quinta-feira, novembro 06, 2014

Tribunais, constitucional e de contas, bloqueiam Portugal

A nova rede ferroviária de que Portugal precisa
(clicar para ampliar)

Só Bruxelas poderá impedir a transformação de Portugal numa ilha ferroviária


A santa aliança entre os rendeiros e a oportunista esquerda que temos tem boicotado um dos principais vetores de saída da atual crise económica e social portuguesa

La licitación pública en obra ferroviaria creció un 253 por ciento hasta septiembre
Se situó en 2.442, 24 millones de euros y supone el 23,7 por ciento del total de lo licitado

(06/11/2014) En conjunto se licitó en obras ferroviarias un total de 2.442,24 millones de euros que suponen el 23,7 por ciento del total de la licitación pública. Adif licitó entre enero y septiembre por valor de 2.240,10 millones de euros, lo que supone un avance del 243,5 por ciento respecto al mismo periodo de 2013.

La licitación conjunta de todas las administraciones en los primeros nueve meses del año creció un 63,7 por ciento hasta los 10.291,74 millones. La de la Administración Local creció un 49,9 por ciento, la de la Autonómica un 13,1 por ciento, mientras que la Administración Central licitó un 113 por ciento más que en los tres primeros trimestres de 2013.

Vía Libre
A nova rede ferroviária espanhola para passageiros e mercadorias, de bitola europeia, chegará em breve a Badajoz e Vigo, e também à fronteira francesa no País Basco. A saída por Barcelona já está operacional há mais de um ano. A ligação entre Salamanca e a fronteira portuguesa, de que nem sequer existem estudos prévios, pelo lado espanhol aguarda que os portugueses se decidam (ver mapa detalhado dos corredores — Trans-European Transport Network | TEN-T Corridors).

A hesitação permanente e a paralisia criminosa dos sucessivos governos portugueses nesta matéria teve como resultado, até hoje, o desperdício de largas centenas de milhões de euros dos fundos comunitários (que acabaram por ir parar a Espanha e França!) e indemnizações devidas ao consórcio Elos que venceu o concurso da ligação ferroviária Poceirão-Caia, mas cujo concurso foi anulado pelo chamado, mas falso, Tribunal de Contas, sem apelo nem agravo, e mehor conveniência dos governantes de turno, que aproveitaram mais este pretexto para voltar a parar o processo na esperança de que a especulativa cidade aeroportuária de Alcochete e a Ponte Chelas-Barreiro (ambas muito desejadas pelo ex-DDT, Ricardo Espírito Santo, e pelo senhores Ho e Almeida Santos) um dia ressuscitassem.

Quando as ligações ferroviárias espanholas chegarem à fronteira portuguesa, ou perto, pessoas e mercadorias do lado de cá passarão a ter que mudar de combóio em Valença do Minho, Vilar Formoso, Badajoz e Vila Real de Santo António, para chegarem aos nossos principais mercados de exportação e trabalho. É que havendo descontinuidade de bitolas, isto é, da largura dos carris, na eletrificação das linhas e nos sistemas de sinalização e segurança, os comboios portugueses deixarão de poder circular na principal rede de transporte ferroviária espanhola e europeia!

Os prejuízos deste verdadeiro boicote indígena de acordos bilaterias e projetos europeus consolidados são enormes.

Um deles é este: as transportadoras rodoviárias nacionais emigrarão em massa para os portos secos da Galiza, Salamanca e Badajoz (onde o gasóleo é mais barato, e os impostos menos assassinos); outro é este: a já decadente rede ferroviária portuguesa colapsará de vez.

Todo este boicote começou por ser feito em nome de interesses ocultos, e acabou, durante o atual governo, por prosseguir, mas desta vez em nome da repressão do investimento público, ou seja dos cortes orçamentais nas despesas de capital impostos pela corja da chamada 'esquerda' parlamentar, e pelos imbecis do Tribunal do Constitucional. Sem credores externos que continuassem a alimentar burros a Pão de Ló e porcos a pérolas, o governo teria que fazer duas coisas de forma equilibrada e estratégica: diminuir a despesa do estado e aumentar as receitas. Na diminuição das despesas, a principal delas deveria ter resultado de uma reforma estrutural do estado, isto é, das suas funções e eficiência (energética e burocrática), e ainda de uma modificação radical do seu relacionamento (capturado por elites rendeiras e devoristas várias) com a economia e as instituições fora do seu perímetro orçamental estrito. Tendo sido impedido de o fazer, pelo bloqueio conjunto da 'esquerda', das corporações empresariais e sindicais, banqueiros rendeiros e Tribunal Constitucional, o governo acabaria por reprimir, muito para além do desejável, o investimento público, nomeadamente na construção da urgente ligação de Portugal aos corredores de transporte europeus. Quando a 'esquerda' demagógica e populista fala de crescimento, e critica o governo pela falta dele, sabe muito bem que é a principal responsável por este grave bloqueio económico do país.

A nossa única salvação é, apesar de tudo, a mão cada vez mais pesada que a Comissão Europeia e o BCE terão na condução da política orçamental e de concorrência portuguesas. O protetorado, no fundo, no fundo, ainda é o que poderá salvar Portugal da desgraça completa e da corja de rendeiros, piratas e devoristas que tem vindo a destruí-lo.


POST SCRIPTUM

Nem de propósito!

Comissão Europeia/ Representação em Portugal
Melhorar as ligações ferroviárias
06/11/2014

O Programa RTE-T da UE vai investir 400 000 euros em estudos técnicos para o melhoramento da infraestrutura ferroviária transfronteiriça em Portugal e Espanha, que irão contribuir para o desenvolvimento dos serviços ferroviários entre os dois países e o resto da Europa.


IMPORTANTE

Mas diz quem sabe...

“Este projecto estará a ser feito pela REFER, por indicação do Secretário de Estado dos Transportes e sob a proposta do Prof. José Manuel Viegas, e parece também envolver empresas privadas ligadas a essa gente.

Este projecto consiste apenas em acabar com a possibilidade dos próximos governos (provavelmente do PS) reiniciarem o processo de construir uma rede em bitola europeia em Portugal.

Trata-se da tal ideia de instalar o celebérrimo 3º carril, que possivelmente nunca deveria ser feito porque já se sabe que é um disparate em termos de eficiência ferroviária para longas distâncias (até pior do que os intercambiadores).

Eis um verdadeiro crime de traição à Pátria porque vai  afectar as gerações futuras por muito e muitos anos....

Conforme podem ver pelo descritivo que está em baixo, este projecto só interessa a Portugal e, para ser aprovado, teve a conivência do Director Geral das Infraestruturas em Bruxelas (que é um português...) e do antigo Presidente da Comissão Europeia (outro português....)

Conforme poderão confirmar, o descritivo do projecto, que apenas interessa Portugal, envolve apenas 400.000 Euros. Possivelmente será para pagar os estudos aos amigos do PSD, PS, etc. Mais um dinheiro esbanjado que para nada servirá...”

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