sábado, junho 07, 2014

O vírus de Detroit a caminho?


Atenção às dívidas municipais!

Todos os nossos autarcas deveriam passar uma semana de férias em Detroit...
The Death And Decay Of Detroit In Real Time, As Seen From The Streets
Submitted by Tyler Durden on 06/07/2014 11:27 -0400. ZeroHedge.

With the stock market hitting record highs day after day, it is easy to move on and forget that one of American's once premier cities, Detroit, has been bankrupt for nearly a year. But out of mind doesn't mean out of sight, especially now that Google has launched its street view Time Machine, which provides for 7 years worth of street images, capturing the time shift of the tumultuous period period starting in 2007.
E depois deveriam pensar seriamente que o vírus de Detroit pode chegar a Portugal num instante... sobretudo se os bancos andarem por aí a perder milhares de milhões de euros e ninguém for preso por isso... e se o poder político não avançar com a concentração municipal, promovendo rapidamente a constituição das cidades-região de Lisboa e Porto.

Há autarcas a mais, há serviços municipais a mais, há despesa municipal a mais, e os impostos com origem nos municípios em breve deixarão de ser uma arca onde se escondem os probelams, e uma pá com que se rapam as poupanças e os rendimentos de munícipes e empresas.

As cidades portuguesas não podem continuar a aumentar as taxas de IMI, ou o preço da água. E não podem continuar a endividar-se!

Esquerda fragmentada

Sondagem Eurosondagem/ Expresso, 7/6/2014

Só Marinho Pinto poderá viabilizar um governo de 'esquerda' moderada.
Mas com quem? Com Seguro, ou com Costa?


O Partido Socialista de Seguro tem-se aguentado apesar da hecatombe socratina, como as percentagens seguintes demonstram.

Legislativas 2011, depois da queda de Sócrates [CNE]: 28,05%
Autárquicas 2013 [sítio do PS]: 36,26% (150 câmaras municipais em 304)
Europeias 2014 [MAI]: 31,46% (mais um deputado que o PSD e mais um deputado que em 2009)
Sondagem, Legislativas 2015, Eurosondagem/Expresso, jun 2014: 33%.

As sondagens de avental valem o que valem, e normalmente valem pouco. Mas vamos fazer de conta que servem para alguma coisa, por exemplo, para ver o futuro...

A conclusão essencial que podemos retirar desta sondagem-propaganda não diz respeito a Seguro, mas ao PS e à 'esquerda' no seu conjunto, que não convencem apesar da grave crise social instalada e dos impactos dolorosos da governação PSD-CDS. O eleitorado sabe perfeitamente que a 'esquerda' não é capaz de unir-se nem para fazer um pic-nic!

O eleitorado também começou a intuir que, afinal, a conjuntura europeia tem vindo a esvaziar paulatinamente a eficácia das propostas de reestuturação da dívida portuguesa a que a 'esquerda' se tem agarrado de forma oportunista, na medida em que tem sido o próprio BCE a garantir que nem o euro colapsa, nem os países do euro serão forçados a abandonar a moeda única.

Depois do grito de Mario Draghi —whatever it takes—, reforçado com as medidas financeiras desta semana e as que conheceremos em breve, o que está efetivamente em curso é um complexo jogo de reestruturação disfarçada das dívidas soberanas, e uma presença crescente do BCE na condução das políticas orçamentais dos estados membros, a par de uma integração cada vez maior do ambiente financeiro e da macroeconomia na zona euro, com destaque para os grandes projetos estratégicos, nomeadamente nos setores da energia, transportes, agricultura, indústria, comércio internacional, ambiente e políticas ativas de educação, formação profissional para o emprego e solidariedade social.

A 'esquerda' indígena e os seus delegados sindicais no TC têm empurrado o país para uma sangria fiscal sem precedentes, em nome da manutenção de privilégios inaceitáveis, sabendo-se o que já toda a gente sabe sobre os efeitos desastrosos do imenso buraco que o endividamento público e privado trouxe a Portugal.

O que resta de 2014, e provavelmente até 2020, vão ser anos de monetização agressiva das dívidas públicas europeias e de apoio direto, embora seletivo e comandado a partir do BCE, aos países do euro em situação crítica. Numa conjuntura em que as reformas estruturais têm sido sistematicamente boicotadas pelo PS e pela restante 'esquerda', a pressão do BCE, do FMI e de Bruxelas para que as mesmas sejam levadas a cabo ou... irão acentuar-se nos meses que se seguem, até às próximas eleições —o pau—, a par do próximo envio de fundos comunitários e do investimento financeiro orientado para a economia e o emprego produtivo —a cenoura, que os socratinos querem, por todos os meios, agarrar!

O processo de fragmentação da 'esquerda' ficou patente nas últimas eleições.

Nesta conjuntura, das duas uma, ou a coligação no poder dá um golpe de rins e ataca de vez o problema das rendas excessivas da corja rendeira (sucessivamente exigida pelo FMI!), deixando para a próxima legislatura a revisão constitucional, a reforma efetiva do mapa autárquico e a redução do aparelho de estado em função das nossas reais necessidades e de acordo com as nossas reais possibilidades, e conseguem assim ganhar uma nova maioria, ou então, teremos balbúrdia, isto é, uma mais do que provável ausência de maioria parlamentar para formar o próximo governo.

A pulverização da 'esquerda' deixa ao PS uma de duas soluções: coligar-se com o MPT/Marinho Pinto se este for capaz de mais do que duplicar a sua votação e chegar aos 14 ou 15%, e o PS, por sua vez, subir dos 33% das últimas Legislativas (curiosamente os mesmos 33% da sondagem-propaganda) para uma percentagem acima dos 37%, ou teremos um governo minoritário sequestrado pela 'esquerda' oportunista e indigente à esquerda do PS, que cairá logo na aprovação do primeiro orçamento!

O governo de um novo Bloco Central alargado (PS+PSD, ou PS+PSD+CDS+MPT) que os socratinos e António Costa desejam, mas sobre o qual nada dizem, ou até negam como São Pedro negou a sua amizade a Cristo, seria uma espécie de compromisso possível no rescaldo de umas eleições sem vencedores, nem vencidos. Mas quanto tempo se aguentaria de pé?

O António Maria é independente, mas vê no plano de 4 pontos anunciado por António José Seguro —
  • Primárias abertas aos militantes, simpatizantes e eleitores regulares do PS
  • Diminuição do número de deputados para o limite mínimo legalmente previsto: 180
  • Aproximação dos eleitores aos eleitos, mudando o método de eleição dos deputados
  • Alteração da lei de incompatibilidades de cargos públicos por forma a afastar os lobistas encapotados dos centros de decisão política.

— um passo muito importante para começarmos a reformar a populista e desgraçada democracia que temos. Neste sentido, todos aqueles que se revêm nos princípios básicos do Partido Socialista deveriam acorrer às eleições primárias do PS, emitindo um sinal claro de que querem uma democracia mais participativa e responsável.

Se em vez de Seguro, preferirem o regresso de Sócrates, de Mário Soares e dos aventais da Maçonaria, através de um vigário de nome Costa, é outro problema. O voto é livre, mas depois não se queixem!

Na reunião da Comissão Política Nacional do PS foi decidida a data de 28 de setembro para as eleições primárias, abertas a simpatizantes, que irão decidir o candidato socialista a primeiro-ministro. [...]

Poderão votar nestas eleições primárias os cidadãos inscritos nos ficheiros nacionais do PS e simpatizantes, sendo considerados simpatizantes os cidadãos eleitores que cumpram os requisitos a estabelecer no regulamento eleitoral, entre eles, obrigatoriamente, a assinatura de um compromisso individual de concordância com a Declaração de Princípios do PS.

Para o Secretário-geral, “este é um processo que deixará uma marca histórica na vida do PS. Temos obrigação de desenvolver um processo credível, o mais transparente e participado possível. Um projeto que prestigie o Partido Socialista”. Na hipótese de não vir a ser o candidato eleito, e apenas nessa circunstância, o secretário-geral do PS apresentará a sua demissão.

- Leia a declaração completa do PS

A caminho do colapso: 2030




O pico do petróleo convencional ocorreu em 2005


Entre 1998 e 2005 o investimento realizado de 1,5 biliões de dólares permitiu incrementar a produção de petróleo convencional em 8,6 mihões de barris/dia. Já entre 2005 e 2013, apesar do investimento na exploração e produção deste mesmo segmento de petróleo e gás convencionais ter subido para 3,5 biliões de dólares (equivalente ao PIB da Alemanha), a produção caiu 1 milhão de barris/dia.

Esta é a prova cabal de que o chamado Pico do Petróleo, previsto em 1956 por M. King Hubbert, foi mesmo atingido, ainda que com uma década de atraso relativamente aos seus cálculos (PDF).

E agora?

A resposta a esta situação tem seguido algumas estratégias complementares, orientadas sempre para o aumento da produção de energia:
  1. energia nuclear
  2. energias fósseis não convencionais: areias betuminosas e outros petróleos pesados e extra-pesados, petróleo encapsulado a grandes profundidades submarinas, liquefação do carvão, etc.
  3. bio-combustíveis a partir de sementes e plantas, resíduos orgânicos, etc.
  4. reforço da capacidade das centrais hidroelétricas
  5. energia eólica
  6. energia solar
  7. eficiência energética
A verdade, porém, é que estas estratégias revelaram-se incapazes de suprir minimamente as gigantescas necessidades energéticas —sobretudo em combustíveis líquidos— potenciadas exponencialmente desde que a civilização capitalista industrial começou a usar intensivamente o carvão (antracite e hulha) —desde o século 19 até hoje— e mais tarde acrescentou ao mix energético o uso de uma fonte de energia ainda mais poderosa, versátil e revolucionária: o petróleo/ gás natural.

O pico petrolífero foi atingido em 2005, ou seja, acabou nesse ano, à escala global, o petróleo barato. Em março de 2006, depois de uma viagem a Paris, onde conheci e assisti ao nascimento do GEAB, um boletim mensal de prospetiva idealizado pelo já desaparecido Franck Biancheri, escrevi neste mesmo blogue o seguinte:
Os investigadores e analistas do LEAP/E2020 identificaram 7 crises convergentes que as decisões da última semana de Março de 2006 catalizarão e transformarão numa crise geral, afectando todo o planeta nos campos político, económico e financeiro, bem como, muito provavelmente, no campo militar:

1. Crise de confiança no dólar
2. Crise dos desiquilíbrios orçamentais norte-americanos
3. Crise petrolífera
4. Crise da liderança norte-americana
5. Crise do mundo Árabe-Muçulmano
6. Crise de governabilidade mundial
7. Crise de governabilidade europeia

O António Maria, 2/3/2006 - "2006 crise mundial 1"  

Desde então que não nos cansámos de chamar a atenção de quem nos lê para as consequências catastróficas potenciais do encarecimento irreversível e escassez a prazo dos motores energéticos das sucessivas revoluções industriais e tecnológicas iniciadas com a máquina a vapor, o comboio, a eletricidade, o saneamento básico e a distribuição doméstica canalizada de água, gás e eletricidade.

É impressionante verificar a rapidez com que o Pico do Petróleo desencadeou sucessivas crises financeiras e económicas em todo o planeta. O investimento global na produção de energia é cada vez maior, e por conseguinte o custo da energia e o respetivo preço não param de aumentar.

Acima dos 100-120 dólares o barril, o efeito recessivo desta carestia energética é automático. As bolhas especulativas e o sobre endividamento dos governos, das empresas e das famílias são algumas das consequências previstas cuja confirmação se tornou dramática a partir do colapso do Lehman Brothers, em 2008.

Nós vamos ter que discutir publicamente aquela que é a mãe de todas as crises.

Quanto mais tempo perdermos nos jogos políticos e partidários tradicionais pior será para todos, porque mais tempo precioso perderemos na percepção, reconhecimento e estudo focado da situação energética nacional, europeia e mundial, e na definição de um caminho de adaptação à inevitável metamorfose energética, económica e social que se aproxima do mundo a grande velocidade.

Nós estamos, de facto, no meio dum turbilhão, do qual só sairemos se começarmos imediatamente a discutir o essencial e pusermos de lado o acessório.

Curiosamente, os partidos políticos, que poderiam ter um papel crucial nesta fase crítica do fim de um modelo de crescimento e de civilização, e na inevitável transição para algo ainda desconhecido, meteram as cabeças na areia.

Até quando?


REFERÊNCIA
Peak Oil Revisite...
by Brian Davey, Jun 03, 2014 - Feasta


“In a lecture to the Columbia University Center on Global Energy Policy in February of 2014 Steven Kopits, who is the Managing Director of the consultancy, Douglas Westwood explains how conventional “legacy” oil production peaked in 2005 and has not increased since. All the increase in oil production since that date has been from unconventional sources like the Alberta Tar sands, from shale oil or natural gas liquids that are a by-product of shale gas production. This is despite a massive increase in investment by the oil industry that has not yielded any increase in ‘conventional oil’ production but has merely served to slow what would otherwise have been a faster decline.

More specifically the total spend on upstream oil and gas exploration and production from 2005 to 2013 was $4 trillion. Of that $3.5 trillion was spent on the ‘legacy’ oil and gas system. This is a sum of money equal to the GDP of Germany. Despite all that investment in conventional oil production it fell by 1 million barrels a day. By way of comparison investment of $1.5 trillion between 1998 and 2005 yielded an increase in oil production of 8.6 million barrels a day.

Further to this, unfortunately for the oil industry, it has not been possible for oil prices to rise high enough to cover the increasing capital expenditure and operating costs. This is because high oil prices lead to recessionary conditions and slow or no growth in the economy. Because prices are not rising fast enough, and costs are increasing, the costs of the independent oil majors are rising at 2 to 3% a year more than their revenues. Overall profitability is falling and some oil majors have had to borrow and sell assets to pay dividends. The next stage in this crisis has then been that investment projects are being cancelled – which suggests that oil production will soon begin to fall more rapidly.”

[...]

“According to Kopits the vast majority of the publically quoted oil majors require oil prices of over $100 a barrel to achieve positive cash flow and nearly a half need more than $120 a barrel. But it is these oil prices that drags down the economies of the OECD economies.”

[...]

“Over the last few years central banks have had a policy of quantitative easing to try to keep interest rates low – the economy cannot pay high energy prices AND high interest rates so, in effect, the policy has been to try to bring down interest rates as low as possible to counter the stagnation. However, this has not really created production growth – it has instead created a succession of asset price bubbles. The underlying trend continues to be one of stagnation, decline and crisis.”

sexta-feira, junho 06, 2014

Por quem corre o Costa?

Eu perguntei e volto a perguntar: há ou não algum fundo de investimento do PS sediado na Holanda?

Costa lança-se elogiando "impulso reformista" de Sócrates

António Costa lançou hoje a sua candidatura às eleições primárias do PS elogiando a herança dos governos de António Guterres e ainda o "impulso reformista" dos governos de José Sócrates. DN, 6/6/2014.

O alinhamento de Capoula dos Santos ao lado de António Costa, e a genuflexão deste último a José Sócrates, e os gabirus que rodeavam Costa durante a apresentação da candidatura faz pensar se tudo isto não terá que ver com o confidenciado mas nunca reconhecido ou desmentido fundo de investimento do PS sediado na Holanda, do qual teriam saído alguns euros (milhões?) para a compra de terrenos nas imediações do putativo NAL de Alcochete (ex-Ota), e que, como sabemos, está encalhado.

Imagino que se houver tal fundo, o Costa não saberá de nada, claro.
Mas também imagino que o velho Bloco Central da Corrupção e da Desgraça está mortinho por retomar as rédeas e os aventais do poder. Coisa que, o Bloco Central, pelos vistos, não está nos planos de António José Seguro.

Partidocracia e sondagens

O legislador indígena legisla invariavelmente em causa própria


Aqui vai o caso de uma lei típica da voragem partidocrata que conduziu o país à desgraça.

Num país em que os partidos e governos, e ainda os vendedores de telemóveis e de margarinas só funcionam com sondagens e estudos de opinião, a lei que temos sobre sondagens é um atentado descarado ao famoso princípio da igualdade e à liberdade de informação e opinião. Eu não posso perguntar a duas dúzias de pessoas se tencionam votar no PS, ou no PSD, ou se vão abster-se, mas quem tiver os meios para pagar a dízima à burocracia do regime, já pode.

Leiam isto:
Artigo 10.º
Divulgação de sondagens relativas a sufrágios

1 - É proibida a publicação e a difusão bem como o comentário, a análise e a projecção de resultados de qualquer sondagem ou inquérito de opinião, directa ou indirectamente relacionados com actos eleitorais ou referendários abrangidos pelo disposto nos n.os 1, 2 e 4 do artigo 1.º, desde o final da campanha relativa à realização do acto eleitoral ou referendário até ao encerramento das urnas em todo o País.

Sendo esta uma lei do ano 2000, esqueceram-se da Internet, foi? Pois não estão todas as sondagens permanentemente disponíveis online? Que fazer à sondagem de hoje sobre a vantagem de Costa sobre Seguro, na véspera, ou no próprio dia das eleições do candidato rosa a PM? Fecha-se a Margem de Erro? Envia-se um vírus informático tapar ou mesmo apagar todas as páginas onde a sondagem tenha sido inscrita? Vão mandar fechar a estatísticas publicada hora a hhora pelo Facebook e as contagens de gostos. Vão enviar esta lei imbecil ao Zuckerberg?

A democracia populista portuguesa transformou-se numa choldra sem emenda. Se não tivermos Europa estaremos fritos!

Emprego mentiroso



Criar emprego é o problema mais difícil de resolver


...virtually every job gaines since the trough of the depression has been matched by at least one person dropping out of the labor force. In fact, since December 2007, the total number of jobs is virtually unchanged, while the number of people not in the labor force has increased by an unprecedented 12.8 million from 79.2 million to a record 92 million. Recovery?

in US Finally Recovers All Jobs Lost Since 2007 While People Not In Labor Force Increase By 12.8 Million | Submitted by Tyler Durden on 06/06/2014 08:50 -0400 | ZeroHedge

A 'esquerda' desmiolada e oportunista que temos, que vive confortavelmente sentada nos bancos da indigente partidocracia que deixámos alegremente crescer e inchar, berra contra quem governa (PS ou PSD-CDS) por causa do desemprego e da falta de emprego, e propagandeia invariavelmente que a culpa é do governo de turno, clamando sempre contra a legitimidade política dos mesmos, no que é quase sempre acompanhada pelas ratas sábias da mérdia televisiva. Ao PCP e ao seu braço sindical compete a ladainha da exigência de demissão de Sócrates, de Passos Coelho, e amanhã do renascido Seguro.

E no entanto a desgraça é bem mais grave do que se imagina e frequentemente se mostra aos eleitores como sendo mero resultado da ganância privada e da capitulação dos 'socialistas'.

O problema tem uma origem com dupla face: a face dos longos ciclos (Fischer, D. H.) e a face não cíclica que resulta do fim do petróleo barato

O mundo inteiro só tem um horizonte credível pela frente: decrescer.

Pode fazê-lo de modo gradual, amigável e ordenado, ou pode caminhar para sucessivos colapsos, tensões e guerras. Uma possível extinção das sociedades civilizadas que conhecemos não é provável mas pode acontecer se não houver uma adequada gestão global da crise. A leitura de Collapse, de Jared Diamond, poderá ajudar a substituir o maniqueísmo dos bonzos mediáticos por um diálogo ponderado e informado sobre as alternativas concretas efetivamente à nossa disposição.

quinta-feira, junho 05, 2014

O lóbi do Aeroporto ainda mexe

O aeroporto aparece como uma mancha cinzenta, como se já não existisse!
A Alta de Lisboa serviria para financiar o NAL, depois de vendidos os terrenos do aeroporto da Portela

Sem alienar os terrenos do Aeroporto de Lisboa (Portela) não haverá dinheiro para financiar o embuste do NAL—Novo Aeroporto de Lisboa


O que é que o PS quer da ANA? Quem é que no PS quer o quê da ANA? Nós sabemos: são os terrenos da Portela, que o socratino António Costa alienou sem pedir licença a ninguém, julgando que servia os interesses imobiliários do senhor Ho e do seu PS, julgando que, enfim, a venda prevista há muito dos terrenos da Portela, e consequente destruição do Aeroporto de Lisboa, serviriam a construção do embuste a que chamaram NAL-Novo Aeroporto de Lisboa, na Ota, e depois de fracassada opção Ota, em Alcochete.

Escreve a imprensa (Privatização da ANA volta ao Parlamento) que “Por seu lado, os socialistas não entendem “o que é que a maioria tem a esconder sobre a privatização”, lembrando que o relatório da comissão de acompanhamento, liderada por António de Sousa, apresentou várias críticas à forma como o processo foi conduzido.”

António de Sousa?! Logo este homem de mão de tudo o que é penumbra neste país. Sabem o que faz a sua famosa ECS? E sabem que serviços prestou ao JP Morgan entre 2005 e 2009? Curiosamente, o conhecido homem da mala José Luís Arnaut está hoje ao serviço da Goldman Sachs. Capiche?

Seguro, acorda!


POST SCRIPTUM

A reabertura do processo de privatização da TAP deve ser um dos compromissos que constam da carta de Passos Coelho à Troika, a par da diminuição dos governos municipais, sobretudo nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, onde são manifestamente bolsas de emprego partidário sem grande utilidade, e ainda de uma maior redução das rendas excessivas da EDP e renegociação mais agressiva dos contratos PPP, por exemplo, o leonino contrato da PPP Ponte Vasco da Gama negociado pelo cavaquista Ferreira do Amaral.