domingo, novembro 10, 2024
War Room
O próximo presidente
Ter uma visão sobre o futuro será fundamental nas próximas presidenciais. Marcelo e o minion que se pôs em bicos de pés só conhecem o passado. O próximo presidente da república tem que ser alguém exterior ao regime partidário incompetente e corrupto que degenerou a nossa democracia.
Ainda não conheço bem este Almirante. Não é necessário que o próximo PR seja militar. Qualquer civil serve desde que não faça parte da corja partidária DDT. Mas os militares têm em geral um sentido prático inexcedível. Prova-o o modo como os militares impediram um banho de sangue depois da queda da ditadura...
Perguntam-me: e os "aventais" vão deixar?
Os "aventais", quer da Maçonaria cor-de-rosa, quer da Maçonaria laranja (a Opus Dei foi comprada pelos "aventais"...) aproveitam-se das circunstâncias, mas também sabem adaptar-se 😉
Com o panorama bélico na Europa-Eurásia, Médio Oriente e no Pacífico, que vai continuar a aquecer até 2028 (possível ataque chinês à Formosa), ou 2030, pelo menos, os militares vão regressar à Política. Aliás, remeteram-se prudentemente à defensiva depois da ofensiva do Mário Soares, apoiado pela Alemanha e Bruxelas, mas não têm estado desatentos. Prova-o a constante intervenção do General Ramalho Eanes no debate político português.
Vai ser preciso aumentar e muito o investimento na Defesa, para 2 ou 3% do PIB.
Esta subida da parada militar terá consequências, que a rapaziada extrativista dos partidos não conseguirá travar. O Almirante Gouveia e Melo, na presidência da república, servirá, em primeiro lugar, para garantir a exigida e exigível subida do orçamento da Defesa, naturalmente em detrimento dos outros ministérios. Depois, tratando-se dum homem com ideias e ‘dossiês’ estudados, vai estimular uma aliança a sério da indústria e dos serviços adaptada às necessidades militares internacionais que nos envolvem diretamente:
— indústria naval (mais três submarinos…);
— transferência de uma parte da nossa economia (infra-estruturas, indústria, investigação&desenvolvimento, serviços) para o mar e a plataforma marítima;
— regresso inteligente do serviço militar obrigatório (6 meses/ homens e mulheres — com remuneração adequada e formação em áreas profissionais de ponta);
— reforço dos poderes presidenciais (revisão constitucional).
quinta-feira, novembro 07, 2024
Escreve Trump direito por linhas tortas?
Credit: Reuters (cropped) |
O que preferimos ignorar por demasiado tempo, ou seja, a postura hesitante e titubeante de Biden na política internacional foi também um fator importante da derrota de Kamala Harris.
A saída desastrosa dos Americanos do Afeganistão foi, assim, um mau prenúncio.
Mas há mais fatores que levaram a maioria dos eleitores a votar num narcisista condenado. Por exemplo, a abertura das fronteiras a uma nova vaga de imigração em massa para um país onde as ruas de dezenas de cidades estão povoadas de tendas e automóveis onde vive gente despejada ou sem rendimentos para alugar sequer um quarto. O emprego criado e propalado como uma vitória da governação democrática é precário e mal pago, tal como na Europa, e o crescimento económico foi assimétrico. O fosso entre os muito muito muito ricos e os pobres é cada vez mais escandaloso. A gloriosa classe média americana tem vindo a ser desfeita, nomeadamente por efeito da globalização neoliberal. Neste caso, o adjetivo 'neoliberal' parece-me bem aplicado. Ironicamente, a possível correção desta desigualdade que se tornou gritante exige, por assim dizer, uma desglobalização agressiva, a qual, por sua vez, foi iniciada por Donald Trump, e tudo leva a crer que os próximos quatros anos irão tornar mais clara esta espécie de correção da divisão internacional do trabalho. Daí a China ser a grande prioridade do dito novo isolacionismo americano (o conceito é errado, mas serve para sabermos do que estamos a falar). A Alemanha, que não se preparou a tempo para a reversão da deslocalização da sua indústria para a China, está a pagar caro os seus erros de avaliação e o seu raciocínio coletivo proverbialmente quadrado. A coligação alemã colapsou ainda antes de serem conhecidos os resultados definitivos das eleições americanas!
O colapso do centro democrático é um facto na Europa, como nos Estados Unidos. Um facto preocupante, mas não creio que possa ser comparado com a década de 30 do século passado. Não vejo no horizonte uma reedição do fascismo europeu, ou de um novo McCarthy na América, mas sim uma transição dramática mundial dos paradigmas geoestratégicos, económicos e culturais ainda dominantes. Quando o desesperado Putin tenta esconder-se atrás de um muro de BRICS, em nome da resposta a dar à nova fase do Excecionalismo americano, o que fica à vista de todos é mesmo a fraqueza do chamado Eixo do Mal, isto é, da aliança dos grandes regimes despóticos e teocráticos que todavia reinam na Rússia, China e Irão, na sua tentativa de atrair para o seu campo países intermédios do Terceiro Mundo, agora rebatizados como Sul Global. Quanto mais corda dermos aos desesperados Putin, Xi e ayatollahs iranianos, mais doloroso será o restabelecimento da paz mundial, a qual será ainda uma Pax Americana, assente, uma vez mais, no controlo de todos mares: Atlântico, Pacífico, Índico e Árctico.
A prioridade de Donald Trump é, portanto, travar a China e o Irão, o que depois da invasão russa da Ucrânia, significa também calar Vladimir Putin e reduzir a Rússia à sua expressão mais simples, talvez ajudando a China a ocupar uma parte da Sibéria.
Os europeus vão ter que acordar!
O chapéu de chuva americano não desaparecerá, mas será muito mais exigente. Países como Portugal, por exemplo, vão ter que investir a sério na sua defesa militar, como parte do esforço armamentista urgente de que a Europa necessita, para acabar com os devaneios de Vladimir Putin, em vez de continuar a permitir o bacanal da corrupção e populismo que colocou o país na mão dos credores. Serão estes, aliás, que irão forçar a próxima vaga de austeridade e alteração das prioridades da indecorosa classe política que medrou no país nos últimos 50 anos, e das avestruzes, também. Comprar armas nos mercados americano e europeu irá representar uma modificação necessária das prioridades orçamentais do país. Em vez de continuarmos a arruinar o país nos buracos negros da TAP e da ferrovia, que tal produzir armas, munições e sistemas de auxilio à guerra? Que tal apostar nas conservas, nos têxteis e calçado técnicos; na Inteligência Artificial; na medicina reconstrutiva e na reabilitação dos estropiados da guerra tendo em vista não só a guerra na Ucrânia, mas também e sobretudo a necessidade de desenvolver uma força de dissuasão europeia integrada e homogénea?
E da moral, por fim, diremos: nos Estados Unidos, tal como em Portugal, ou Bruxelas, importa mais o que um político pensa e é capaz de fazer do que os seus problemas com a Justiça.
sábado, novembro 02, 2024
CCDR, o que são?
Quinta do Douro (Cinfães, Oliveira), setembro 2024 |
Regionalização disfarçada, ou uma solução interessante, se melhorada?
As alterações introduzidas nas CCRD configuram, aparentemente, uma estratégia destinada a colocar um ponto final na regionalização imaginada pelos caciques regionais dos partidos.As novas CCDR tornaram-se institutos públicos, com gestão periodicamente indexada às eleições autárquicas (poder local) e, em menor grau (mas sem as descurar) a uma panóplia ampla de instituições relevantes da sociedade civil. A nova configuração das CCDR estabelece, de facto, e se for respeitada, uma importante instância de descentralização/regionalização do poder no nosso país.
As novas CCDR ganham novas competências, que são retiradas às antigas direções-gerais do Estado, invariavelmente sediadas em Lisboa. Refletem as maiorias partidárias regionais e locais (câmaras municipais e freguesias), e têm nelas representadas diversas instâncias da sociedade civil — como esta se configura, com o seu estado de desenvolvimento, cultura e tradições, em cada região. Têm grande poder na aprovação de projetos financiados pela UE, ou seja, sobre grande parte da atividade económica do país, região a região. Há, por conseguinte, descentralização administrativa e regionalização política supra-municipal.
Falta, porém, transformar os Conselhos Consultivos das novas CCDR em verdadeiras Assembleias de Democracia Deliberativa, com competência para analisar, criticar, reportar e fazer propostas de correção/melhoria da ação das CCDR, sem excessivo peso das lógicas partidárias.
Sem esta instância deliberativa democrática haverá sempre o risco de as CCDR se transformarem em mais uns tantos pequenos monstros burocráticos e vespeiros partidários.
https://diariodarepublica.pt/dr/legislacao-consolidada/decreto-lei/2023-213558674
terça-feira, setembro 03, 2024
Como acabar com a agressão russa contra a Ucrânia?
Civilians killed and cars destroyed in Russian missile strikes on Kyiv, 10 October 2022 (Wikipedia) |
As defesas aéreas da região de Moscovo, a mais bem defendida da Rússia, falharam clamorosamente contra uma onda de pouco mais de 150 drones ucranianos no passado dia 1 de setembro de 2024. Este teste ajudará os ucranianos em futuros ataques, e deveria desde já levar os Estados Unidos a reverem as restrições inaceitáveis sobre o uso do seu armamento em território russo.
Por outro lado, os terroristas islâmicos, do ISIS e da banda Kadyrov (leia-se: as colónias muçulmanas) preparam-se para uma mais do que provável desintegração da Federação Russa.
Mais do que uma vitória ucraniana contra Moscovo, o que está em marcha é uma segunda implosão no seio de decrépito império medieval moscovita.
A urgência de acabar com a aventura criminosa de Vladimir Putin tem, pois, ramificações muito perigosas, que o mundo democrático, a China, a Índia e até a Turquia e a Arábia Saudita terão que cercear, para a sua própria segurança.
Um plano de paz para a região deveria, creio, assentar em dez premissas:
1 - resignação de Vladimir Putin;
2 - retirada da Rússia de todas as terras ocupadas na Ucrânia, incluindo a Crimeia;
3 - constituição de um corredor desmilitarizado com 100 Km de largura ao longo de toda a fronteira entre a Rússia e a Ucrânia, vigiado por uma força militar de paz multinacional, da qual façam parte os Estados Unidos, a China, a União Europeia, o Brasil, a Índia, a Turquia e a Arábia Saudita;
4 - reparação dos danos causados pela invasão militar não provocada da Ucrânia, com recurso, nomeadamente, à riqueza criminosa dos oligarcas russos acumulada em bancos e paraísos fiscais ocidentais;
5 - julgamento dos responsáveis pelos crimes de guerra cometidos e documentados;
6 - aceitação por parte da Rússia de inspeções periódicas a todo o seu arsenal militar nuclear;
7 - imposição de um limiar às despesas militares russas totais na ordem dos 1,5% do seu PIB;
8 - perda do estatuto de membro permanente do Conselho de Segurança da ONU de que a Federação Russa atualmente goza;
9 - levantamento progressivo e seletivo das sanções comerciais e financeiras à Rússia;
10 - definição de um roteiro de democratização da Rússia, cujo seguimento permitirá o estabelecimento de futuros tratados de cooperação e desenvolvimento com os países da NATO.
[EN]
How do we end the Russian aggression towards Ukraine?
Air defences of the Moscow region, the best defended in Russia, failed resoundingly against a wave of just over 150 Ukrainian drones. This test will help the Ukrainians in future attacks and should now lead the United States to review the unacceptable restrictions on the use of its weapons on Russian territory.
On the other hand, Islamic terrorists, ISIS and Kadirov band (read: Muslim colonies) are preparing for a more than likely disintegration of the Russian Federation.
More than a Ukrainian victory against Moscow, what is underway is a second implosion within the decrepit Moscow medieval empire.
The urgency of putting an end to Vladimir Putin's criminal adventure, therefore, has very dangerous ramifications, which the democratic world, China, India and even Turkey and Saudi Arabia will have to curtail for their safety.
We need a ten points peace plan for the region:
1 - Resignation of Vladimir Putin;
2 - Russia's withdrawal from all occupied lands in Ukraine, including Crimea;
3 - Creation of a demilitarised corridor 100 km wide along the entire border between Russia and Ukraine, monitored by a multinational military peacekeeping force, which includes the United States, China, the European Union, Brazil, India, Turkey and Saudi Arabia;
4 - Repairing damage caused by the unprovoked military invasion of Ukraine, using, in particular, the criminal wealth of Russian oligarchs accumulated in Western banks and tax havens;
5 - Trial of those responsible for committed and documented war crimes;
6 - Russia's acceptance of periodic inspections of its entire nuclear military arsenal;
7 - Imposing a threshold on total Russian military expenditure in the order of 1.5% of its GDP;
8 - The Russian Federation will lose its current status as a permanent member of the UN Security Council;
9 - Progressive and selective lifting of commercial and financial sanctions on Russia;
10 - Definition of a roadmap for Russia's democratization, which will allow the establishment of future cooperation and development treaties with NATO countries.
sábado, agosto 31, 2024
Que tal recomeçar o debate colonial?
Jovem cabo-verdiano confiante. Gerado com a ajuda do ChatGPT |
“But there’s also another aspect of the Portuguese colonial history, which is the existence of this big and important community of African descent” — Filipa Vicente.
Gostaria de ter visto esta exposição. A sua autora, Filipa Vicente, que não conheço, nem li, está de parabéns por esta abordagem da nossa íntima, contraditória, relação com tantos povos não-europeus. A ideia de levar, ainda que parcialmente, memórias fotográficas das comunidades africanas e afro-portuguesas residentes em Portugal e aqui chegadas desde 1975, i.e. desde o fim do império colonial, ao polémico Padrão dos Descobrimentos (peça central da exposição que Salazar mandou fazer, mostrando um império em relativa paz quando o mundo havia mergulhado na mais brutal guerra mundial que o mundo conhecera), foi um passo importante para desbloquear uma discussão que tarda sobre o nosso passado ultramarino, colonial e não colonial.
Convém explicar aos mais apressados, ou mentalmente condicionados, que as relações íntimas entre os portugueses e os povos das antigas colónias portuguesas, entre Portugal e os novos países que se libertaram (e que o nosso país libertou) da relação colonial, continuam bem e recomendam-se. Basta reparar que 50% das comunidades imigrantes residentes no nosso país provêm do Brasil, Cabo Verde, Angola, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe. Curiosamente, a comunidade ucraniana é a terceira melhor representada no mosaico antropológico português, depois do Brasil e de Cabo Verde. Felizmente, estão todos, incluindo os agósticos e os ateus, embebidos no lastro histórico do Cristianismo.
Olhando para a demografia mundial, e em particular africana e europeia, perceber-se-à rapidamente que Portugal será no final deste século uma espécie de Cabo Verde em ponto grande, habitado por mulatos e mulatas. A nossa fraqueza tem sido, também, fonte de grandeza, sobretudo antropológica e de espírito. E já agora, neste ponto, ingleses, norte-americanos, alemães e russos nada têm a ensinar-nos. Os seus exemplos de colonialismo genocida e de racismo são sobejamente conhecidos. Desta gente gente nada temos que aprender em matéria de pós-colonialismo!
sexta-feira, dezembro 15, 2023
Os três erros fatais do AAE da CTI
PRIMEIRO ERRO FATAL
O Relatório Preliminar da CTI está ferido de morte ao dar uma resposta acrítica ao seguinte pedido do Governo (RCM 89/2022):
— DR Nº 199, 14/10/2022; 2.4 b) "Planificação aeroportuária, incluindo análise de capacidade e planos de desenvolvimento aeroportuário compatíveis com a evolução de um hub intercontinental".
A resposta crítica é esta: a manutenção, ou evolução dum hub inercontinental na Portela não passa duma miragem para políticos ignorantes e arrogantes, e para patos-bravos.
Porquê? Pois, porque
1) a rede que no Brasil alimenta a Portela é uma situação excecional (herdada da falência da Varig e da entrada da TAP no Brasil) que em breve será acompanhada pela Espanha a partir dos 17 aeroportos brasileiros entretanto conquistados pela AENA;
2) depois das ligações ponto-a-ponto nos grandes espaços regionais (Canadá, Estados Unidos, Brasil, Europa, China, etc.) é a vez das ligações ponto-a-ponto intercontinentais entrarem em cena. O Airbus A321XLR pode voar 5400 milhas non-stop, ou seja, ligar São Paulo e Nova Iorque a Madrid, Lisboa, Terceira ou São Miguel, de onde depois podem apanhar aviões Low Cost para toda a Europa. Vários hubs aeroportuários europeus sofreraão a partir de 2024 uma segunda vaga de erosão, e o conceito de grande hub aeroportuário continuará a desfazer-se nos grandes espaços regionais com malhas aroportuárias apertadas;
3) a ferrovia de alta velocidade, que já está a retirar muito tráfego aéreo entre Madrid e Barcelona, é outro fator de mudança nas dimensões e configurações dos aeroportos internacionais.
SEGUNDO ERRO FATAL
Não ter dada a importância devida ao facto de mais de 80% da procura do Aeroporto Humberto Delgado, bem como do seu recente crescimento exponencial, ter origem europeia (PORDATA, 2022). Os 20% de procura intercontinental, além de serem assimétricos (com picos bem determinados nos mercados do Brasil e mais recentemente nos Estados Unidos, e grande rarefação de procura no resto do mundo) não podem determinar o desenho e a estratégia de aumento da capacidade aeroportuária de Lisboa.
TERCEIRO ERRO FATAL
O facto de cerca de 80% da procura aeroportuária de Lisboa (como aliás dos restantes destinos nacionais) estar associado sobretudo 1) à procura turística; 2) aos movimentos pendulares de uma parte muito significativa da nova emigração portuguesa entre os países onde temporariamente trabalham e o nosso país (mais ou menos 50% dos emigrantes fazem parte da chamada 'emigração yo-yo'); 3) e aos negócios de milhares de micro, pequenas e médias empresas. O que une estas três categorias de passageiros é a adesão às ligações aéreas ponto-a-ponto, preferencialmente de baixo custo (vulgo Low Cost). Existem mais de 50 voos Low Cost, diretos, a partir do Aeroporto Humberto Delgado (todos para a Europa). Ou seja, sem ligações ponto-a-ponto de baixo custo, a Portela não seria o que hoje é, nem a procura do nosso país seria o que é desde 2002 (Ryanair: Dublin-Faro); 2006 (Ryanair: Londres-Porto); 2007 (easyJet: Porto-Genebra).
Em suma, não há mais fatores estatisticamente relevantes para o crescimento da procura dos aeroportos portugueses do que o turismo, a emigração e as micro, média e pequenas empresas. E esta procura depende criticamente das ligações ponto-a-ponto e do baixo custo das viagens.
Tudo o resto são fantasias dos políticos e de quem os serve, pondo por vezes em causa a ética profissional.