sábado, julho 26, 2014

Nós podemos

Mendo Castro Henriques, um dos fundadores do Nós, cidadãos

“Nós, cidadãos” - novo partido político chega em setembro, mas precisa da sua assinatura :)


Parecem coisa pouca estas novas ou renovadas formações partidárias —Nós, Livre, MPT, etc.—, mas se o regime continuar a tombar em dominó como tem vindo a acontecer, se a prisão de Ricardo Espírito Santo e o colapso do BES expuserem como têm a obrigação de expor o vale de corrupção que engoliu o país, se o PS se partir ao meio por causa disto e das tropelias desesperadas das tropas socratinas que entopem a mérdia indigente que temos, por causa dos empedernidos soaristas e por causa dos aventais velhos, se o Bloco desaparecer de vez, e o partido de Paulo Portas for na enxurrada do BES, então estes iniciáticos projetos partidários poderão crescer num ápice. Até às próximas eleições legislativas!

Basta pensar nos casos grego, italiano e espanhol...

E nós, que há muito defendemos uma refundação do regime, dizemos que o momento da metamorfose chegou. Dizemos que é preciso atingir tão rapidamente quanto possível cinco inadiáveis objetivos:
  1. um sistema partidário renovado e o fim da partidocracia,
  2. uma profunda revisão constitucional,
  3. um estado eficiente mas reduzido às suas funções essenciais, deixando de canibalizar, pela via burocrática, fiscal e partidária, as empresas e os cidadãos,
  4. o fim da burguesia rendeira e dos monopólios e cartéis, e  ainda
  5. a renovação dos nossos votos pela democracia e pela liberdade individual e coletiva.

Público, 24/7/2014:

“Nós, cidadãos”, a plataforma política que em 15 de Setembro próximo entrega no Tribunal Constitucional (TC) a documentação necessária para se transformar em partido, tem previsto realizar o seu congresso constitutivo em Dezembro.

Mendo Castro Henriques, coordenador nacional daquela formação, adiantou ao PÚBLICO que, até ao momento, em 80 cidades e localidades, já foram recolhidas cerca de quatro mil assinaturas.

“Dar a voz à cidadania é o nosso lema e este é o momento da cidadania chegar à área política”, indicou Castro Henriques, um dos promotores da homenagem a Ramalho Eanes em 25 de Novembro do ano passado. “O general Eanes é, para nós, uma referência moral”, precisou, afirmando que o antigo Presidente da República não está envolvido na plataforma.

 “A cultura política dos portugueses é a social-democracia, mas estamos no século XXI e tem de ser actualizada pela cidadania”, continuou. “Era uma cultura política em que o Estado se encarregava, a partir de agora deve ser uma social-democracia que tem de ser tomada em mãos pela cidadania”, destacou.

[...]

Desde que, há seis meses, deram a conhecer a intenção de avançar para um novo partido, os seus promotores garantem “ter feito um conjunto de estudos que fazem a diferença”. Será, afirma Mendo Castro Henriques, “um conjunto de programas, medidas e ideias.” Entre as quais destaca a criminalização da gestão danosa dos titulares de cargos públicos por considerarem que a actual legislação é insuficiente.

Do mesmo modo, pretendem uma política de resgate da dívida das famílias e das empresas pela introdução da banca social. Quanto ao financiamento da segurança social, querem seguir o exemplo brasileiro. “Substituir progressivamente as contribuições sobre o trabalho pela taxação sobre a facturação das empresas”, explicou o actual coordenador nacional.

“Queremos combater o abate do interior do país que está em curso pelo actual Governo, com uma concentração de escala dos municípios, através de um duplo movimento de mais descentralização de competências e mais concentração de meios”, anunciou. No pacote que preparam para o sector da Justiça, a medida que reputam como mais inovadora passa pela obrigatoriedade de, anualmente, o poder judicial prestar contas à Assembleia da República.

No âmbito da reforma do sistema político, “Nós, cidadãos” propõe a diminuição de deputados para 180, círculos uninominais e um regime de incompatibilidades “que separe a actividade política do mundo dos negócios.”

A estrutura da nova formação promete ser original. Haverá um directório com um número ímpar de membros, com rotatividade, semestral ou anual, na presidência.

Nós, cidadãos - no Facebook

quinta-feira, julho 24, 2014

Bem vindo Senhor Xi

Xi Jinping, presidente da RPP

O Império do Meio visita a Ilha Terceira. Seja bem-vindo, 501 anos depois de termos chegado até ao vosso povo e até às vossas terras, na bela ilha de Ling Ting, e de termos sido acolhidos como hóspedes durante 442 anos — batizados com o sugestivo nome chinês Kuai lou, isto é, diabo-homem ;) Chegais um ano antes dos 600 anos da nossa chegada a Ceuta, onde uma grande história de aventuras teve início. Os mais novos desconhecem, mas talvez seja tempo de aprenderem.

O presidente da China, Xi Jinping, chegou hoje à ilha Terceira, onde permanecerá durante cerca de oito horas e se encontrará com o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas.

O avião com a comitiva chinesa, num total de 116 pessoas, aterrou na Base das Lajes uns minutos antes da 07:00 (08:00 em Lisboa), vindo do Chile, para uma escala que deverá terminar por volta das 15:00 locais.

Presidente chinês na Terceira para visita de 8 horas
Lusa/DN

quarta-feira, julho 23, 2014

BES afunda, também, o Banco de Portugal

Uma instituição secular em fim de vida

Colapso do BES evidencia conivência do Banco de Portugal no desastre


Foi preciso as autoridades judiciais do Luxemburgo terem anunciado publicamente uma investigação ao grupo BES para que o senhor Carlos Costa (ex-BCP) acordasse. Não acham estranho? Ninguém investiga? Onde está a reclamação do Tozé?!

A este propósito, vale a pena ler na íntegra o post de João Rendeiro publicado sobre o desastre que tem sido a sinecura partidocrata que o Banco (público) de Portugal tem sido desde que foi tomado de assalto pela aliança espúria entre banqueiros, banksters e a corja partidocrata corrupta que afundou este já irremediável regime.

O que escreve Rendeiro:
Como é possível que ainda no último trimestre de 2013 o BES tivesse uma exposição total ao papel comercial do GES de cerca de € 6 mil milhões com o beneplácito do BdP?

Como é possível que estando a ESI insolvente desde 2008 só em 2014 o BdP descobre a questão? Note-se que até há pouco tempo a supervisão do Banco de Portugal e os testes de stress eram feitos na ESFG, sociedade cotada em Bolsa, a qual tem uma subsidiária – a ESFIL – canalizadora dos recursos da área financeira para a área não -financeira do GES. A ESFIL foi supervisionada até há pouco tempo pelo Banco de Portugal, como pode agora argumentar-se que a supervisão nada sabia?

Como é possível que todas estas sociedades insolventes tenham continuado a operar e transacionar em Bolsa, enganando milhares de investidores que pensavam estar protegidos por reguladores e auditores?

E o que dizer da inacreditável situação no BESA?

Como é possível que o Banco de Portugal tenha conduzido Ricardo Salgado a fazer o último aumento de capital do BES sabendo dos problemas no GES e enganando objetivamente os investidores?

[...]

Em termos de supervisão macro-prudencial qualquer pessoa de Bom senso (raro de encontrar em economistas) só poderia dar ao Bdp com Vítor Constâncio à cabeça, uma nota muito negativa.

E perante quadro tão negativo que sanções tiveram Vítor Constâncio e seus pares?

Que vexames tiveram na Praça Pública?

A que escrutínio Parlamentar foram sujeitos?

Que jornalistas fomentaram a análise destas temáticas?

Que processos judiciais tiveram?

Constâncio, como se sabe, fruto do seu admirável trabalho de arruinar Portugal foi promovido a lugar cimeiro no BCE. Foi substituído por Carlos Costa.

Em termos curriculares e de perfil pessoal uma casa de rating dificilmente daria mais do que BB – a Carlos Costa e tenho para mim que Carlos Costa chumbaria num curso de Macro ministrado por Constâncio. Mas Costa é amigo de Teixeira dos Santos e isso chegou como referência.

Felizmente, grande parte das matérias referentes à estabilidade financeira trasladarão no final deste ano para o BCE e o Governador do BdP passará a irrelevante nesta matéria.

João Rendeiro
A Supervisão do Banco de Portugal 
18-07-2014

João Rendeiro, o banqueiro especulativo do BPP, e conhecido amante das artes, é certeiro e a sua denúncia, se fosse em Nova Iorque, ou no Luxemburgo, já teria levado as câmaras de representantes do povo e as autoridades judiciais a investigarem forte e feio o dito Banco de Portugal.

No entanto, os argumentos de quem se lambusou no bacanal da diarreira monetarista valem o que valem...  e a questão é, no fundo, mais ampla e estrutural do que a espuma do Champagne e o fumo dos charutos podem fazer crer.

A monetização das dívidas e a expansão dos orçamentos públicos e das dívidas em geral, nos EUA e na Europa, que datam de meados das décadas de 1970 e de 1980, traduzem a tentativa de contrariar uma tendência inelutável:

  • o fim de um modelo de crescimento rápido, apoiado em energias abundantes, móveis e baratas,
  • o equilíbrio parcial, mas decisivo para a crise geo-estratégica em curso, da distribuição da riqueza global, 
  • a incapacidade da oferta agregada mundial satisfazer em condições de quantidade, qualidade e preço a procura agregada mundial, 
  • em suma, o fim de uma era inflacionária (como lhe chamou David Hackett Fisher), cujo começo se situa por volta do Jubileu da Rainha Victoria: 1897.

A revelação dada ontem pelo WSJ, e descodificada pelo Zero Hedge, diz-nos que o Deutsche Bank tem qualquer coisa como 55 biliões de euros de exposição aos derivados financeiros OTC, i.e. especulativos. Estes 55x10E12 euros, embora sendo um valor 'nocional', equivalem a mais de 4x o PIB da UE, e superam mesmo o PIB mundial. É caso para dizer: o buraco deles é muito maior do que o nosso. Ou dito doutra forma: precisamos de por os dados em contexto analítico. Mas o grande problema é que o contexto é mesmo catastrófico. A transição que já começou, mas está longe de terminar, vai continuar a ser explosiva e implosiva ao mesmo tempo!



NY Fed Slams Deutsche Bank (And Its €55 Trillion In Derivatives): Accuses It Of "Significant Operational Risk"

First it was French BNP that was punished with a $9 billion legal fee after France refused to cancel the Mistral warship shipment to Russia (which promptly led to French National Bank head Christian Noyer to warn that the days of the USD as a reserve currency are numbered), and now moments ago, none other than the 150x-levered NY Fed tapped Angela Merkel on the shoulder with a polite reminder to vote "Yes" on the next, "Level-3" round of Russia sanctions when it revealed, via the WSJ, that "Deutsche Bank's giant U.S. operations suffer from a litany of serious problems, including shoddy financial reporting, inadequate auditing and oversight and weak technology systems."

What could possibly go wrong? Well... this. Recall that as we have shown for two years in a row, Deutsche has a total derivative exposure that amounts to €55 trillion or just about $75 trillion. That's a trillion with a T, and is about 100 times greater than the €522 billion in deposits the bank has. It is also 5x greater than the GDP of Europe and more or less the same as the GDP of... the world.

Zero Hedge | Submitted by Tyler Durden on 07/22/2014 20:41 -0400

terça-feira, julho 22, 2014

ANA—Pink Flamingo Terminal


Lisbon Airport - Pink Flamingo Terminal


Voos comerciais aterram no Montijo em 2017

Expresso, 8:27 Sábado, 19 de julho de 2014

A Ana - Aeroportos de Portugal está a trabalhar no projeto da utilização da Base Aérea do Montijo como complemento à atividade do aeroporto da Portela. O Expresso sabe que há interesse em ter a pista do Montijo operacional para voos comerciais em 2017.

A ANA tem mantido conversas com a TAP sobre o Montijo e o Expresso sabe que o presidente da companhia, Fernando Pinto, vêm com bons olhos a utilização do Montijo para desenvolver a atividade das companhias de baixo custo.

Sobre a privatização da TAP, o ministro da Economia, Pires de Lima, defende a venda parcial da empresa, mas considera que esta operação não deve ser feita a poucos meses das eleições. E diz que, para já, não estão reunidas as condições para a privatização avançar.

O Lobby da Ota e o velho eixo Norte-Sul
O António Maria, sábado, julho 02, 2005
Em O Grande Estuário [01-05-2005], projecto dinâmico e aberto de reflexão pública sobre Lisboa, a Grande Área Metropolitana de Lisboa e a Região de Lisboa e Vale do Tejo, continuamos a pensar que será possível manter o aeroporto da Portela, com duas extensões próximas (Montijo e Tires).

Pink Flamingos Airport (Lisboa-Montijo)
O António Maria, quarta-feira, Outubro 12, 2011

Portela+Montijo tem asas para voar!

Os aviões civis podem aterrar hoje mesmo no Montijo, sem qualquer problema, nem quaisquer custos acrescidos. No entanto, uma metamorfose mais elaborada do aeródromo militar do Montijo e a sua transformação no aeroporto Low Cost de Lisboa seria da máxima conveniência, até para almofadar as vibrações negativas decorrentes da improvável privatização da TAP, ou, como é opinião minha e de muita gente, de um spin-off da empresa, que a mantenha nas mãos do Estado, mas sob um regime de administração mais inteligente, eticamente irrepreensível e espartano!

Manobras desesperadas do lóbi cavaquista do embuste imobiliário da Ota em Alcochete montaram uma verdadeira barragem de tiro ao Álvaro (como alguém escrevia com graça) em volta deste tema e de outros que muito incomodam a nomenclatura que nos conduziu à bancarrota. Não nos esqueçamos, porém, que um tal Fantasia, da SLN/BPN, vizinho da rainha de Belém na urbanização da Coelha, adquiriu 250 milhões de euros de terrenos à volta do prometido NAL de Alcochete, quinze dias antes de Sócrates anunciar o abandono do NAL na Ota!

Basta pesquisar a palavra Montijo neste blogue para constatar que desde 2005 a extensão do aeroporto internacional de Lisboa, da Portela para o Montijo (que tem um perímetro e uma área bem maiores do que os da Portela) tem sido a solução por nós proposta.

Desde então a corja cor-de-rosa, a corja de avental branco e a corja da Urbanização da Coelha, a soldo da Dona Branca Espírito Santos e Piramidal de Lisboa, delapidaram centenas de milhões de euros dos contribuintes em estudos e mais estudos realizados por adiantados mentais sempre às ordens, especialistas e instituições indigentes, sobre a excelência de um aeroporto debaixo de água na Ota, depois sobre absoluta necessidade de entregar os terrenos da Portela ao senhor Ho, com quem o PS do famoso cardeal Pina Moura fez negócios ainda hoje por esclarecer e consequentemente construir uma cidade aeroportuária em Rio Frio-Canha-Alcochete, unida a Lisboa pela famosa TTT Chelas-Barreiro, beatificamente incensada pelo sargento-ajudante do Pinóquio, o culto António Costa, mas que deixou de ser interessante assim que a Mota-Engil perdeu o concurso ganho pelos espanhois. Foi preciso Portugal entrar em completa bancarrota, e as nossas finanças passarem para a alçada do BCE-FMI, e a ANA ser entregue aos árabes da francesa Vinci, para que uma ideia simples, óbvia, aqui proposta em 2005, fosse finalmente adotada. Convém sublinhar que não cobrámos um cêntimo pelas dezenas largas de artigos dedicados a este tema. Mas gostaríamos que os piratas fossem investigados, julgados e punidos.

O colapso da banca rendeira do país, aqui anunciado há muito —Banif, BPN, BPP, BCP, BES e Caixa Geral de Depósitos, veio finalmente acabar com o saque sem limites a que se dedicou a cleptocracia indígena durante décadas, em plena comunhão de interesses com o corrupto sistema partidário que deixámos medrar sob os auspícios de instituições extrativas e burocracias indigentes de todo o género, passado e feitio. Os bancos que ainda não cairam estão em unidades de suporte de vida pagos pela dívida pública, e portanto pela austeridade que tanto criticamos, sem perguntarmos de onde vem.

O efeito dominó está em curso. Resta esperar pelas próximas vítimas. A primeira delas, depois do BES e da Portugal Telecom, poderá ser a TAP e os transportes públicos em geral. Mas a EDP, com os seus 17,4 MIL MILHÕES DE EUROS DE DÍVIDA ACUMULADA, parte dela encalhada nos Estados Unidos, é uma vítima anunciada que um dia terá que renunciar ao embuste do chamado Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroelétrico (cujo sítio oficial se encontra inacessível...) acordado entre 2005 e 2007 com o Pinóquio Sócrates, nomeadamente para 'ajudar' o falido governo de então com umas largas centenas de milhões de euros de adiantamentos por rendas futuras.




A TAP sem o BES é como um avião atingido numa asa

Teme-se pelo pior. Como sempre sugerimos, o único caminho disponível passa por desmembrar a companhia e reestruturá-la (spin-off), criar um segmento Low Cost dedicado ao médio curso (Europa-Norte de África), e um segmento de longo curso, porque não também Low Cost, agora que o boom brasileiro acabou, e em breve ocorrerá o mesmo a Angola, China e África do Sul? Depois disto, então, a privatização da TAP poderá, enfim, encontrar o seu caminho. Claro que para quem usou e usa a TAP como uma mala diplomática inconfessável, e/ou como um correio de dinheiro sujo, esta privatização será sempre condenável, em nome do interesse nacional, claro!


POST SCRIPTUM

Publicamos a esta propósito um email recebido esta manhã.

No fim da passada semana, em vários jornais sobre esta polémica do NAL, Sérgio Monteiro veio defender a solução da Portela + 1, sendo o "+1" uma base aérea militar, depreendendo-se tratar-se do Montijo.

A questão dos "PRIVADOS" do NAL leva-nos ao BES.... e à TAP.

Ultimamente a TAP tem sido alvo de notícias sobre o cancelamento dos seus voos, e a opção dos clientes pelas Low Cost. Pelos vistos não tem sido opção da TAP encaminhar os passageiros dos voos cancelados para as Low Cost, mas sim deixar os clientes "reféns" da própria TAP, nos hotéis. Foi assim em Milão e quem quiser alinhar pelos critérios TAP vai ter que ficar em Milão até amanhã. É claro que os clientes, vendo nos placards voos com destino a Portugal de uma easyJet ou Ryanair, não aceitam as desculpas gaúchas de que a culpa é do "tremennnnndo cresssscimento da TAP".

Curiosamente, ainda há uns anos, a TAP sonhava todos os dias com a Ota na Ota, ou com a Ota em Alcochete, ao mesmo tempo que o sapo do BES (já falido) defendia um NAL (em Alcochete) para ali aterrarem os A380. Este fim de semana, e apenas por causa de uma avaria, aterraram 2 B747 da BAirways. Um avariado e outro para transportar os passageiros que tiveram que deixar a aeronave avariada. Como nos próximos tempos a Portela vai ser, basicamente, um aeroporto regional, não estou a ver nenhum A380 a aterrar onde quer que seja em Portugal.

Salvo melhor percepção, os problemas da TAP são de capital, o que se reflecte na libertação de "novos" aviões. Não há caroço, logo nada de aviões, e como a TAP anda desesperada a tentar fazer dinheiro, vende lugares que não existem. Uma das fontes de financiamento da TAP secou, ou seja o BES, que durante este tempo todo tem apoiado o Gaúcho desde que o Gaúcho "defenda" os interesses da TAP, ..., foi assim com a compra da Portugália, foi assim com a assessoria técnica para a venda da TAP.

No mínimo, a TAP deveria fazer como a Malasia Airlines, que resolveu devolver integralmente o dinheiro aos clientes caso estes não pretendam viajar com a companhia malaia. A TAP, como não tem dinheiro para devolver aos clientes apeados que prefiram optar por outro voo, oferece-lhes como única alternativa estadias forçadas em hotéis.

No médio curso, a TAP transfigurou-se numa empresa que passou a vender estadias de hotel em vez de viagens de avião. Quando um dia pensar em ir novamente a Milão, nada melhor do que ir a um balcão da TAP e comprar uma estadia. A TAP gaúcha está, na verdade, a piorar a sua imagem a cada dia que passa.
Aquando da compra dos 12 A350 da TAP, esta tinha ainda na sua carteira de encomendas seis (!) A320. O que se passou foi que a TAP, sem"caroço", teve que abdicar da compra dos A320 e "vender" a sua posição nos A350, tentando ganhar tempo para ganhar dinheiro.

Mas sem o BES a TAP é uma companhia cada vez mais exposta e vítima da sua equipa de gestão. Onde está Luis Mor(mente) que em Setembro de 2008 anunciava "n+1" novas rotas de Lisboa e Porto, tentando esgotar os slots da Portela e Porto? O buraco foi o que foi e tiveram que bater em retirada.

As Low Cost, easyJet e Ryanair, entre outras, apesar de estratégias não coincidentes, estão claramente a conquistar o chamado segmento "corporate". No Porto, com a nova base da easyJet, é exactamente isso que está a acontecer, tudo debaixo do nariz do Gaúcho e da ParPública. Só não vê quem não quer. Disse Parpública? O que é? Quem são? O que fazem?

Entretanto, todos calados... ¡"No passa nada"!

MH17: mais uma provocação americana?

Informação russa sobre provável autor do ato de terrorismo contra o avião malaio

Infoguerra domina derrube criminoso do avião civil malaio


Parece que os Boeing da Malasia Airlines têm uma certa tendência para se desviarem das suas rotas e depois desaparecerem ou serem abatidos em pleno voo... em situações sempre muito propícias ao desencadear de guerras de grandes proporções. Chineses e russos têm resistido às provocações. Criaram recentemente o seu FMI e o seu Banco Mundial, com o Brasil, a Índia e a África do Sul. Os falcões americanos falidos espumam... Os nazi-sionistas de Israel bombardeiam hospitais em Gaza perante o silêncio cúmplice do Prémio Nobel da Guerra e o apoio canino de alguns historiadores da Tugalândia, desmiolados e sem um pingo de ética. Só não vê quem não quiser ver...

Comunicação Twitter original, em espanhol, dum controlador de tráfego aéreo operando em Kiev, sobre quem abateu o avião malaio

CHRONOLOGY OF @spainbuca’s TWITTER FEED

10:21 – 17 de jul. de 2014 Autoridades de kiev, intentan hacer que pueda parecer un ataque de los pro-rusos

10:24 – 17 de jul. de 2014 Ojo! Que puede ser un derribo B777 Malaysia Airlines en ukraine, 280 pasajeros

10:25 – 17 de jul. de 2014 Cuidado! Kiev tiene lo que buscaba

10:25 – 17 de jul. de 2014 Vuelven a tomar la torre de control en Kiev

10:27 – 17 de jul. de 2014 El avión B777 de Malaysia Airlines desapareció del radar, no hubo comunicación de ninguna anomalia, confirmado

10:30 – 17 de jul. de 2014 Avión derribado, derribados, derribado no accidente

10:31 – 17 de jul. de 2014 Kiev, tiene lo que buscaba, lo dije en los primeros tw, kiev es responsable @ActualidadRT

10:35 – 17 de jul. de 2014 Un accidente muy normal no es, no están amenazando en la misma torre del aeropuerto de kiev,

10:35 – 17 de jul. de 2014 Nos van a quitar, nuestros tlf y demás de un momento a otro

10:38 – 17 de jul. de 2014 Antes de que me quiten el tlf o me rompan la cabeza, derribado por Kiev

11:12 – 17 de jul. de 2014 Nosotros tenemos la confirmación. Avión derribado, la autoridad de kiev, ya tiene la información, derribado, estamos tranquilos ahora

11:13 – 17 de jul. de 2014 Que hace personal extranjero con autoridades de kiev en la torre? Recopilando toda la información

11:15 – 17 de jul. de 2014 Cuando sea posible sigo escribiendo

11:48 – 17 de jul. de 2014 El avión B 777 voló escoltado por 2 cazas de ukraine hasta minutos antes, de desaparecer de los radares,

11:54 – 17 de jul. de 2014 Sí las autoridades de kiev, quieren decir la verdad, esta recogido 2 cazas volaron muy cerca minutos antes , no lo derribo un caza

12:00 – 17 de jul. de 2014 Nada más desaparecer el avión B 777 de Malaysia Airlines la autoridad militar de kiev nos informo del derribo, como lo sabían?

12:00 – 17 de jul. de 2014 A los 7:00 minutos se notificó el derribo, más tarde se tomó la torre nuestra con personal extranjero q siguen aquí

12:01 – 17 de jul. de 2014 En los radares esta todo recogido, para los incrédulos, derribado por kiev, aquí lo sabemos y control aéreo militar también

13:15 – 17 de jul. de 2014 Aquí los mandos militares manejan y admiten que militares a otras órdenes, pudieron ser, pero no, los pro-rusos

13:29 – 17 de jul. de 2014 El ministro del interior si conocía que, hacían los cazas en la zona, el ministro de defensa no, .

13:31 – 17 de jul. de 2014 Militares confirman que fue ukraine, pero se sigue sin saber de donde vino la orden

13:36 – 17 de jul. de 2014 Hace dias lo dije aquí, militares de kiev querían alzarse contra el actual presidente, esto puede ser una forma, a las órdenes de timoshenko

13:38 – 17 de jul. de 2014 Los cazas volaron cerca del 777, hasta 3 minutos antes de desaparecer de los radares, solo 3 minutos

13:43 – 17 de jul. de 2014 Se cierra el espacio aéreo

13:45 – 17 de jul. de 2014 Se cierra el espacio aéreo, por miedo a más derribos

15:17 – 17 de jul. de 2014 Control militar entrega ahora mismo de forma oficial que el avión fue derribado por misil

15:23 – 17 de jul. de 2014 El informe oficial firmado por las autoridades militares de control de kiev ya lo tiene el gobierno,,,,, derribado

15:26 – 17 de jul. de 2014 En el informe se indica de donde abría salido el misil, y se especifica que no proviene de las autodefensa en las zonas rebeldes

15:34 – 17 de jul. de 2014Los radares militares si recogieron los datos del misil lanzado al avión, los radares civiles no

15:36 – 17 de jul. de 2014 Los altos mandos militares no ordenaron el lanzamiento del misil, ,,alguien se le fue la mano en nombre de ukraine

15:38 – 17 de jul. de 2014 Para el que no lo sepa, digamos así, hay militares a las órdenes del ministro de defensa y militares a las órdenes del ministro del interior

15:38 – 17 de jul. de 2014 Los militares a las órdenes del ministro del interior conocían en cada momento lo que sucedió, .

16:06 – 17 de jul. de 2014 Mandos militares aquí (ATC) torre de control, confirman que el misil es del ejercito de ukraine,

16:07 – 17 de jul. de 2014 Mandos militares que si lo sabían y otros mandos que no,

16:08 – 17 de jul. de 2014 290 personas inocentes muertas, . Por una guerra inútil, donde el patriotismo se compra con dinero

16:09 – 17 de jul. de 2014 La forma de tomar la torre de control minutos después sabiendo todo los detalles, rápido nos hizo pensar que habían sido ellos

16:10 – 17 de jul. de 2014 La cara de los militares que llegaron más tarde diciendo pero que habéis echo, no dejo dudas

16:12 – 17 de jul. de 2014 Es tal la decadencia que los militares acompañados de extranjeros que llegaron primero nos llegaron a pedir que dijéramos su versión

16:13 – 17 de jul. de 2014 Nuestra respuesta, fue, estos radares no recogen el lanzamiento de misiles, los militares si, ya no quedaban dudas.


LINK


Ler tb:

Russia Says Has Photos Of Ukraine Deploying BUK Missiles In East, Radar Proof Of Warplanes In MH17 Vicinity
Tyler Durden on 07/21/2014 18:45 -0400
ZeroHedge

What Happened to the Malaysian Airliner?
Paul Craig Roberts, July 19, 2014
IPE - Institute for Political Economy

Why was the missile system where it was? Why risk an expensive missile system by deploying it in a conflict environment in which it is of no use? Incompetence is one answer, and another is that the missile system did have an intended use.

[...]

The second explanation is that the extremists who operate outside the official Ukrainian military, hatched a plot to down an airliner in order to cast the blame on Russia. If such a plot occurred, it likely originated with the CIA or some operative arm of Washington and was intended to force the EU to cease resisting Washington’s sanctions against Russia and to break off Europe’s valuable economic relationships with Russia. Washington is frustrated that its sanctions are unilateral, unsupported by its NATO puppets or any other countries in the world except possibly the lap-dog British PM.

It was Putin's missile!
By Pepe Escobar
Asia Times, Jul 18, '14


Ron Paul: Don't Blame Putin For Malaysian Jet Shoot Down
By Courtney Coren, Friday, 18 Jul 2014 02:44 PM
Newsmax

Atualizado: 23/7/2014, 19:53

quinta-feira, julho 17, 2014

TAP, Fernando Pinto pede desculpa


A TAP cresce, mas tem um lastro de dívida e de deriva estratégica que pode afundá-la


Fernando Pinto presta esclarecimentos e pede desculpas públicas pelos problemas recentes, alguns deles potencialmente graves. Reconheceu que a empresa perdeu recentemente 50 técnicos altamente especializados, mas afirma que os mais novos já ganharam experiência suficiente.

Nada nos move contra a TAP, obviamente. O que sempre criticámos e criticamos foi a sua dependência da corja dos banksters e políticos que conduziram o país ao charco. Quando se deveria ter lançado uma TAP Low Cost para a Europa (narrow bodies/ médio curso) mantendo um serviço intercontinental de qualidade (wide bodies/ longo curso), a administração da companhia andou a brincar aos novos aeroportos com a corja rendeira comandada pelo BES.

Fernando Pinto é um executivo respeitado. Os operacionais da TAP são profissionais com brio. São bem pagos, e ninguém quer que sejam mal pagos, evidentemente. O problema da TAP, a gravidade do problema da TAP, é que foi ao longo das últimas décadas uma das vacas leiteiras do regime, que deu muito leite à corja rendeira, devorista e partidocrata do regime.

O futuro da TAP continua, porém, incerto.
 

terça-feira, julho 15, 2014

Peak Oil

Clicar para ampliar

BP reconhece finalmente que o pico do petroleo está próximo


Total world proved oil reserves reached 1687.9 billion barrels at the end of 2013

Sufficient to meet 53.3 years of global production. The largest additions to reserves came from Russia, adding 900 million barrels and Venezuela adding 800 million barrels. OPEC members continue to hold the majority of reserves, accounting for 71.9% of the global total. South & Central America continues to hold the highest R/P ratio. Over the past decade, global proved reserves have increased by 27%, or over 350 billion barrels. - BP, 2014.

Donella Meadows tinha razão em 1972, e em 1956 M. King Hubbert informou o governo americano que o Peak Oil era uma realidade (defendeu então a opção nuclear). As datas mais consensuais desde então apontam para 2030-2040 o início do colapso do modelo carbónico intensivo (carvão+petróleo+gás) que marcou o crescimento da economia mundial nos últimos 200 anos.

Já não é mau que a própria BP reconheça, finalmente, o facto, mesmo prevendo uma data mais otimista. O que a BP não diz é que a pesquisa, extração e produção de combustíveis líquidos oriundos do petróleo, do gás e do carvão serão cada vez mais dispendiosos. A fruta mais acessível já foi apanhada...

Valerá hoje a pena ler estes três livros de seguida: The Limits to Growth (Donella H. Meadows, Dennis L. Meadows, Jørgen Randers, William W. Behrens III, 1972), The Great Wave: Price Revolutions and the Rhythm of History (David Hackett Fischer, 1996), e Capital in the Twenty-First Century (Thomas Piketty, 2014. E para mais detalhe sobre o tema do petróleo, carvão e gás, outro relato atualizado e instrutivo: Peeking at Peak Oil (Kjell Aleklett, 2012).

O desafio não é tanto crescer, como conseguir uma transição civilizacional o menos catastrófica possível e à escaça planetária, com crescimentos médios entre 0,1 e 1%.