3000 pessoas evacuadas
2011 preparava-se para ser o ano de partida para uma nova vaga de centrais nucleares, depois de uma batalha vencida pela liberalização deste negócio. Mas a central japonesa que actualmente derrete, explode e contaminará durante séculos (ou milénios) toda uma região cujo perímetro de radioactividade letal se alarga dia a dia, veio alterar radicalmente estas expectativas. O reactor nº 1 da central de Fukushima começou a derreter, sabe-se agora, não por causa do tsunami, mas tão só por causa da violência dos sismos que abalaram a principal ilha japonesa no passado dia 11 de março. Se pensarmos no número de centrais existentes no Japão, na Europa, na Rússia, na Índia, na China e nos Estados Unidos, e nas probabilidades de grandes terramotos causarem tragédias desta magnitude, percebe-se com facilidade que o renascimento do optimismo nuclear acaba de sofrer um duro golpe.
A central nuclear de Fukushima é privada, e também por esta circunstância se porá em causa, por causa desta tragédia que ainda não acabou nem tem fim à vista, o entusiasmo de muitos cientistas, especialistas e especuladores por uma nova geração de centrais nucleares mais produtivas, mas cuja segurança ninguém parece poder garantir.
O Japão já estava à beira do colapso financeiro antes da tragédia sísmica e nuclear, nomeadamente por causa da sua astronómica dívida pública. Agora, o inevitável colapso da sua economia em consequência do desastre nuclear que recomeçou, somado às graves crises financeiras americana e britânica, elevarão a crise sistémica que abala a economia mundial desde 2008 para um patamar potencialmente catastrófico.
Recomendações (sobretudo depois de saber que o BES, o BCP e a Caixa estão de cofres vazios): guarde o ouro e as pratas que tiver em sua casa, e compre mais se puder. Use os cartões de débito, e de preferência de crédito, e guarde liquidez (notas de euro) em casa, para dois meses pelo menos. Se tem quintas ou quintinhas, não se desfaça delas — visite-as e pense no seu potencial alimentar. Não compre mais carros, nem casas! Desfaça-se das acções quanto antes, sobretudo de bancos, empresas de construção, cimentos e telecomunicações. O que aí vem não é bom!
China Syndrome “might just have happened at Fukushima” — Molten fuel may have “melted through everything into the earth”.
May 16th, 2011 at 04:22 PM. TIME.com.
Nearly 3,000 evacuees rushed to hospital by ambulance — From shelters in Fukushima, Iwate and Miyagi.
May 17th, 2011 at 03:22 AM. JAPAN TODAY
“There have been nuclear explosions” — “Ongoing nuclear reaction taking place now”.
May 17th, 2011 at 04:53 PM. ENENEWS
... the “nuclear power policy makers”, historical pillars of the development of this energy from the 1950s, just like their fierce rivals the environmentalists who emerged in the 1970s, will quickly see that their monopoly of the debate on this subject is coming to end. Fukushima, the Internet and the crisis are in the course of shattering the nuclear debate’s traditional expertise, limited to mode "pro" or "anti". The implications of such an upheaval for the various industry players and policy makers faced with choices for national energy are on an unprecedented scale since they involve a whole segment of global energy production. — Confidential letter - GlobalEurope Anticipation Bulletin Nr 55 - May 16, 2011.
Tokyo Electric Power Company shares dropped over 9 percent on the Tokyo Stock Exchange on Tuesday after its credit rating was cut by US rating firm Moody's.
May 17, 2011 17:29 +0900 (JST). ENENEWS.
TEPCO shares ended the day at 380 yen, or about 4.7 dollars, falling below 400 yen at closing for the first time in 40 days. Stock prices for other utilities also plunged.
Moody's Investors Service said it downgraded TEPCO's rating by 2 notches because it's unclear how the Japanese government will help the utility pay huge amounts of compensation to people affected by the Fukushima nuclear plant accident.
Market sources say a growing number of investors are concerned about the future of Japan's nuclear power industry.
Tepco Misleading Public Over Nuclear Crisis. By Tsuyoshi Inajima and Yuji Okada - May 18, 2011 6:41 AM GMT+0100 (Bloomberg)
Interview with Akira Tokuhiro, Nuclear Engineer: Fukushima and the Mass Media
Posted: 05/17/11 05:28 PM ET. The Huffington Post.
The most terrifying fact is that the Japanese power plants are using ‘dirty’ fuel, which most countries have rejected and banned. Needless to say that the Americans built them. Since the Earth is moving Counterclockwise most of the fall-out will drop on U.S., unless very strong winds take it somewhere else. [...]
Virtually any nuclear engineer connected with the industry he or she supports cannot be fully trusted right now to give us the full truth about Fukushima because the truth is simply too damaging to the nuclear industry and they know it. The attitude the industry has as well as the ugly reality that this same energy is tied to the economy which supports full on capitalism must be scaled back Tokuhiro advised. He tells me it is difficult to speak of this in the U.S., but adds that we need to go back to a time when shops were closed on Sundays and we spent time with our families, not using up more energy but actually staying home. I added that we still do this on Sunday and it is often very difficult to find shops open here in France on Sunday except for the local outdoor markets.
Última actualização: 19 maio 2011 00:15