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O gráfico que mudou o regime. |
DEMOCRATAS PORTUGUESES!
António Costa, oportunista, trabalhando apenas para si, precipitou algo talvez inevitável: o fim do atual regime e a necessidade duma revisão constitucional. Esta será a batalha que condicionará o futuro português até ao fim deste século…
O previsto cataclisma ocorreu mesmo no panorama português da representação parlamentar, à semelhança do que tem vindo a ocorrer em outros países: Itália, França, Espanha, Estados Unidos, etc. Em seis anos apenas um ex-autarca e político saído do PSD funda o CHEGA, a formação partidária nacionalista e populista de direita que viria em apenas seis anos a demolir o 'status quo' do regime constitucional de esquerda fundado na Constituição de 1975.
O que precipitou esta implosão anunciada do atual regime constitucional foi, porém, a própria ação aventureira de António Costa e Jerónimo de Sousa, respetivamente líderes do PS e do PCP, ao decidirem formar uma Frente Popular de esquerda e extrema esquerda contra o centro-direita (PSD) que acabara de ganhar umas eleições legislativas (sem maioria), ao arrepio da tradição e linhas vermelhas conhecidas, que delimitavam o espaço de liberdade e estabilidade de uma democracia sempre frágil, incompleta sobretudo na assunção cultural e cívica da prática democrática, quotidiana e institucional, e que sofreria três bancarrotas (ou pré-bancarrotas, para ser mais preciso) ao longo dos seus 50 anos de vida.
Embora tenha sido o "Memorando de Entendimento sobre as condicionalidades de política económica", assinado por José Sócrates e os credores da Troika, em 17 de maio de 2011 (a famigerada 'austeridade' que travou a bancarrota, e que continua ativa) o principal responsável pelo declínio rápido do atual quadro constitucional, foram os 15 anos de domínio governamental do PS nos últimos 20 anos de democracia, e o oportunismo imprevisto de António Costa ao aceitar a pomba comunista numa geringonça (como lhe chamou Vasco Pulido Valente) ativamente trabalhada por Pedro Nuno Santos, o radical que prometia fazer tremer as pernas alemãs, mas que acabaria por atirar o PS e o resto da esquerda para o que alguns anteveem já como um buraco negro na nossa democracia, a vala comum da esquerda portuguesa saída da Revolução dos Cravos.
A maçonaria portuguesa não dorme, e tem tido muitos pesadelos ultimamente. "Toca a reunir!", defenderão neste momento as várias lojas, presumo. As baratas oportunistas e preguiçosas buscam incessantemente esconderijos e proteções, dispostas a trair as suas, afinal, falsas convicções. É que o crescimento explosivo do Chega não veio apenas do PCP e do Bloco (bizarra ironia...), mas também do PS!
Tudo isto acontece num altura em que a dívida portuguesa volta a subir, e o nosso Produto Interno Bruto depende quase exclusivamente do turismo e do comércio, construção e reabilitação imobiliários. Duas variáveis que poderão mudar repentina se o rearmamento da Europa e as perspetivas de guerra se agravarem, na Ucrânia e nos países limítrofes da Rússia, e se, como parece cada vez mais provável, e o sucessor de Trump não conseguir desanuviar a crise chinesa na Formosa, houver mesmo uma guerra no Mar da China e no Pacífico. Há quem diga que Pequim atacará Taiwan em 2027...
Provavelmente, teremos em 2027 André Ventura na chefia do governo de Portugal, e o ex-almirante Gouveia e Melo na presidência da república.
É melhor começarmos a trabalhar neste cenário, abandonando o ruído dos derrotados às suas próprias consciências.
Que fazer? E quem poderá reequilibrar o centro político português na viragem populista conservadora e liberal em curso?
Faz falta uma nova formação política, um novo partido, tão espontâneo na emergência como foi o Chega, mas inequivocamente democrata. Precisamos dum verdadeiro partido democrático. Talvez chamar-lhe Democratas Portugueses!
Que dizem?