Joe? Hello?
Por uma vez, Miguel Sousa Tavares atacou alguns males há muito denunciados na Blogosfera, nomeadamente o embuste em forma de patuá do chamado Joe Berardo e a teia de manifesto abuso de poder, manipulação e mais do que verosímil corrupção que envolve esta testa de ferro agraciada desde Mário Soares, sabe-se lá por que excelsas motivações...
Embuste das barragens
Já agora MST, escreva lá alguma coisinha sobre o colossal embuste chamado EDP, associado ao Ponzi furado das eólicas, às novas barragens, assassinas, que nenhuma mais valia trarão ao país, e ao negócio da privatização do uso da água. É que o buraco do palhaço contente da Madeira é apenas 1/16 do buracão do grande roubo que o oligopólio energético planeou com os piratas "socialistas" do corrupto consulado de José Sócrates. Para já falou-se de 30% de subida geral no custo da energia, por causa do défice tarifário, de tudo o que os bandidos fiscais da governação atrelam ilegitimamente à factura de um bem essencial (nomeadamente os órgãos de propaganda governamental RTP/RDP/Lusa), mas também de dois dos maiores roubos planeados ao bem público: a Lei da Água e o negócio das novas barragens — que tem três objectivos prioritários: aumentar artificialmente os activos das empresas energéticas (essencial para ajudar a garantir o acesso ao mercado bolsista de empresas tão sobre-endividadas quanto a EDP); controlar as reservas de água do país (colocando-as eventualmente no mercado de derivados responsável pelo caos financeiro actual); e substituir importações de energia na hora de ponta, sem, no entanto, aumentar realmente a produção energética, como ficou demonstrado pelo recente estudo de Joanaz de Melo.
O senhor Guilhermino quer rebentar com a ANA antes da privatização!
Como é possível o governo deixar o irresponsável que outros colocaram no poleiro da ANA inundar de contra-informação o país com fantasias sobre os investimentos desta empresa, ainda 100% pública, até 2015, quando a privatização da mesma está agendada para 2012?
O comissário político Guilhermino, obviamente deslocado, deveria ser objecto de um inquérito minucioso sobre os prejuízos que já causou ao turismo de Lisboa, Porto e Madeira pelos sucessivos atrasos impostos à entrada das Low Cost no nosso país, e ainda pelo camelo branco que é o aeromoscas de Beja, onde à época se afiançou que a TAP iria, no mínimo, estacionar as aeronaves que atravancam o espaço da Portela?
Post scriptum
Continuo em plena imersão na realidade palpável do país, mais precisamente pelo norte do país. Escrevo este post graças à rede Wi-Fi da Frei Tuck, na Rua Damião de Góis (Porto), uma franquícia de padarias-cafetarias onde pontifica a qualidade do fabrico, a atenção ao cliente, a limpeza e o conforto. Tudo o que um escritor fora de água pode desejar! Segunda Feira sigo para Oliveira do Douro, para saber como vão as vindimas, e as florestas de pinho.
A Madeira tornou-se numa jangada cheia de buracos, que em breve ira ao fundo
O palhaço corrupto de nome Jardim deve ser pura e simplesmente levado a tribunal por roubo da Republica e traiçao verbal reiterada a Portugal. Um pontape no traseiro indecoroso deste gangster seria o minimo que qualquer democracia a serio lhe aplicaria sem demora, nem paliativos retoricos. Quanto a ameaças separatistas nao ha nada de novo para aprender sobre o tratamento que as democracias devem aplicar a semelhantes trastes.
Por triste e anti-patriotico que soe, a nossa viabilidade economica depende de quem mandar nos nossos indecorosos politicos e na nossa imprestavel elite de burgueses incultos, sem espinha dorsal e subsidiodependentes ha geracoes... Se Bruxelas e a Troika nao forem suficientemente firmes e persistentes, a corja em que se transformou a nossa nomenclatura demo-populista arruinara sem remorso o pais, como o exemplo do escroque Jardim prova tao abundantemente.
Os cortes na despesa comecaram finalmente a surgir
Governo suprime 1712 lugares dirigentes na Administração Central verno suprime 1712 lugares dirigentes na Administração Central -- Publico.
Boas noticias. Mas seria fundamental ir ate ao fundo da questao: se o Estado nao pode fazer tudo, nem empregar toda a gente, nem acudir a todas as nossas imperiosas necessidades, sem se afogar em dividas e sem assassinar fiscalmente a democracia, que Estado queremos ter com os meios de que efectivamente podemos dispor? Tudo gratuito para todos tornou-se uma quimera, nao apenas impossivel, mas simbolo maior da democracia populista que arruinou Portugal. Quais as prioridades que queremos e podemos pagar na saude, na educacao, na velhice? Temos que ganhar coragem para decidir!
Se para alguma coisa servem a tecnologia e as redes sociais e', nomeadamente, para operarem uma revolucao na qualidade, extensao, gratuitidade relativa e grande inovacao nas principais e mais caras responsabilidades publicas de uma democracia inteligente e honesta (em vez de populista e corrupta): a saude preventiva, curativa e paliativa, a educacao e certificaçao permanentes e a seguranca social. Faz, por exemplo, algum sentido manter o negocio absurdo dos manuais escolares que sobrecarregam anualmente os orçamentos familiares? Como este escandaloso exemplo, ha centenas ou milhares parecidos, cuja superacao com solucoes tecnologicas ha muito disponiveis fariam toda a diferenca nos orçamentos publicos e privados da nossa produtividade e competitividade economicas e culturais. Portugal seria outro se a medida hoje anunciada por Passos de Coelho, certamente pela pressao ja impaciente da Troika e dos 20 governantes independentes do actual governo, fosse mais longe e desse de facto inicio a uma reforma profunda da coisa publica portuguesa. Temos que reformar o Estado, pois so começando por aqui, reformaremos em paz a nossa democracia, infelizmente capturada por uma partidocracia indecorosa (do BE ao CDS, passando pelo Bloco Central) que nada mais tem para se gabar do que a bancarrota de Portugal!
Demitam os CA das empresas publicas, quanto antes!
Se este governo nao quiser deixar-se comer vivo pela corja instalada, e que nao desgruda, o melhor mesmo sera agir quanto antes, de forma certeira, sem rodeios, e em profundidade, demitindo de uma assentada os conselhos de administracao socratinos que continuam de pe e andaram estes ultimos meses e semanas a mentir descaradamente ao governo.
Especifico: o governo deveria demitir imediatamente, por falta obvia de lealdade institucinal e ma gestao, os conselhos directivos da ANA, TAP, CP, Refer, Metro de Lisboa e Carris. E acabar, pois claro, com a Parpublica!
Depois de despedidos com justa causa os inuteis que levaram estas empresas ao colapso, sem por isso deixarem de ganhar e dar a ganhar lautos vencimentos aos familiares de familia e partido, estas empresas, ja com nova gestao provisoria, deveriam fazer o spin off e preparar-se efectivamente para uma privatizacao com pes e miolos, es decir, com racionalidade economica e indiscutivel responsabilidade social.
A canalha que ainda esta onde ja nao devia estar, apenas pode prejudicar ainda mais este pobre pais e entalar desnecessariamete o governo.
Va la Pedrocas, acorda! Nao tens muito tempo. A bancarrota de Portugal esta ao virar da esquina!!
Pergunto a este proposito ao ministro Alvaro Santos Pereira o seguinte: sabia que a estacao de Metro do Aeroporto da Portela devia ter inaugurado em 2010? Porque nao inaugurou ainda, depois de a data da inauguracao ter sido sucessivamente adiada para o fim do primeiro, e depois para o fim do segundo semestre de 2011? Algum problema tecnico ou financeiro irresoluvel? Eu tenho uma explicacao obvia: o lobi do embuste da Ota em Alcochete, onde vegetam piratas do PS, do PSD e do CDS (e ate do PCP, claro), encaram, e bem, esta inauguracao como mais uma demonstracao clara de que o seu intuito de enterrar o pais em Alcochete, como Atenas enterrou a Grecia com aventuras de corrupao e ganancia semelhantes, nao passa duma quimera assente numa mentira, e, afinal de contas, num crime publico!
Michael O Leary, CEO da Ryanair, pergunta: a ANA não nos autoriza voar em Lisboa. Porquê?
O CEO da empresa (...) em conferência de imprensa informou sobre os planos da companhia para o mercado português (Faro e Porto) e, sobretudo, interrogou a gestão do aeroporto de Lisboa (ANA) sobre o porquê de o Terminal 2 não estar a ser utilizado por low costs… como a Ryanair.Ryanair, Michael O’Leary, marcou presença pela primeira vez em Lisboa.
Alguns factos que transpareceram na comunicação:
“A Ryanair foi responsável por 80% do crescimento de tráfego da ANA no Porto e Faro, fornecendo mais de 590.000 passageiros do total de 740.000 do crescimento de tráfego destes aeroportos no primeiro trimestre semestre de 2011;
Focou o facto do memorandum de entendimento com a Troika pedir o investimento em companhias low cost e do Turismo de Lisboa exigir mais aviação low cost;
Michael O’Leary considera que o Terminal 2 é perfeito para ser utilizado pela Ryanair. “Por alguma razão disseram-nos que não na última reunião que tivemos com a ANA”;
O aeroporto de Lisboa está limitado a 14 milhões de passageiros anuais quando devia conseguir 20 milhões. Não atinge o valor por “não ter companhias low cost”;
Com uma base em Lisboa, a Ryanair promete o transporte de 3 milhões de passageiros anuais no terceiro ano de operações no Terminal 2;
Acusou a ANA de bloquear a entrada da Ryanair em Lisboa e de não promover a concorrência. Indirectamente, “supôs” que se esteja a proteger a TAP;
“A ANA e o turismo português serão beneficiários de uma base Ryanair na capital”. Seriam criados 2.000 postos de trabalho indirectos e 1.000 directos;
“Quando anunciamos uma base, cumprimos. Não é o caso da easyJet que fez um anúncio há 12 meses e ainda não iniciou operações”;
“Porto e Faro são a resposta de que podemos crescer um destino. Podemos fazê-lo em Lisboa. Precisamos do apoio do governo para que isso aconteça”;
“ANA não quer que a Ryanair baseie aviões em Lisboa. As últimas negociações decorreram há 12 meses”;
“Estamos a perder dinheiro nas bases Porto e Faro. Dentro de 12 a 18 meses iremos obter lucro”;
“Voar para Beja? Não… porquê se há em excelentes condições em Lisboa?”
O Antonio Barreto, com aquele seu ar de Pitonisa dorida, arengou no JN de hoje sobre o Douro (dizia o titulo do artigo). Mas nao, so falou do Vinho do Porto e da saga incestuosa das suas execraveis instituicoes. Se n fossem os ingleses, ao contrario do q afirma erroneamente o historiador de barbicha trotskysta, nem tinha havido alguma vez Vinho do Porto, nem, depois de ter sido inventado e mundialmente popularizado pelo bifes de suas majestades britanicas, continuaria a existir nos dias q correm. Ignorara porventura a Pitonisa dorida que o Douro nao existe sem o rio que lhe da o nome? Que pensa e diz o historiador distraido, das barragens assassinas do Mexia , Socrates e Companhias? Ja ouviu falar de destruicao de rios por segmentacao hidroelectrica? Ja ouviu falar de eutrofizacao das albufeiras? Sabe o mal q a vinha e o olival intensivos podem fazer a um rio e afluentes com margens ingremes como Douro, o Sabor, o Tua, ou o Bestança? Meu caro Antonio Barreto, estude a realidade em vez de posar para a historieta do pais!
Barragens assassinas
O estudo tecnico mais actualizado sobre o embuste das novas barragens que Socrates e a EDP congeminaram, escrito por Joanaz de Melo, depois da oportuna critica q lhe foi dirigida, demonstra claramente q a sujeicao de 75 anos que querem impor aos portugueses, cobrando-lhes uma factura de 16 mil milhoes de euros pelo caminho, nao vai trazer apenas mais 3% de energia electrica/ano. Nao senhor, vai trazer mais 0% de energia electrica/ano! Se isto nao configura o maior roubo do bem comum alguma vez arquitectado contra os portugueses, entao nao sei de que "corrupcao" fala o jovial To Ze Seguro, novo secretario-geral do Partido Socialista. Va la homem, comece a trabalhar e a fazer algo de util pelas suas proprias promessas!
Ando a redescobrir o Porto e Cinfaes, mais precisamente, o antigo concelho de Ferreiros de Tendais, perto de Aregos, onde me prende um galho genealogico que comecei a estudar, lendo cartas, contratos e testamentos desde 1870. Nao deixa de ser extraordinario o pouco que os galaico-lusitanos mudaram desde entao!
Nao se trata de uma critica, mas da confirmacao de uma tese conservadora q alimento ha algum tempo: o nosso atraso, ou a resistencia a certas corridas progressistas, tem-nos defendido da extincao. Por exemplo, o facto de dezenas, se nao mesmo centenas de milhar de portugueses ainda terem um bocado de terra seu, faz de todos nos um pais bem mais rico do que, por exemplo, os Estados Unidos, ou a Inglaterra. Quanto mais desesperada for a crise energetica mais claramente perceberemos este detalhe de sobrevivencia!
Observacoes de um turista acidental pela cidade do Porto
Na realidade nao sou turista, mas retornado intermitente. Estou a apaixonar-me de novo por esta cidade.
Notas de passeio: pobreza a cada esquina, mas ainda assim dignidade e estoicismo em cada loja, passeio, e pastelaria. Os ricos e novos ricos empobrecidos continuam na mesma, como quando eu estudava Portugues com Oscar Lopes no agora liceu Rodrigues de Freitas: hoje levam os caes a cagar os passeios sem cuidar de apanhar os presentes (supoem que como andam sempre de carro, nunca chegarao a pisar a merda). Desconhecem passadeiras para peoes, e continuam a deliciar-se com os seus "brutos carros". Andar na rua, para todos, do mais pobre ao mais rico, continua a exigir aparencia. As raparigas nao me deixam as orbitas em paz. Come-se divinalmente por 7 euros - eu disse divinalmente! E a cidade, bom a cidade tem uma verdadeira estrutura urbana (provavelmente a unica em todo o pais), quer dizer, ossatura de urbe, o contrario de Lisboa, onde temos a Baixa, os bairros historicos encavalitados ao longo da margem do Tejo, a margem do proprio Tejo, e depois, tudo o resto, incluindo as avenidas novas (excepto Alvalade) sao suburbios ou, na melhor das hipoteses, arredores (como Cascais e a praia onde vivo). As ruas do Porto sao a perder de vista, planas para andar, habitadas, movimentadas, promiscuas, comerciais, conviviais, atenciosas, onde conviver se mistura como aquilo que faz das cidades o contrario das aldeias e dos suburbios. As pessoas do Porto, salvo quando vao enfiadas nos brutos carros, sao de uma simpatia surpreendente para quem, como eu, apesar dos pais e avos nortenhos, se habituou ha decadas a uma cidade mais dura e heterogenea: Lisboa. Nao coloco uma cidade contra a outra. Vivo ambas como grandes dadivas da minha vida.
Abaixo de Braga
O Jota Seguro veio a Braga dizer nada. Que outra coisa poderiamos esperar de mais um cu pelado da politica partidocrata que temos? O Mario Soares, coitado, deve ter sentido o muro da historia tombar sobre os seus pergaminhos. Afinal foi obreiro de que coisa? Da queda da ditadura, nao foi concerteza. Da democracia populista e corrupta que temos, foi certamente um dos responsaveis. Nem a sua fundacao se safa, pobre diabo!
Lobi da Ota em Alcochete nao desiste
O Sol diz q Portugal se prepara para perder toda a sua credibilidade negocial e diplomatica perante Madrid e Bruxelas, deitando a perder centenas de milhoes de euros de investimentos ja realizados, outros tantos prometidos, e sobretudo a palavra dada em tres cimeiras ibericas.
Tudo isto por causa do lobi do embuste da Ota em Alcochete, de dois lideres partidarios q so no TGV dizem n poder falhar as imbecis promessas eleitorais que dizem ter feito, e da total desorientacao q a cada dia q passa devora os "politicos" do actual governo. Espero bem q os independentes n caiam na tentacao de ceder a ponto de nao poderem, nem exigir, nem corrigir, nem sair com dignidade do governo. Salazar, quando foi ministro das financas tb encontrou entao uns abranhos e uns abrunhos da mesma laia. Mandou-os bugiar e regressou a Coimbra. Depois, sabemos o q aconteceu. No caso vertente, se os independentes falharem, teremos duas hipoteses: a Troika passa a escrever a agenda do Conselho de Ministros, tout court, ou entao, fa-lo-ao directamente Bruxelas e Frankfurt. Dizer q uma ligacao ferroviaria para pessoas e mercadorias entre as duas capitais da peninsula iberica (+ de 10 milhoes de pessoas) seria uma ruina, ou coisa pouca, ou demasiado cara, alem dum insulto a nossa inteligencia, seria a prova cabal de q a corrupcao do Bloco Central estaria viva e bem viva (apesar do voto penitente do sacristao Seguro), e que, por uma vez, teria conseguido ludibriar a Troika, Bruxelas, Madrid, e todos nos, com a prestimosa colaboracao da desmiolada e indigente merdia lusitana.
Merdia lusitana significa o estado terminal a que chegou a falida, desmioalada e cada vez mais dispensavel imprensa escrita e audiovisual que temos. Toda ela se dobra, saliva e prostitui com quem lhe paga o servicinho de propaganda. Mandaram-na berrar, gesticular, denunciar, perseguir o "TGV" (uma quimera de que desconhecem absolutamente a origem e a natureza), e ela obedece. Mandaram-na escrever lencois e biblias sobre a solidez e o avanco tecnologico inultrapassavel da nossa banca, e assim fizeram. Pagaram-lhe para nao abrirem o bico sobre a TAP, o roubo da agua e a monumental burla das barragens, e como se constata, nao sai um pio sequer daquela honestidade toda, daquela sensibilidade cada vez mais efeminada e o seu putativo sacrossanto direito de investigar e contar a verdade. Desque quando tal acontece? Ou melhor, desde quando tal deixou de acontecder. Cherchez la putain!
O roubo da agua (1) e o embuste das barragens
O cabotino Mexia e a corja da Endesa e da Iberdrola querem atar os Portugueses durante 75 anos (75!) a um Plano Nacional de Barragens que vai custar mais de 16 mil milhoes de euros, para um ganho energetico igual a zero! Repito: zero!! Com este dinheiro fariamos toda a nova rede feroviaria portuguesa de bitola europeia, uma das poucas saidas economicas para um pais periferico quando o petroleo der o berro, ou for tao caro q nenhum TIR circulara pelas entao falidas, abandonadas, esburacadas, deserticas e re-nacionalizadas autoestradas portuguesas. Mais: a ligacao ferroviaria prevista entre o Poceirao (Pinhal Novo) e o Caia custara menos do que a Caixa Geral de Depositos emprestou ao Joe Berardo para jogar e perder no casino do BCP. Alguem teve ja a paciencia de explicar estas verdades aos senhores da Troika?
Post scriptum: as faltas de acentos e o texto corrido sao frutos de tres semanas de viagens. Quando regressar ao poiso habitual, volto a escrever com ortografia correcta e mais cudiado!
NOTAS
As araras da Esquerda clamam contra a privatizacao da Aguas de Portugal, confundindo a arvore com a floresta. O real problema chama-se Lei da Agua e o que a dita transfere em materia de exploracao privada dos recursos hidricos nacionais, do dominio publico, para o dominio privado... da EDP, da Iberdrola e da Endesa!!! Talvez o novo sacristao do PS, a quem auguro uma passagem curta pelo secretariado cor-de-rosa, se possa indignar com isto, depois de estudar o dossie, claro! Que tal To Ze, comecares por aqui a tua cruzada contra a grande corrupcao?
Touro morto na arena, Pamplona. Bernat Armangue—photo/AP (versão mod. p/ PB)
Aquilo a que se chama
produtos "tóxicos" são regra geral (1) contratos de derivados
financeiros, complexos (porque agrupam vários produtos financeiros em
pacotes embrulhados com designações que não permitem ver o que está lá
dentro), e negociados por debaixo da mesa, i.e. fora da bolsa e das
demais praças (como são, por exemplo, os mercados públicos das
"commodities": café, petróleo, trigo, arroz, carne argentina, etc.) A
esta negociação fora dos mercados "transparentes" chama-se OTC: Over The
Counter, que eu traduzo Por Debaixo da Mesa, na medida em que tais
contratos, embora registados no seu valor, não são negociados em praças
públicas (bolsas, etc.) e escapam aos organismos de supervisão
financeira.
O derivado mais antigo e simples, que não é
necessariamente "tóxico", é o chamado contrato de futuros, por
exemplo, um seguro de colheitas, um seguro contra naufrágios, um seguro
contra falências, ou contra alterações cambiais, etc. Um contrato de promessa de compra e
venda de trigo por um dado valor numa dada moeda realizado antes da colheita é um bom exemplo de um contrato de derivados (não financeiro).
Estes contratos existem desde que há comércio marítimo de longa
distância, mas com a exportação progressiva das actividades produtivas
(extração de matérias primas, produção industrial, serviços) do Ocidente
para os chamados países emergentes, a base material da economia
ocidental (a começar pela sobre endividada economia dos EUA) começou a decair. O modo como os gurus de Wall Street (de que tais Big Five são a marca distintiva)
reagiram a esta perda progressiva de riqueza real foi precisamente a especulação com os mercados de futuros, tornando este tipo de
contratos cada vez mais elaborados, opacos e fortemente apostados em
ganhar dinheiro a partir de operações de risco: por exemplo, apostando
na falência de um banco, ou de um país, apostando na subida e descida das taxas de
juro interbancários, ou na subida e descida das taxas de juro das Obrigações soberanas no mercado
secundário das dívidas públicas, etc.
Apostar contra/a favor das taxas de juro, ou a favor/contra as taxas de câmbio, são o principal jogo da
especulação financeira mundial de há umas duas décadas para cá, muito à frente das apostas no mercado
imobiliário especulativo (de que o Subprime foi o mais recente exemplo),
precisamente através dos tais produtos "tóxicos" que compõem o mercado
de derivados financeiros: CDO (Credit Debt Obligations), CDS (Credit
Default Swaps), Options, Naked Short Selling (vendas a descoberto sem garantia de recompra), etc....
Um dos principais estímulos
concertados desta monumental bolha especulativa foi o chamado Yen
Carry-Trade, i.e. a especulação com a moeda japonesa, e com as suas
baixíssimas taxas de juro interbancário. Porém, no momento em que a China
começou a emular este estratagema, e os Estados Unidos também decidiram
optar por uma política de desvalorização agressiva do dólar e de destruição das taxas
de juro, colocando-as cada vez mais perto de zero, o Yen Carry-Trade entrou em
colapso, e com este colapso, começou o turbilhão desse inimaginável
buraco negro financeiro chamado derivados.
A partir do
momento em que estes produtos se autonomizaram a ponto de serem vistos e
transaccionados como fichas de um gigantesco casino, o monstro do
mercado de derivados financeiros começou a crescer exponencialmente.
Hoje este mercado tem um valor "nocional" —quer dizer, um potencial de
exposição ou de risco— na ordem de 12x o PIB mundial, i.e. 12x63 000 000
000 000 = 756 biliões de USD (ou como dizem os americanos: $756
trillions)
Bastaria que 30% dos contratos de Derivados
dessem para o torto —e estão a dar!— para que se evaporassem da Terra
qualquer coisa como 226,8 biliões de dólares (68E12 USD)
É este maremoto financeiro que está em curso :(
Vale a pena ver os 6 episódios deste excelente doc.
NOTÍCIAS DO BURACO
A exposição dos cinco principais bancos americanos (JPMorgan Chase Bank, Bank of America, Goldman Sachs Bank USA, HSBC Bank USA) ao mercado de derivados financeiros, sobretudo envolvidos na especulação cambial (82%), com Credit Default Swaps (97,28% dos contratos), equivale a 4x o PIB mundial!
O crescimento desta exposição em 2010 (12,7%), a manter-se, seria claramente exponencial — i.e. virtualmente fora de controle.
Estes Big Five estão entre as dezassete instituições financeiras recentemente processadas pelas autoridades de Washington por terem defraudado a Fannie Mae e a Freddie Mac, causa principal do colapso do Subprime em 2007-2008.
É por estas e por outras que a imprensa anglo-saxónica berra histericamente e todos os dias contra os PIIGS. Estamos mal, sim, mas porque somos o elo fraco de uma cadeia de especulação e ganância mundiais com sede, precisamente, em Wall Street, sob o comando dos piratas que dirigem os Big Five.
CITAÇÕES
The notional value of derivatives held by U.S. commercial banks increased $12.8 trillion, or 5.5%, from the fourth quarter of 2010 to $244 trillion. The notional value of derivatives is 12.7% higher than a year ago. Derivative contracts remain concentrated in interest rate products, which comprise 82% of total derivative notional values. Credit derivatives, which represent 6.1% of total derivatives notionals, increased 5.3% to $14.9 trillion — in OCC’s Quarterly Report on Bank Trading and Derivatives Activities First Quarter 2011, Comptroller of the Currency Administrator of National Banks
World GDP in US$ (Wikipedia)
Listed by:
—IMF: 62,909,274,000,000
—World Bank: 63,048,823.000.000
—CIA: 63,170,000.000.000
JP Morgan still is the biggest HOLDER of derivative contracts. It has only $1.7 trillion in total assets while holding a hot hand of $73.6 trillion in derivatives! Wow. Talk about a heavy overhang of vapid paperwork that has no reality! Goldman Sachs has a mere $84 billion in assets but this lets them toy with $44 trillion in derivatives — in Culture of Life News.
NOTAS
Esta versão simplificada não dispensa aos interessados leituras mais detalhadas sobre o fenómeno. Ler este artigo na Wikipedia.