador do ministério da economia francês e diretor-geral delegado do banco Lazard, entretanto contratado por Yanis Varoufakis— sugere a possibilidade de um corte de cabelo na dívida pública grega na casa dos 50%! O dominó do euro parece cada vez mais inevitável. Convém começar a poupar feijões, pois talvez venham a servir como moeda pós-euro!
France Open to Easing Greek Debt Burden: Finance Minister
Bloomberg
by Helene Fouquet
1:44 PM WET
February 1, 2015
[...]
Varoufakis appointed Lazard Ltd. as adviser on issues related to public debt and fiscal management on Saturday.
“There is a range of possible solutions: extending the maturities, lowering interests rates, and the much more radical solution, the haircut,” Matthieu Pigasse, the head of Lazard’s Paris office who has advised Greece in the past, said in a Jan. 30 interview on BFM Business television. “If we could cut the debt by 50 percent” he said, “it would allow Greece to return to a reasonable debt to GDP ratio.”
He said Greece’s debt to public creditors was about 200 billion euros.
Sapin and Varoufakis plan to make a joint statement in Paris on Sunday evening.
Os banksters, mais do que os povos, temem a deflação, pois esta implica a morte de centenas de bancos endividados até aos ossos e que mentem sobre os seus ativos e sobre as suas crescentes imparidades. Por outro lado, sem inflação, ou com 'reflações' que nada trazem de novo ao bem estar dos povos atacados pela austeridade (que é, afinal, a inflação dos pobres), as dívidas soberanas tornam-se mais difíceis de pagar, levando os governos a processos subtis mas inexoráveis de renegociação das dívidas públicas, que por sua vez obrigam a injetar literalmente galáxias de dinheiro virtual nos bancos insolventes, cuja situação, por sua vez, só poderá piorar perante a bolha de endividamento piramidal dos governos, oligopólios rentistas e fundos especulativos alavancados até às nuvens.
É disto que este pirata tem medo!
Curiosamente, Willem Buiter, perante a deflação anunciada, recomenda investimentos nas deterioradas infraestruturas, nomeadamente de transportes, da Alemanha e do Reino Unido, e estímulos ao consumo em Espanha, Grécia e —presumimos— Portugal.
Ora aqui está algo com que Pedro Passos Coelho não contava, mas que vai dar um jeitaço no ano eleitoral de 2015. O setor automóvel e o turismo tomaram, aliás, a dianteira nesta matéria, criando os seus próprios setores financeiros especializados de crédito ao consumo. Se Passos Coelho e o monarca do QREN (afastado que seja o motorista do BES colocado no AICEP) tiverem juízo, aproveitarão esta janela de oportunidade para lançarem, de uma vez por todas, as ligações ferroviárias, em bitola europeia, de Lisboa, Porto e Aveiro até Espanha/ resto da Europa, ao mesmo tempo que despacham rápida e favoravelmente a criação do terminal aéreo Low Cost do Montijo, acabam com o embuste do novo terminal de contentores no Barreiro e preparam estudos sobre a viabilidade do fecho da golada do Tejo, resolvendo assim o problema da erosão costeira da Costa da Caparica, ao mesmo tempo que projetam um futuro porto de águas profundas na Cova do Vapor-Trafaria. De caminho preparem-se para mais uns investimentos em material de vigilância e defesa costeira da nova Plataforma Continental, em aviões, barcos e manutenção adequada e atempada dos famigerados submarinos.
Pierre-Henri Thomas 29/10/2014 à 09:53 - Mis à jour à 10:22
La déflation devrait se concrétiser l'année prochaine en Europe, pronostique Willem Buiter, l'économiste en chef du groupe américain Citigroup. Pour l'éviter, la BCE devra sortir le grand jeu et les pays devront stimuler la demande, chacun à sa manière. Sans quoi, la croissance ne sera pas au rendez-vous et l'endettement sera de plus en plus lourd à porter.
[...]
Alors, la déflation est arrivée en Europe ?
Nous n'en sommes pas loin et elle est déjà là dans certains pays du Sud. Au niveau de la zone euro, elle ne se concrétisera peut-être pas au cours des prochains mois en raison de certains effets techniques ou saisonniers, mais il n'y a pas de doute. Il y aura une inflation négative au début de l'an prochain.
Y a-t-il moyen de l'éviter ?
Il y a quelques mesures apparemment simples à prendre mais difficile du point de vue politique.
Lesquelles ?
La première est un examen sérieux des banques européennes, ce qui est en train de se passer avec les stress tests. Ces tests constituent le premiers pas de l'Union bancaire, laquelle est un élément-clé, non seulement dans le contrôle des banques et du système financier mais aussi pour une bonne transmission de la politique monétaire.
Ensuite, nous avons besoin de stimuler la demande. Il y a un excès de capacité dans la zone euro. L' "output gap" (l'écart entre le PIB réel et son niveau potentiel) grandit. Oui, la baisse de l'euro et du prix des matières premières est une bonne nouvelle pour les exportateurs, mais je le répète, nous ne sommes pas loin de la déflation en Europe.
Dans ce contexte, je crois que l'Allemagne peut se permettre de réaliser un stimulus budgétaire, qui consisterait à réaliser des dépenses dans des domaines qui soutiendront la croissance à terme. Comme par exemple renforcer les infrastructures. L'Allemagne mais aussi la Belgique et le Royaume-Uni ont sous-investis dans les infrastructures pendant des années. D'autres pays n'ont pas ces besoins (l'Espagne, la Grèce,... ont énormément dépensés dans les infrastructures) et il leur faut des stimuli budgétaires "discrétionnaires", à la carte. Dans ces pays, il convient de stimuler la demande privée.
Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?
1929-1933-1939
Quebra do anel de transferências entre os EUA e a Europa > colapso financeiro da Alemanha > II Guerra Mundial monetarismo
1: criação de liquidez com garantias na economia > monetarismo 2:
criação de liquidez especulativa, sem garantias na economia > colapso
financeiro: insolvência e falência de bancos > colapso de empresas
> desemprego em massa > intervenção estatal: política de preços e
rendimentos: redução de preços, redução de salários > redutação das
taxas de juros > espiral deflacionária > monetarismo 3:
intervenção desesperada dos governos: injeção massiva de papel-dinheiro nas mãos dos
consumidores > inflação > hiperinflação > colapso geral:
fascismo> nacional-socialismo...
2007-2008-2015...
Quebra do anel de transferências entre a China, Europa e Petromonarquias e os EUA > colapso dos EUA? > III Guerra Mundial, ou Tratado de Tordesilhas 2.0?
Situação: não existe um desequilíbrio tão grande entre os EUA e a Europa, China, etc., como havia entre a América e a Europa entre o fim da I e o início da II guerra mundial > há um desequilíbrio importante entre os EUA e a China, mas incomparável ao aperto alemão depois de duas derrotas militares e até à reunificação (19014-1990) > neste momento a Europa dispõe de capacidade produtiva excedentária, mas a sua balança de pagamentos é cada vez mais positiva, havendo pois um excesso de capacidade financeira que em breve descolará da Europa em direção a outras regiões do globo > por fim, há
um novo dado decisivo: o pico do petróleo e em geral o encarecimento dos
recursos energéticos, hidrológicos, minerais e alimentares disponíveis,
com efeiros que começaram a sentir-se de modo muito claro depois de 1973, e sobretudo depois de 2005.
AGORA: a monetização das dívidas (QE e as várias réplicas europeias) desde 2008,
tem servido até agora para evitar o pior, mas a solução parece cada vez
mais esgotada... ou seja, depois dos resgates e da austeridade, vai ser
necessário acrescer a estas medidas excecionais medidas mais drásticas
de reestruturação das dívidas públicas e privadas através de mecanismos
não declarados de reestruturação, como o chamado haircut e os bail-in. Bancos e sistemas de especulação financeira —pública (bolsas) e privada (derivados OTC)— serão reestruturados com perdas crescentes, a começar nos
investidores e especuladores incautos ou simplesmente mais fracos. Os
estados demasiado grandes, burocráticos, ineficientes e corruptos terão
que encolher, com ou sem resgates, com ou sem programas cautelares, com
ou sem visitas semestrais dos credores.
É por isto tudo
que a conversa sobre a deflação é sobretudo uma manobra de distração dos
devedores insolventes. É que para estes só a inflação, a reflação
e, no limite, a hiperinflação eliminaria de vez as suas imprudentes
dívidas.
Dá-me um certo gozo, no meio do pandemónio de brutalidades governamentais e de fascismo fiscal em curso, ver os banqueiros começarem a molhar-se pelas pernas abaixo. Foram avisados, nomeadamente por este blogue, mas preferiram continuar o festim da especulação e o concubinato partidário e governamental. Preferiram continuar a aldrabar os livros. Espera-os agora uma máquina zero financeira, a começar pela Caixa—onde estão os milhões emprestados para a tomada de assalto cor-de-rosa do BCP? BES e BCP serão os primeiros a poder ver as suas imparidades transformadas em insolvência. Banif e bancos fantasma do estado são para encerrar, com pesadas perdas, claro. De que estamos à espera para levar os responsáveis a tribunal?
Já não é só o nosso transmontano a devolver aos piratas de Wall Street e Washington os elogios sobre quem melhor rouba o próximo!
Quem empacotou lixo com nomes bonitos e perfumados e atraiu os fundos de... pensões!!! nomeadamente alemães :( à armadilha de melhores rendimentos para compensar a corrida de lémures contra os juros induzidos pelos bancos centrais, foram as Nove Donas Brancas de Wall Street e da City. Será que alguém duvida ainda que estamos no meio da primeira Guerra Mundial Financeira do século 21?
Do que esta corja de Wall Street e da City está mesmo a precisar é de uma verdadeira tosquia com Máquina Zero! Esqueçam os bancos, e resgatem os investidores de boa-fé, assim como a generalidade dos contribuintes, do Buraco Negro dos Derivados, das burocracias parasitárias e das clientelas partidárias — quanto antes!
Eu espero sinceramente que a União Europeia encoste os novos Drakes de sua majestade pirata ao molhe, avançando sem medo com o PSI na gestão da parte odiosa das dívidas soberanas europeias, e de caminho dê um salto em frente na união financeira, política e militar da Europa.
As pátrias europeias não passam hoje de embustes para enganar tolos.
Precisamos de uma verdadeira democracia europeia, onde predomine o direito, a transparência, a defesa da propriedade privada legítima e a defesa das poupanças individuais e familiares. Onde ganhe preponderância um novo estilo de eficiência governativa, sem a escandalosa captura partidária e burocrática dos estados e das democracias que quase destruiu um continente. Onde, em suma, a liberdade criativa das pessoas e das comunidades seja a verdadeira e eficiente soberana.
A Tragédia dos Comuns não pode ser o trampolim fácil dos oportunistas de sempre, nem o pretexto para a emergência de novas ditaduras burocráticas assentes na corrupção infinita protagonizada pelo capitalismo de estado que uma vez mais pretende insinuar-se e destruir as democracias ao som das suas hipócritas cantorias populistas.
A China será em breve exemplo do que quero dizer, com a sua mistura altamente tóxica e explosiva de uma ditadura burocrática com a selvajaria do capitalismo pirata. A grande bolha das afinal falsas emergências económicas do Oriente, mas também do Brasil, ou de Angola, todas elas penduradas no consumismo financeiro euro-americano e na corrupção sem limites, irá rebentar antes mesmo da implosão das economias ocidentais fatalmente atraídas pelo buraco negro dos derivados.
Algum equilíbrio global será porventura possível, mas antes de lá chegarmos, isto é, antes de percebermos que será necessária uma nova divisão do mundo em duas metades, teremos infelizmente que passar por grandes apertos, tensões, guerras financeiras não declaradas e possivelmente até por uma proliferação de guerras convencionais associadas a conflitos virais, nomeadamente eletrónicos, cujas configurações só agora começamos a perceber. O efeito destruidor destes conflitos irá crescendo de dimensão até transformarem-se numa nova guerra mundial, altamente mortífera e devastadora no plano económico e financeiro.
Tempo para comprar proteção, sobretudo local.
As minhas recomendações permanecem, pois, no plano puramente defensivo: apostar no ouro, na prata, no imobiliário próximo dos centros urbanos, bem servido de transportes públicos e com custos de condomínio mínimos, e nas nossas melhores terras e árvores: oliveiras, amendoeiras, sobreiros, castanheiros, figueiras, alfarrobeiras, laranjeiras, limoeiros e vinha. De preferência, dispensando pesticidas e adubos químicos de toda a espécie.
Do ponto de vista político: prioridade absoluta às autarquias locais. Todo o poder às paróquias e freguesias, mesmo ou até sobretudo depois do processo de concentração em curso!