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segunda-feira, maio 08, 2017

Macron e Putin

Macron e esposa durante comemoram vitória eleitoral.
Foto: REUTERS/CHRISTIAN HARTMAN


Irá a França aproximar-se da Rússia, como o está fazendo Angela Merkel?


“Os cidadãos de França confiaram-lhe a liderança do país num tempo difícil para a Europa e para toda a comunidade mundial. O aumento das ameaças do terrorismo e dos extremismos militantes é acompanhada pelo escalar de conflitos locais e pelo desestabilizar de regiões”, pode ler-se no telegrama enviado, de acordo com o Kremlin.  
“Nestas condições, é especialmente importante superar a desconfiança mútua e unir esforços para assegurar a estabilidade internacional e a segurança”, disse Putin a Macron.
Putin exorta Macron a “superar desconfiança mútua”.
RTP 08 Mai, 2017, 09:29 / atualizado em 08 Mai, 2017, 10:33

Israel é em grande parte uma construção do Reino Unido e da Rússia. Mais de metade da população judaica de Israel veio da Rússia ou tem origem russa.

Os judeus russos vítimas de perseguição do Czar Nicolau II (Pogroms) 'invadiram' Londres, nomeadamente a caminho da América, criando enormes problemas à comunidade judaica local, onde coexistiam sefarditas e ashkenazi (Disraeli era um judeu sefardita, enquanto Rothschild é considerado um judeu ashkenazi).

A solução encontrada para este êxodo de judeus de origem germânica, habitantes da Rússia, Polónia, Alemanha e Áustria (Ashkenazi), que se acentuaria enormemente com o advento do nacional-socialismo hitleriano, mas também durante a ditadura estalinista—ou seja, a criação do estado Sionista, de origem sobretudo Ashkenazi, de Israel— marca desde então as relações especiais que existem entre a Rússia e Israel.

Sendo Macron um 'discípulo' dos Rothschild, que declaradamente se assumem como membros do grupo dos judeus Ashkenazi, o apelo de Putin ganha especial significado...

segunda-feira, março 16, 2015

A Europa está a mudar!

Marie Le Pen é uma filha da degradação da democracia francesa

O próximo governo português (qualquer que seja) não fará mais do que escancarar as portas à emergência de soluções radicais num país arruinado e liderado por elites imbecis, corruptas e sem vergonha


National Front likely to emerge as first force in French local elections
EurActiv, Published: 16/03/2015 - 07:47

France's far-right National Front is set to win more votes than any other party in the first round of local elections next Sunday, a poll showed, with the governing Socialist party coming a very distant third.

Se a nomenclatura demopopulista no poder em Bruxelas, Londres, Paris, Berlim, Madrid ou Lisboa, acha que pode e deve destruir as classes médias, continuando a corromper-se até à medula, e a mentir, confiante na proteção das torres de marfim que os contribuintes pagam, então a extrema esquerda e a extrema direita disputarão o poder, com sucesso e o apoio crescente de milhões de europeus.

Às partidocracias e aos bancos esgotaram-se-lhes as ideias. Apenas sabem mentir e espoliar as suas bases de apoio eleitoral e os seus próprios clientes. Não têm já nenhuma vergonha do mal que fazem.

A sorte que os espera não será necessariamente risonha.

Não se esqueçam deste aviso.

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quinta-feira, fevereiro 05, 2015

Grexit? (3)

Topol M ICBM — uma arma nuclear infernal

BCE—0, Grécia—1 


“About 700 units of military equipment, including launchers are deployed in the positioning areas in the Tver, Ivanovo, Kirov, Irkutsk regions, as well as in Altai Territory and the Mari El republic.” 
TASS

Ontem o BCE tentou humilhar a Grécia. Hoje a Rússia forçou o BCE a adiantar 60 mil milhões de euros aos gregos, e de caminho colocou armas nucleares em regime de prontidão em vários pontos do seu território. O casal Merkel-Hollande sai amanhã disparado em direção a Moscovo!

Mais do que uma simples expulsão da Grécia da Eurolândia, o que está em causa é muito maior e muito mais perigoso: trata-se de saber como irá decorrer o braço de ferro entre Moscovo e Washington em volta da magna questão dos corredores do gás natural em direção à Europa.

É hoje evidente que os americanos pretendem isolar a Rússia para tolher a China. E uma das formas de o fazer é atacar as exportações de petróleo e gás natural. Primeiro prepararam um Inferno na Ucrânia, e outro na Síria. Objetivo: cortar ao meio os gasodutos que ligam a Rússia à Europa através do território ucraniano; e depois apoiar o Qatar, a Arába Saudita e Israel a lançarem novos gasodutos em direção à Europa, dificultando ao mesmo tempo a construção do pretendido gasoduto entre a Rússia e a Grécia, com passagem única pela Turquia.

Este garrote, se funcionasse até ao fim, acabaria com Putin e lançaria a Rússia numa nova bancarrota e na agitação social. É este o objetivo da diplomacia levada a cabo pelos emissários de Obama na Arábia Saudita e na Ucrânia—com o apoio óbvio de Israel, que lançou uma ofensiva militar terrorista contra a Palestina. É percebendo esta manobra que se entenderá o aparecimento e ação psicológica global do famoso Estado Islâmico, uma criação, tal como a Al Qaida, dos serviços secretos militares norte-americanos (com a ajuda mais do que provável dos ingleses e dos israelitas).

É possível que Obama tenha um rebuçado para Putin: se deixares cair Bashar al-Assad, essencial à construção dos gasodutos Árabe e Islâmico, deixaremos a Ucrânia em paz e ao teu cuidado.

É neste teatro bélico potencial, a que os dirigentes eurolandeses assistem com ar bovino, que os ortodoxos gregos e os ortodoxos russos se encontram neste momento.

Vladimir Putin, que ameaçou já fechar o fornecimento de gás natural à Europa através da Ucrânia, oferece, porém, uma alternativa: um gasoduto através da Turquia com entrada na União Europeia pela Grécia. Mas se for assim, como poderá a Alemanha deixar cair os ortodoxos gregos?

A Turquia não se oporá, obviamente, à proposta russa.


FILME DO DIA

Rússia avisa EUA que fornecer armas à Ucrânia causará “dano colossal” às relações
Jornal de Notícias
“Nos nossos contactos com representantes da administração norte-americana sempre sublinhámos que as informações sobre a intenção de Washington de entregar a Kiev armas modernas letais nos causam grande preocupação”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Alexander Lukashevich.

Merkel, Hollande, Putin to discuss end to Ukraine’s civil war at Moscow talks
RT. Edited time: February 05, 2015 16:26

The French president and the German chancellor are set to visit Moscow on Friday after a trip to Kiev, in order to find a peaceful solution to the escalating violence in Ukraine, the Kremlin has confirmed.

“I can confirm that indeed tomorrow [Friday] Putin, Merkel and Hollande will have talks. The leaders of the three states will discuss what specifically the countries can do to contribute to speedy end of the civil war in the southeast of Ukraine, which has escalated in recent days and resulted in many casualties,” Russian presidential spokesman Dmitry Peskov said.

Putin Invites Tsipras To Visit Russia
Zero Hedge. Submitted by Tyler Durden on 02/05/2015 10:45 -0500

While Greek finance minister Yanis Varoufakis’ comments that “we will never ask for financial assistance in Moscow,” which notably does not deny acceptance of aid if offered, and Greek Minister of Energy Panagiotis Lafazanis adding that Athens opposes the embargo imposed on Moscow, “we have no disagreement with Russia and the Russian people,” it is perhaps not surprising that, as Vedemosti reports, Russian President Vladimir Putin spoke by phone with the new Prime Minister of Greece Alexis Tsipras, congratulated him on taking office, and invited him to Russia.

[ANA]

The situation in Ukraine and other international issues, among them, “the South Stream and Turkish Stream pipeline projects, dominated a telephone call between Russian President Vladimir Putin and Greek Prime Minister Alexis Tsipras earlier on Thursday, the Kremlin announced.

Putin invited Tsipras to visit Moscow on May 9 when celebrations will take place, commemorating the peoples’ victory over fascism. On his part, the Greek prime minister underlined the importance he attributes to the fight against Nazism, expressing his intention to accept the invitation.

The Russian leader’s top foreign policy adviser Yuri Ushakov said that Putin congratulated Tsipras on his victory in last month’s general elections and on the assumption of his duties as the new prime minister of Greece.

The discussion was very warm and constructive, he said, noting that President Putin invited Tsipras to Russia. He also said that the will for a more active development of bilateral relations was reaffirmed.

The Russian ministers of foreign affairs and defence have already invited their Greek counterparts to visit Moscow.

Tsipras talks to Putin while US urges Greece to cooperate with its partners, IMF
ekathimerini, Thursday February 5, 2015 (14:55)

The United States has urged Greece to work closely with its European partners and the International Monetary Fund, a senior American official said late on Wednesday.

“We do believe that in the case of Greece it is very important for the Greek government to work cooperatively with its European colleagues, as well as with the IMF. And we have advised it to do so, and we are hopeful that these conversations are now moving to a place with some cooperation and mutual understanding.” noted the official during a conference call regarding US Vice President Joe Biden’s visit to Belgium and Germany which begins on Thursday.

The comments followed President Obama’s recent remarks with regard to austerity in Greece, in which he argued that countries could not go on being “squeezed.”

Russia Deploys Nuclear ICBM Launchers On Combat Patrol
Submitted by Tyler Durden on 02/05/2015 12:56 -0500

Perhaps it is a coincidence that a day before John Kerry’s arrival in Kiev (a visit which “coincided” with a 35% devaluation of the local currency) where among other things the US statesman discussed the possibility of official (as opposed to unofficial) deliveries of US “lethal support” to the civil war torn and now hyperinflation country, that Russia decided to put its nuclear ICBMs on combat patrol missions in various Russian regions. Specifically, according to Tass, “About 700 units of military equipment, including launchers are deployed in the positioning areas in the Tver, Ivanovo, Kirov, Irkutsk regions, as well as in Altai Territory and the Mari El republic.”

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terça-feira, setembro 30, 2014

Hollande dá último empurrão para o colapso da França

Um gráfico demonstrativo das causas estruturais do colapso que se avizinha

Dívida pública francesa supera os dois biliões de euros (2E12€)


Pour la première fois, la dette publique de la France dépasse les 2000 milliards d'euros
Réunion 1ère avec Francetv info
Publié le 30/09/2014 | 11:10, mis à jour le 30/09/2014 | 11:10

La dette publique de la France s'est établie à 2 023,7 milliards d'euros à la fin du deuxième trimestre, dépassant pour la première fois la barre symbolique des 2 000 milliards, a annoncé, mardi 30 septembre, l'Insee. Rapportée à la richesse nationale, cette dette, mesurée selon les critères de Maastricht, atteint 95,1% du PIB (Produit intérieur brut).

A agência noticiosa pública Lusa e o DN anunciam esta manhã que a dívida pública francesa superou os 'dois mil milhões de euros'. Enganaram-se só em 1 998 000 000 000€, uma quantia equivalente a 1998 pontes Vasco da Gama!

Se há coisa de que não precisamos é de uma agência noticiosa pública, a LUSA, generosamente paga com os nossos impostos, que nem sequer para traduzir uma notícia serve. Um MILLIARD são MIL MILHÕES, i.e 10E9. Logo, a dívida pública francesa acaba se superar os DOIS BILIÕES DE EUROS e não, como diz a analfabeta Lusa, "dois mil milhões de euros"*. Não haverá na dita agência, nem no DN, ninguém que saiba, ao menos, distinguir um milhão de mil milhões e mil milhões de um milhão de milhões, ou seja, de um bilião? Já bem bastam os nossos políticos e boa parte dos econometristas que temos, que continuam a confundir milhões com biliões. O resultado está à vista :(

Mas vamos ao que interessa: o gráfico acima mostra que a notícia de hoje estava escrita nos gráficos há muito, mesmo antes de o 'socialista' Hollande ter sido eleito com base na promessa populista de que iria levantar a França. A mesma ideia demagógica e populista que o sargento-ajudante da corja rendeira e devorista lusitana, o cabotino Costa, também promete prosseguir se um dia os portugueses, de cabeça perdida, resolvessem apostar nesta criatura sem ideias mas com uma tarimba partidária que vem dos bancos do Secundário!

A Europa, tal como os Estados Unidos, o Japão, e agora a China, cuja bolha imobiliária rebentou em sincronia com o sit-in de Hong-Kong (a já chamada Primavera dos Guarda-chuvas), estão enredados num problema global chamado pico do crescimento. Trata-se de uma longa era (1896-2008*) que já chegou ao fim, cuja crise se manifesta desde meados dos anos 70 do século passado, mas que só agora começamos a perceber, quando olhamos pelo retrovisor das estatísticas.

Deixou de haver petróleo barato, a inflação dos preços das outras matérias primas é estrutural, mesmo quando há flutuações em baixa motivadas pelos jogos de derivados ou pela queda da procura causada, sobretudo, pela queda do poder de compra, por sua vez causada pelo deemprego, por sua vez causada pela falência de milhões de empresas e serviços públicos sobre endividados a que os bancos só conseguem acudir através de uma fraude sistémica do sistema monetário, por sua vez induzida pelos governos em bancarrota financeira, social e política. O desespero a que os demagogos chamam 'crescimento' não é mais do que a tentativa desesperada de reinflacionar as economias. O intento está condenado ao fracasso,  mas pior do que isso, ao darmos largas à demagogia populista dos Hollande, dos pseudo Sócrates e dos Costinhas deste mundo, estamos a deixar promover o sobre endividamento público e privado dos países para lá de todos os limites da racionalidade. O resultado só poderá ser catastrófico, quer dizer, uma implosão em cascata das grandes economias, eventualmente precedido de dezenas de bancarrotas nos países periféricos. É o que estamos neste momento a ver: depois da Islândia, Irlanda, Grécia, Espanha, Chipre e Portugal, ou da Venezuela (apesar de ser o 9º produtor mundial e o 10º exportador mundial de petróleo) e da Argentina, etc., seguir-se-ão países como a França, o Reino Unido e os Estados Unidos da América.

Será uma III Guerra Mundial suficiente para restabelecer o equilíbrio?

Não creio que tenhamos pela frente uma nova guerra mundial como as duas famosas guerras de destruição maciça que o século 20 conheceu. O mais provável é assistirmos a uma espécie de guerra global assimétrica durante décadas a fio, basicamente centradas na distribuição mundial do petróleo, do gás natural e de algumas matérias primas essenciais.

É por tudo isto que o patamar ultrapassado pela dívida pública francesa —dois biliões de euros— é um sinal de alarme que devemos levar muito a sério. Lá como cá, temos que deixar de dar ouvidos às sereias disléxicas da partidocracia, e temos que partir para uma refundação racional do sistema de liberdades públicas e de democracia ajustado à nova era de contenção e criatividade potencial que se abre diante de todos nós. António Costa não é nenhum Sebastião 2.0, e se fosse, seria a nossa completa desgraça coletiva.



* Em português de Portugal um BILIÃO são 10E12, ou seja, um MILHÃO DE MILHÕES. No Brasil, que segue acriticamente o sistema americano nesta matéria, como noutras, usam o termo BILHÃO para 10E9, o nosso MILHAR DE MILHÃO. Portanto, é fácil: UM BILIÃO = 10E12, e UM BILHÃO=10E9. Seja como for, uma vez que em Portugal os nossos analfabetos políticos e jornalistas já aprenderam a dizer MIL MILHÕES, então, em coerência, e sobretudo por respeito pelo tipo de escala aritmética entre nós usada, terão que dizer BILIÃO quando querem enunciar um valor de 10E12, como é o caso da dívida francesa.


** Sobre isto ler The Great Wave, Price Revolution and the Rhythm of History, de D H Fischer (1996). Segundo Fischer a era inflacionária do século 20 transcorreu entre 1896 e 1996. No entanto, o ano 2008, doze anos depois de publicado este importante estudo, marca definitivamente o início de uma nova longa era de baixa inflação, quebra progressiva dos rendimentos do trabalho, desemprego estrutural e crescimento real da economia global entre 0 e 1%. Curiosamente, ao longo dos tempos, estes períodos longos são geralmente propícios à invenção. Não nos esqueçamos que boa parte das descobertas científicas que permitiram o desenvolvimento tecnológico do século 20 decorreram nos séculos 17, 18 e sobretudo 19.

quarta-feira, abril 30, 2014

Cleptocracias

José Eduardo dos Santos negoceia segurança (militar e financeira) e energia com a França - in Élysée

A diferença entre a cleptocracia angolana e a cleptocracia indígena (portuguesa) é que a primeira tem petróleo, a segunda não.

quarta-feira, abril 09, 2014

Que diz o PS? Nada, presumo...

Manuel Valls, novo PM francês

Menos Estado, mais economia e mais solidariedade. Simples, não é? Mas ouviram António José Seguro propor algo assim tão simples para Portugal? Eu não :(

França apresenta uma “verdadeira revolução” fiscal - Negócios, 09 Abril 2014, 14:17

“As linhas gerais do programa de reformas de Manuel Valls passam pelo corte de 30 mil milhões de euros em impostos sobre o trabalho e empresas até ao ano de 2016. Para a protecção das famílias mais carenciadas Valls anunciou a intenção de cortar 5 mil milhões de euros nos impostos aplicados a “famílias modestas”.

Outra das medidas, que passa pela necessidade de consolidação orçamental, prende-se com uma redução de 50 mil milhões de euros do orçamento do Estado até 2017. Esta redução far-se-á com cortes de 19 mil milhões de euros nos gastos da máquina do Estado, 10 mil milhões em despesas com a Saúde e 10 mil milhões nos gastos com os governos locais. Os restantes cortes não foram especificados.”

sexta-feira, junho 07, 2013

O que diz Seguro

Ensaios com porcos voadores no aeromoscas de Beja. Augusto rosé está a estudar uma solução definitiva que satisfaça o desejo chinês por porcos pretos vivos!

O crime ferroviário deste governo é mil vezes pior do que os prejuízos com swaps

O líder socialista defende que "Portugal deve pagar a sua dívida" mas que também "deve ter condições para o fazer".

Numa entrevista ao jornal "Público", António José Seguro diz recusar uma solução semelhante aos “haircuts” que foram aplicados na Grécia. “Em relação à dívida, a minha resposta é europeia: mutualização de parte da dívida. Isso traria dois efeitos: a nossa dívida baixava para os 60% e o nosso financiamento nos mercados era mais favorável, pagando menos juros.” — Jornal de Negócios, 7//2013.

Seguro quer pagar as dívidas. Ou seja, a proximidade do poder tem sempre o mesmo efeito: mais realismo e menos demagogia. Três consequências do que diz Seguro:
  1. como sempre escrevemos, a Frente Popular já era, porque não passa de uma quimera populista e oportunista de quem soube aproveitar-se da liberdade mas não soube construir uma democracia próspera, justa e transparente;
  2. o terreno para um governo PS-CDS/PP está adubado (1);
  3. a cleptocracia instalada (e mais este seu Governo) continuam a empurrar Portugal para a fossa grega, e não vemos nada no discurso do zero à esquerda do PS que permita vislumbrar uma descolagem do PS das máfias e tríades que continuam apostadas em destruir o país.
França e Espanha decidiram avançar rapidamente com a interoperabilidade ferroviária entre os dois países (vulgo: bitola europeia), criando, aliás, por esta via, trabalho e economia em países fustigados pela recessão, enquanto Portugal persiste no embuste da bitola ibérica e do fecho do aeroporto da Portela para rentabilizar crimes de especulação partidários (e da corja devorista) na margem sul. Acontece, porém, que Bruxelas, Espanha e França decidiram, neste particular, cortar sem demora o passo às máfias e tríades da tugalândia. As linhas ferroviárias de bitola ibérica serão descontinuadas junto às fronteiras espanholas com Portugal e com França até 2015!

Catroga já deve ter a solução na manga: exportar porcos vivos para a China, nos A350 que a TAP encomendou, usando o aeromoscas de Beja para o efeito (grande sucesso então do adiantado mental Mateus rosé, que estudou esta brilhante ideia) enquanto não rebentarem, como querem, com a Portela e não iniciarem a construção do novo aeroporto de Alcochete.

Onde está o DCIAP? Onde está a PGR? Não faltam aqui indícios de corrupção!

Onde está a imprensa portuguesa?!

É preciso denunciar esta corja e metê-la, de preferência, no mesmo hotel onde está o Isaltino dos Poetas!

Entretanto, aqui vai quase meia dúzia de links a provar que a Espanha decidiu não esperar pelo indigente Passos de Coelho:

Brevemente o sistema de bitolas instalado em Irun/Hendaya será descontinuado, nessa altura podemos aproveitar os valiosos equipamentos e instalá-los no "museu ferroviário" de Almeida/Vilar Formoso. Será uma atracção turística muito interessante que poderá acrescentar valor ao turismo incluindo o senior. Já os comboios lusitanos verão o seu hinterland reduzido a um máximo de 200Km. No entanto, com asas, talvez possam um dia voar. O Mateus rosé, se o desafiarem, faz já um estudo memorável sobre esta genial possibilidade tática de ultrapassar os espanhóis pelo ar!

NOTAS
  1. Se houvesse alguém inteligente no Bloco, apostaria numa aproximação ao PS por forma a negociar uma entrada no próximo governo — furando a coligação PS+CDS/PP já inscrita nos astros. Nem que fosse para sair seis meses, um ou dois anos depois!

quinta-feira, maio 24, 2012

Euros de quarentena

Não entre em pânico, mas o pânico já começou!

Para aceder ao gráfico explicado em áudio vá até ao Financial Times

Está na altura de tomar algumas medidas imediatas de precaução:
  • não ter mais de 50 mil euros em depósitos bancários, pois não acredito na garantia dos 100 mil euros prometida pelo governo se o pior acontecer —basta acompanhar o mais recente debate de surdos sobre a conveniência ou não de implementar uma garantia de depósitos única na zona euro, sobre o qual a Cimeira informal de ontem disse nim :(
  • manter uma despensa com provisões de produtos alimentares não imediatamente perecíveis para um/dois meses;
  • guardar num baú uma boa porção de euros: 1.000, 2.000, 5.000, 10.000, ... ;
  • mudar imediatamente todos débitos em conta para sistemas de cobranças convencionais: pagamentos de faturas contra recibo, nomeadamente via multibanco;
  • falar da crise e dos problemas pessoais e familiares com a família mais próxima e com os amigos;
  • não anunciar aos quatros ventos as medidas tomadas.
Atenção às dificuldades crescentes que o seu banco colocará aos levantamentos em numerário. O melhor mesmo é usar diariamente o Multibanco para este efeito: retirando o máximo autorizado.

Isto não é uma previsão, nem um conselho, mas apenas um aviso de que as coisas podem correr mal.

A decisão de enviar este sinal de alarme tem que ver com a deterioração rápida da economia mundial, nomeadamente na Europa, nos Estados Unidos e na... China, revelada nomeadamente pelo comportamento recente dos grandes investidores e especuladores.

Principais sinais de preocupação:
  1. Os bancos estão a colocar o dinheiro que obtêm emprestado do BCE em troca de títulos de dívida soberana à guarda do próprio BCE, perdendo até algum dinheiro nestas operações —de onde a conversa fiada sobre o crescimento não passar de mais uma burla mediática, pois aquilo a que assistimos neste momento é à destruição fiscal do país, que o manga de alpaca partidária António José Seguro obviamente não vê, nem quer entender;
  2. Os aforradores, investidores e especuladores estão a desfazer-se rapidamente dos Certificados de Aforro (mal por mal, o único papel que ainda vale alguma coisa é o euro!);
  3. Os grandes investidores e especuladores internacionais estão a reorientar enormes fluxos de liquidez para os títulos dos tesouros americano e alemão, ao mesmo tempo que se desfazem dos últimos títulos bolsistas das empresas e bancos a caminho da insolvência;
  4. O fracasso estrondoso do lançamento em bolsa do Facebook revela o pânico que grassa nos mercados especulativos;
  5. O endividamento público dos Estados Unidos (103% do PIB...) e o endividamento público de vários países europeus (Grécia, Portugal, Espanha, França, ...), bem como a situação financeira do Reino Unido desenham um panorama cada vez mais crítico, de onde mais cedo ou mais tarde surgirá uma crise inflacionista de grandes proporções;
  6. É muito improvável que a Alemanha aceite a criação de euro-obrigações sem obter em contrapartida um salto qualitativo na Eurolândia, isto é, sem a imediata federação financeira, fiscal e estratégica (infraestruturas, tecnologia, investigação e desenvolvimento) da União — o que só acontecerá quando países como a Espanha, Itália e... França estiverem descaradamente a caminho da situação em que hoje está a Grécia;
  7. Que resposta dará Hollande depois de ser informado pelos alemães da real situação de pré-insolvência de vários estados europeus?
  8. As medidas paliativas na Europa (e em Portugal) estão a chegar ao limite, sobretudo agora que a China anunciou que não continuará a alimentar este interminável festim de irresponsabilidade e cobardia política;
  9. Ou se dá um novo golpe de rins federal na União, ou seremos todos apanhado pelo inevitável colapso da economia grega este verão, semanas ou poucos meses depois das eleições de 17 de junho;
  10. Como tenho escrito repetidamente, a Alemanha tudo fará para manter o euro, que já é sem sombra de dúvida uma moeda de reserva mundial alternativa ao declínio inexorável do dólar;
  11. Até agora tivemos o euro-marco, que deu mau resultado. A crise sistémica em curso poderá assim forçar a Alemanha a optar por um euro menos forte (à volta dos $1.20) ou in extremis pelo estabelecimento de zonas de quarentena monetária dentro da zona euro, no interior das quais o euro circularia a par de moedas nacionais/regionais temporárias (euro-dracma, euro-escudo, euro-peseta, euro-lira, ...) A paridade entre o euro legítimo e os euros de quarentena estaria sujeita a uma banda de oscilação negocial estabelecida entre o BCE e os bancos centrais dos países em dificuldade ou de cabeça dura (a conversão automática dos depósitos e dívidas em moedas de quarentena seria uma consequência lógica deste passo —daí a minha recomendação para desviar o euro legítimo para o baú, enquanto é tempo!);
  12. Há sempre a possibilidade do regresso da Alemanha ao marco tout court, mas aí o par dólar-libra teria ganho mais uma guerra fratricida em curso entre anglicanos e protestantes —os financeiros judeus apostam, como sempre, nos dois :(
Sem nova revolução democrática este gráfico não será tão cedo invertido :(
 
Ao contrário da situação que agora temos e se vem deteriorando de forma acelerada e dramática (ver a queda expectável das receitas fiscais hoje divulgada pela DGO), em que a manutenção do euro-marco, como moeda forte cada vez mais inacessível nestes países falidos, improdutivos, indisciplinados, populistas e corruptos, apenas poderá potenciar a sua destruição, como tem ficado patente no caso grego, já com a criação de regiões de quarentena alguns países UE poderiam voltar a ter temporariamente moedas próprias, embora indexadas ao euro legítimo, ganhando desta forma uma nova possibilidade temporal de reformar as suas economias, as suas instituições, os seus sistemas de poder e os seus degenerados pactos sociais — destruindo de uma vez por todas as nomenclaturas parasitárias que deixaram de ter qualquer função nesses países e só contribuem para a inviabilidade sistémica dos mesmos.

O ciclo colonial europeu chegou ao fim, 600 anos depois da conquista de Ceuta (1415)


POST SCRIPTUM

We will start with an appetizer of Liquidity Tenders and Securities Market Program Bond Purchases, move on to a plate of Emergency Liquidity Assistance, sample a pre-entre of Pro-Growth measures and ECB Covered Bond purchases, dive into an entre of Fed Swap Lines, medium rare, with a side of Emergency Liquidity Assistance, and finally unwind with a desert plate of Firewalls. To close we will dream of tomorrow' menu which some say may feature the mythical Eurobonds and even the, gasp, legendary Europan Bank Deposit Guarantee...
Please charge it all to the taxpayer, of course — in ZeroHedge.




Uma eventual saída da Grécia do euro não será anunciada previamente! E se vier a ocorrer seria praticamente impossível evitar um contágio imediato a Portugal, Itália e Espanha, com inevitáveis corridas aos bancos nestes três países. O colapso da moeda única tornar-se-ia então iminente.

Portanto, se a Grécia acabar por ficar sem a moeda única, o mais provável é que sejam introduzidos controlos financeiros instantâneos e simultâneos em todos os PIIGS no preciso momento em que for anunciado o divórcio financeiro. Resta pois a esperança de que a Grécia do Syriza e de Alexis Tsipras acabe por empurrar a Eurolândia para um salto quântico em matéria de união financeira, fiscal e orçamental, com a Grécia a exigir uma maior e mais rápida harmonização institucional em toda a União e uma mais equilibrada e transparente repartição dos sacrifícios, apoiada por uma Alemanha que então exigirá em troca (nomeadamente de garantias de depósitos à escala europeia, das euro-obrigações e da transformação do BCE num verdadeiro banco central europeu) o reforço imediato dos instrumentos federais de gestão fiscal e orçamental da zona euro, aumentando os poderes do parlamento europeu, da comissão, do BCE e das cimeiras de chefes de estado e de governo da Eurolândia, e clarificando mais nitidamente as zonas de ação de cada uma destas instâncias de poder da UE.


Última actualização: 24 mai 2012 23:12 GMT

segunda-feira, janeiro 03, 2011

O assalto às reformas

É preciso travar os piratas de Estado!

E se quando aqui chegarmos os políticos nos roubarem as poupanças?
European nations begin seizing private pensions
The Adam Smith Institute Blog
The Christian Science Monitor

By Jan Iwanik, Guest blogger / January 2, 2011

People’s retirement savings are a convenient source of revenue for governments that don’t want to reduce spending or make privatizations. As most pension schemes in Europe are organised by the state, European ministers of finance have a facilitated access to the savings accumulated there, and it is only logical that they try to get a hold of this money for their own ends. In recent weeks I have noted five such attempts: Three situations concern private personal savings; two others refer to national funds.

Governos da Hungria, Bulgária, Polónia, Irlanda e França (!!) iniciaram um assalto sem precendentes às pensões de reformas dos seus países, entre outras coisas, para pagar dívidas de curto prazo dos respectivos dos governos e das suas imensas burocracias, salvar bancos falidos, nomeadamente públicos, e financiar os buracos dos próprios fundos de pensões e reformas, muitas destes em graves dificuldades, por terem andado a especular com juros, câmbios e derivativos financeiros, sem qualquer supervisão. É o descalabro anunciado.

Em Portugal os ensaios também já começaram: no tempo de Manuela Ferreira Leite, o fundo de pensões dos CTT emigrou para fossa comum do Estado, na era Sócrates, até ver, o fundo de pensões da empresa privada foi empandeirado para a fossa comum do Estado, e na Caixa Geral de Depósitos, o respectivo fundo de pensões comprou a própria sede da Caixa!

Que vão fazer os nossos burocratas parlamentares a este propósito? Tratar da vidinha deles, como sempre, enquanto as novas leis não chegam, ou tencionam discutir publicamente a destruição em curso do contrato social? Que diz o douto Louçã sobre isto? Que vai fazer ao seu PPR?

Que tal sugerir à funcionária do Prós e Contras um debate público urgente sobre esta matéria?

sexta-feira, abril 11, 2008

Carla Bruni



Michel Comte, "Carla Bruni", 1993. Esta fotografia da actual primeira dama
francesa foi vendida ontem, 10 de Abril, num leilão da Christie's em Nova Iorque por
91 mil dólares.


A rainha da França vai nua, e o reizinho também!

Olhando para imagem artística da modelo Carla Bruni não podemos deixar de pensar na magreza que actualmente aflige a economia francesa. Apesar do carácter histriónico do garnisé Sarkozy e das suas desconstrutivistas iniciativas estratégicas, que têm vindo a pôr os cabelos em pé dos principais tanques cognitivos franceses (ler nomeadamente o Laboratoire Européen d'Anticipation Politique LEAP/Europe 2020), a verdade é que a importância efectiva da França está a ser literalmente devorada pela sua dívida pública, e por conseguinte, a recente e catastrófica aproximação da França aos crápulas da Casa Branca e ao poodle inglês que dá pelo nome de Tony Blair, nada mais fazem do que levar-nos a esperar o pior. E o pior, segundo Franck Biancheri (colega de Pierre Gonod), cujo grupo de análise prospectiva, Global Europe Anticipation Bulletin, previu em Fevereiro de 2006 o colapso sistémico do Capitalismo, de facto em curso desde que rebentou a bolha do Subprime imobiliário, é a grave crise social que se aproxima e atingirá muito provavelmente o regime gaulês durante a próxima presidência europeia, entre Junho e o fim deste ano.

Nunca a V República francesa viu um seu presidente cair nas sondagens tão cedo e tão fundo como vem sucedendo com o mediático Sarkozy, sempre apimentado pelo fulgurante íman erótico que arrasta pela mão: a ex-modelo italiana Carla Bruni. O cocktail é explosivo. Por um lado, o garnisé meio-francês que comanda os destinos da França, anda perdido de amores pelos sionistas de Israel, pelos falcões de Washington e pelos cadáveres da monarquia inglesa, ameaçando de caminho o Irão e a China -- imagine-se! Depois, para disfarçar os grandes fiascos da banca francesa e a chaga do endividamento, nomeadamente da sua pesada e ineficiente burocracia, deixa-se cair na alcova da imprensa cor-de-rosa, procurando assim distrair-nos, e sobretudo distrair os franceses, das suas pesadas responsabilidades nacionais, europeias e internacionais.

A crise que incendiará de novo as principais cidades francesas será sobretudo uma crise do bloqueamento institucional do país, isto é, uma crise de regime, que no caso português deriva principalmente do bloqueamento do nosso sistema partidário, e em França decorre da impossibilidade de apear um presidente recém eleito, mas que perdeu, não apenas a confiança dos seus eleitores, não apenas o respeito institucional que os franceses naturalmente depositam num presidente democraticamente escolhido, mas sobretudo das forças político-partidárias que o colocaram onde está. Estas últimas, de facto, enganaram-se, e não sabem o que fazer! Daí o perigo iminente que espreita o futuro imediato de um dos pilares fundamentais da União Europeia. A imagem de Carla Bruni agora leiloada foi produzida na década de 90, num período em que a anorexia se tornara uma moda humilhante das sociedades afluentes. Trazê-la de novo à ribalta mediática, não pode deixar de ser interpretado como um verdadeiro exercício de humor negro!

Carla Bruni (página pessoal)


OAM 343 11-04-2008, 13:30