segunda-feira, dezembro 11, 2017

Raaaríssimas!

Paula Brito e Costa, Presidente da Raríssimas

Nem o Governo empregou tanta sumidade!


Uma boa parte das IPSS que se multiplicaram como cogumelos a partir de 2010 são organismos oportunistas. Vivem da desgraça alheia com o dinheiro excessivo que pagamos em impostos e com a dívida pública que, também por efeito desta forma de corrupção, não pára de crescer.

O assunto não é novo e já o denunciei por mais de uma vez neste blogue. Por isto mesmo, presidente da república, governo e deputados não podem invocar oportuna e santa ignorância na matéria. Sabem muito bem o que se passa. A sua indolência, quando não participação neste género misericordioso de assalto às finanças públicas, é mais uma causa do descrédito da nossa falida democracia. Lembro uma vez mais: a extrema direita ou a extrema esquerda populistas não medram nesta porcaria por acaso!

Quando ouvi a notícia, não liguei. Quando soube que era resultado de uma reportagem da Ana Leal na TVI, a minha orelha esquerda arrebitou. Quando li, depois, que o sítio web desta IPSS com designação tão sugestiva quanto muito idiota e aqui da Linha onde vivo, estava em baixo, inacessível, bloqueado, a outra orelha esticou!

Fui então ao Wayback Machine procurar o 'site' da subitamente desaparecida Raríssimas.

A descoberta é um verdadeiro mergulho no lado mais sombrio do regime. Não sabemos quantos, nem quem trabalha na instituição, não sabemos quantos pacientes são assistidos pela instituição, não há nenhum relatório e contas para ler, mas sobra propaganda e informação sobre os corpos sociais, consultores e assessores de tudo e mais alguma coisa, bem como sobre o “Apoio exclusivo da Pfizer”.

A Troika entalou momentaneamente as fundações que, tal como as IPSS, cresciam como cogumelos num país onde o capital foi devorado pela dívida pública e privada, e onde o que sobra da burguesia capitalista (quase ninguém), ou se dedica à exportação, com dificuldades crescentes, ou especula nas bolhas que vêm e vão, ou capitula perante a corte de rendeiros agarrados como carraças às tetas cada vez mais magras do Orçamento. Os credores continuam por cá. Sabem que o país já é deles, apesar da desparasitação ainda não ter terminado.

A leitura que vos proponho em seguida, é 100% elucidativa!



Extraído do sítio entretanto bloqueado da IPSS Raríssimas; entre parêntesis retos indicam-se o número de membros dos diversos órgãos da associação: 16 + 10 + 1 + 36 + 9 = 72.


ÓRGÃOS SOCIAIS ELEITOS PARA 2016/2019


MESA DA ASSEMBLEIA GERAL


Presidente: [1] Paulo Miguel Olavo Pitta e Cunha [Vieira de Almeida e Associados]

Vice-Presidente: [2] Patrícia de Sousa Lima [Vieira de Almeida e Associados]

Secretária:[3] Joana Filipa da Silva Leal [Vieira de Almeida e Associados]


DIREÇÃO


Presidente: [4] Paula Cristina Cardoso Brito da Costa

Vice-Presidente: [5] Joaquina Maria Magalhães Teixeira

Secretário: [6] Nuno Miguel Peixoto Branco

Vogal: [7] Ricardo Luís Oliveira de Carvalho Chaves

Vogal: [8] Marta Balula Pereira Dias

Vogal: [9] Salomé Conceição Silva Simões Gomes

Vogal: [10] Sandra Teresa Menezes Camacho Gonçalves

Vogal: [11] Maria da Conceição Alves Rodrigues


SUPLENTES


[12] Vasco José da Silva e Santos

[13] Luis António Graça Quaresma


CONSELHO FISCAL


Presidente: [14]  Trindade Nunes

Vogal: [15] José António Monteiro Gomes

Vogal: [16]  Francisco Ferreira Santos


CONSELHO CONSULTIVO DE REFLEXÃO ESTRATÉGICA


Criado com a finalidade de agilizar ações que movimentem, de forma expressiva, toda a sociedade portuguesa, em prol daqueles que sofrem de doenças raras.
Finanças, política da saúde, medicamentos, educação e comunicação são algumas das áreas que este conselho consultivo, presidido pela Dra. Leonor Beleza, representa.

[1] Maria Leonor Beleza  Maria Leonor Beleza (Presidente)
Presidente do Conselho de Administração da Fundação Champalimaud 

[2] António Cunha Vaz | Cunha Vaz & Associados - Consultores em Comunicação  António Cunha Vaz
Presidente e Managing Partner da Cunha Vaz & Associados 

[3] Fernando Ulrich
Presidente da Comissão Executiva do Conselho Administração do Banco BPI 

[4] Francisco Sá Carneiro
Sócio da Campos Ferreira, Sá Carneiro & Associados

[5] Isabel Mota
Membro do Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian 

[6] Maria da Graça Carvalho
Deputada do Parlamento Europeu pelo Grupo do Partido Popular Europeu (PPE)

[7] Maria de Belém Roseira
Membro da Comissão Permanente da Assembleia da República 

[8]  Pita Barros
Professor Catedrático da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa 

[9] Roberto Carneiro
Professor Associado da Universidade Católica Portuguesa 

[10] Rui Ivo 
Vice-Presidente do Conselho Diretivo da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) 


CONSULTOR DE COMUNICAÇÃO EM GESTÃO DE CRISE, LÓBI E RELAÇÕES INSTITUCIONAIS


[1] Martins Lampreia

Licenciado em História, estudou comunicação nas suas várias vertentes. Fundador e atual administrador da Omniconsul, conta com mais de 30 anos de experiência em consultadoria, public affairs e em gestão de crise. Acreditado como lobista junto do Parlamento Europeu, foi também consultor da União Europeia para assuntos de comunicação, professor e autor de vários livros técnicos sobre as diversas áreas das Ciências da Comunicação.


CONSELHO CIENTÍFICO


Com treze anos de trabalho reconhecido em Portugal, a Raríssimas pretende alargar as suas fronteiras e chegar aos doentes de todo o mundo. Para isso, e porque nada se faz sozinho, nada melhor do que reunir a excelência. Assim, convidámos os mais reconhecidos, qualificados e competentes cérebros nacionais para integrar os nossos conselhos e ajudar-nos a atingir novas metas. A criação destes conselhos surge, justamente, para fortalecer a gestão desta IPSS de elevado reconhecimento internacional. Os pareceres e orientações dos doutos pensadores que os integram permitirão à Raríssimas proteger e valorizar os seus doentes de forma mais eficaz, acompanhando e estimulando um melhor desempenho da gestão executiva, aprovando e coordenando a execução de estratégias, zelando sempre pela missão, valores e padrões éticos desta organização.

Do Conselho Científico constam os maiores especialistas portugueses em matéria de doenças raras que porão os seus saberes científicos, bem como a sua experiencia, ao serviço desta causa, promovendo sempre a gestão integrada do doente em detrimento da doença.

Ao Conselho de Gestão e Administração de Saúde, composto por alguns dos mais notáveis profissionais da área da gestão e economia, fica reservada a nobre tarefa de estudar e produzir documentos de referencia, para as necessárias opções económicas e financeiras a adotar governamentalmente, bem como apoiar a administração na reflexão estrutural dos seus projetos.

Ao Conselho para os Assuntos Políticos e Internacionais cumpre, fundamentalmente, apoiar a direção da Raríssimas naquilo que é a elaboração de documentos de base, acompanhar a respetiva implementação ao nível político; promover a representatividade da instituição junto dos parceiros internacionais; exercer uma magistratura de influência oferecendo, de outra parte, todo o knowhow que a acompanha.

Em nomes dos nossos doentes raros queremos agradecer profundamente o empenho destes profissionais e louvá-los por terem aceite o nosso desafio.


ÓRGÃOS EXECUTIVOS


[1] Luís Nunes  (Presidente)

Médico especialista em Genética e Pediatria
Responsável da Especialidade de Genética Médica do Hospital D. Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC)
Professor na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa

[2[ José Pedro Vieira

Médico especialista em Pediatria e Neurologia Pediátrica
Assistente Hospitalar Graduado do Hospital de Dona Estefânia (CHLC)
Consultor de Neurologia Pediátrica do Hospital SAMS e do Hospital dos Lusíadas
Secretário da Sociedade Portuguesa de Neuropediatria (2003-2006) e Presidente da Sociedade Portuguesa de Neuropediatria (2013-2016)
Ex-membro do Scientific Advisory Board da Cornelia de Lange Syndrome Foundation

[3] João Luís Baptista

Professor de Saúde Pública da Universidade da Beira Interior e Universidade Nova de Lisboa.
Médico Especialista em Medicina Tropical
Mestre em Ciências Biomédicas Tropicais   Doutor em Ciências da Saúde
Atividade académica em várias instituições nacionais e estrangeiras em várias áreas da saúde e do desenvolvimento, nomeadamente, Saúde Pública, Medicina Tropical, Infeciologia, Medicina do Viajante e Ação Humanitária

[4] Lina Ramos

Licenciada em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Membro do Colégio de Genética Médica da Ordem dos Médicos
Médica no Serviço de Genética Médica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
Médica no serviço de urgência na equipa de neonatologia da Maternidade Bissaya Barreto – Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais.
Vogal da Direção da Sociedade Portuguesa de Genética Humana

[5] Margarida Reis Lima

Licenciatura em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto
Especialista de Pediatria Médica e em Genética Médica
Chefe de Serviço de Genética Médica do quadro de Pessoal do IGM
Presidente da Sociedade Portuguesa de Genética Médica sendo membro da Direção da mesma


[6] Purificação Tavares

Médica especialista em Genética Médica da Ordem dos Médicos
Fundadora e CEO do CGC Genetics / Centro de Genética Clínica
Prof. Catedrática de Genética Médica e 
Membro da Direção do Colégio de Genética Médica da Ordem dos Médicos


MEMBROS DO CONSELHO

[7] Ana Berta

Licenciatura em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa
Responsável do Serviço de Genética do Hospital de Santa Maria/CHLN
Geneticista Clínica no Hospital da Luz
Membro da Direção do Colégio de Genética Médica da Ordem dos Médicos

[8] Ana Soudo

Lienciada em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa
Especialista em Medicina Física e de Reabilitação dos Hospitais Civis de Lisboa
Pós-graduação em Cuidados Paliativos Pediátricos - Universidade Católica Portuguesa
Assistente hospitalar graduada de Medicina Física e de Reabilitação no Hospital D.ª Estefânia
Colaboradora dos Hospitais da Luz e do Mar

[9] António Almeida

Licenciado em Medicina pela Universidade de Cambridge
Doutoramento pelo Imperial College de Londres
Hematologista no Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil
Coordenador do laboratório de diagnóstico de hemato-oncologia
Membro da Comissão Curricular da Associação Europeia de Hematologia

[10] Duarte Barral

Doutoramento em Biologia pela Universidade de Londres
Licenciatura em Biologia Microbiana e Genética pela  Faculdade de Ciências
Investigador Principal no Centro de Estudos de Doenças Crónicas Professor Auxiliar Convidado na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa.

[11] Eulália Calado

Médica especialista em Neurologia Pediátrica
Diretora do Serviço de Neuropediatria do Hospital D. Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC)
Coordenadora do Núcleo de Spina Bífida do Hospital D.Estefânia
Consultora de Neurologia Pediátrica do Centro de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian
Presidente da Federação das Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral
Membro da Comissão Nacional de Cuidados Paliativos Pediátricos da Sociedade Portuguesa de Pediatria

[12] Filipe Catela

Responsável pela Unidade de Urologia Pediátrica do Hospital D. Estefânia
Especialista em Cirurgia Pediátrica

[13] Francisco Batel Marques

Coordenador  da ALIBI - Association for Innovation and Biomedical Research on Light and Image
Diretor do CHAD - Centre for Health Technology Assessment and Drug Research
Professor Associado da Faculdade de farmácia da Universidade de Coimbra

[14] Francisco da Costa Domingues

Médico. Especialista de Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética
Diretor de Serviço de Cirurgia Plástica, Reconstrutiva, Estética e Maxilo-Facial do Centro Hospital de Lisboa Ocidental: – Hospital de Egas Moniz
Chefe de Equipa de Urgência
Participação em 51 Reuniões Científicas (Congressos, Seminários, Simpósios, etc.);autor ou co-autor em 58 Comunicações Científicas.
Participação em 6796 Intervenções Cirúrgicas, 3216 como Cirurgião Principal

[15] Gabriela Soares

Formada em Medicina pela Universidade do Porto, Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar
Especialidade de Genética Médica no Centro de Genética Médica Jacinto Magalhães
Consultora em Genética Medica
Assistente convidada das aulas práticas de Genética Clínica da Cadeira de Medicina II do 5.º ano do Mestrado Integrado em Medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar

[16] Hildeberto Correia

Licenciatura em Biologia na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
Mestre em Genética Humana pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
Assessor Superior da Carreira - Ramo Genética e Coordenador da Unidade de Citogenética e Citogenómica do Departamento de Genética Humana
Membro fundador da Sociedade Portuguesa de Genética Humana
Membro da Comissão Técnica Nacional de Diagnóstico Pré-Natal do Ministério da Saúde, Direção Geral da Saúde

[17] João Filipe Raposo

Licenciado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Especialidade de Endocrinologia pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa
Professor Auxiliar Convidado de Saúde Pública da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa
Diretor Clínico da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal

[18] João Gonçalves

Coordenador da Unidade de Genética Molecular do Departamento de Genética Humana do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge
Técnico Superior de Saúde - ramo de Genética
PHD em biologia- especialidade genética molecular

[19] Joaquim Calado

Professor de Medicina na Faculdade de Ciências Médicas, Universidade NOVA de Lisboa
Médico no departamento de Nefrologia no Hospital de Curry Cabral
Médico no departamento de Genética- ToxOmics – NOVA Medical School/Faculdade de Ciências Médicas

[20] Jorge Torgal

Médico especialista em Dermatologia e Venereologia e em Saúde Pública
Professor Catedrático da Nova Medical School / Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Nova de Lisboa
Presidente do INFARMED - Autoridade Nacional dos Medicamentos e Produtos de Saúde (2012-2012)
Diretor do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (2000-2010),
Sub-Diretor Geral de Saúde (1994-1998)

[21] Laura Vilarinho

Licenciada em Ciências Farmacêuticas pela Universidade do Porto
Doutorada em Ciências Biomédicas pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar
Investigadora do Departamento de Genética Humana do INSA - PI de um grupo de Investigação na área das doenças hereditárias do metabolismo
Professora convidada do Instituto Superior de Ciências da Saúde –Norte
Coordenadora da Comissão Executiva do Programa Nacional de Diagnóstico Precoce

[22] Luís Brito Avô

Licenciado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Lisboa
Consultor de Medicina Interna do Centro Hospitalar Lisboa Norte/ Hospital de Santa Maria
Assistente convidado da Faculdade de Medicina/ Universidade de Lisboa
Membro da Equipa Médica do Centro de Excelência em Doenças Lisosomais de Sobrecarga da Zona Sul – CHLN/ H.Santa Maria
Coordenador do Núcleo de Estudos de Doenças Raras da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna

[23] Luís Pisco

Médico especialista em Medicina Familiar e em Medicina do Trabalho
Vice-Presidente do Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo
Professor convidado do Departamento de Medicina Geral e Familiar da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa.
Sócio fundador e membro da Direção da Sociedade Portuguesa para a Qualidade na Saúde.
Honorary Fellow do Royal College of General Practitioners e da WONCA Europa

[24] Luís Varandas

Assistente Hospitalar Graduado de Pediatria Médica do Hospital Dona Estefânia, Unidade de Infecciologia do HDE
Coordenador do Gabinete de Cooperação do HDE e da Consulta de Medicina das Viagens do HDE
Membro do Grupo de Coordenação Local do Programa de Prevenção e Controlo de Infeção e Resistência aos Antimicrobianos, Centro Hospitalar Lisboa Central, EPE
Professor Auxiliar Convidado de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Nova de Lisboa

[25] Luísa Monteiro

Licenciatura em Medicina pela Faculdade de Medicina de Lisboa
Mestrado em Audiologia pela Faculdade de Ciências Médicas
Especialidade em Otorrinolaringologia
Diretora de Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Dona Estefânia
Coordenadora do Rastreio Auditivo Neonatal Universal da ARSLVT
Coordenadora do Unidade de Otorrinolaringologia do Hospital Lusíadas Lisboa

[26] Luisa Santos

Presidente do Conselho de Administração do Instituto de Oftalmologia Doutor Gama Pinto
Assistente Livre na cadeira de Oftalmologia da Faculdade de Medicina de Lisboa
Pós Graduação em Gestão de Unidades de Saúde na Universidade Católica Portuguesa

[27] Manuel Cassiano Neves

Responsável pela Unidade de Ortopedia Pediátrica e do Adolescente  Departamento Ortopedia
Hospital CUF Descobertas Lisboa
Membro do Conselho Editorial do Journal Pediatric Orthopaedics
Membro do Conselho Editorial do Journal Children’s Orthopaedics
Membro do Conselho Editorial da European Journal of Orthopaedics and Traumatology

[28] Manuela Grazina

Licenciada em Bioquímica pela Universidade de Coimbra
Doutorada em Ciências Biomédicas, na área de Genética Bioquímica, com Pós-Graduação em Biomedicina, Mestre em Biologia Celular (especialização em Neurogenética) e especializada em Genética Humana, Genética Bioquímica, Neurociências e Farmacogenómica
Responsável do Laboratório de Bioquímica Genética
Investigadora do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra

[29] Margarida España

Médica dinamizadora da Unidade de Intervenção Ambulatória junto da Comissão de Controlo da Infecção Hospitalar
Responsável da Cirurgia de Ambulatório da área de Cirurgia Hospital D. Estefânia
Responsável do Ensino Pré Graduado da área de Cirurgia Hospital D. Estefânia
Coordenadora da Unidade de Intervenção Ambulatória Hospital D. Estefânia
Coordenadora do ensino da área de Cirurgia Pediátrica no âmbito da Cadeira de Clínica Pediátrica da Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa

[30] Micaela Serelha

Coordenadora da UCIN do Hospital D. Estefânia

Membro da Comissão da Qualidade e Segurança do Doente do Centro Hospitalar Lisboa Central (CHLC), EPE
Membro da Comissão Técnica de Certificação de Interrupção de Gravidez
Diretora Clinica Adjunta do Hospital de Dona Estefânia - CHLC, EPE

[31] Michel Kranendonk

Ph.D. em Toxicologia Molecular
Membro do Conselho de Coordenação do Centro de Toxicogenómica e Saúde (ToxOmics) da Universidade de Lisboa
Coordenador do Projeto de Investigação em Domain Dynamics and Control of Electron flux da Fundação para a Ciência e Tecnologia
Supervisor de programas de investigação de 31 alunos

[32] Pedro Magro

Licenciado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Lisboa
Especialização em Ortopedia e Traumatologia
Assistente Hospitalar Graduado no Hospital de Cascais Dr. José D´Almeida
Membro da Comissão de Ética do  Hospital de Cascais
Fundador da Associação Portuguesa de Osteógenese Imperfeita

[33] Rui Bajanca  Rui Bajanca

Licenciado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa
Especialista em Dermatologia e Venereologia
Assistente hospitalar graduado
Dermatologia Pediátrica e Dermatopatologia na Unidade de Dermatologia do Centro Hospitalar de Setúbal/ Hospital de S. Bernardo
Membro da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia
Membro da International Society of Dermatopathology
Membro da European Society of Dermatology
Membro do Grupo Português de Dermatopatologia

[34] Salomé Almeida

Licenciada em Bioquímica e doutorada em Genética Molecular, pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
Investigadora convidada no Centro de Biomedicina Molecular e Estrutural da Universidade do Algarve
Assistente de Investigação do Centro de Investigação, no Serviço de Genética Médica, do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE.
Consultora para as Doenças Raras no Serviço de Genética Médica do Hospital D. Estefânia

[35] Sérgio Dias

Licenciatura em Biologia pela Universidade de Lisboa
PhD em Tumor Immunology pelo Imperial Cancer Research Fund/University College London
Investigador Associado no Instituto de Medicina Tropical de Lisboa
Investigador Associado em Tumor Immunology, no Biological Therapies Lab do Imperial Cancer Research Fund em Londres

[36] Sónia Dias

Professora Associada com Agregação da Unidade de Saúde Pública Internacional e Bioestatística do Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa Doutorada em Saúde Internacional pelo IMHT/UNL
Licenciada em Psicologia pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa


CONSELHO DE GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO DE SAÚDE


[1] Ana Escoval

Licenciada em Economia e doutorada em Gestão
Doutoramento em Gestão, na especialidade de Métodos Quantitativos de Gestão, Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE);
Professora Auxiliar convidada, na Escola Nacional de Saúde Pública;
Investigadora coordenadora no projeto Inovação em políticas de saúde: o caso da contratualização em Portugal, na ENSP/UNL

[2] Francisco Ramos

Licenciado em Economia pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa
Diplomado em Administração Hospitalar pela Escola Nacional de Saúde Pública
Presidente do Conselho de Administração do Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil Presidente do Conselho Diretivo do Grupo Hospitalar dos IPO´s
Professor Auxiliar Convidado de Economia de Saúde na Escola Nacional de Saúde Pública, Universidade Nova de Lisboa

[3] João Carvalho das Neves

Doutorado pela Manchester Business School
Professor Catedrático em gestão no ISEG
Membro do Conselho Geral e de Supervisão da EDP
Presidente da ACSS-Administração Central do Sistema de Saúde, IP (2011-2014)
Administrador do BPN (2008) e da SLN (2008-2009)
Administrador judicial (1993-1998) da Torralta, da TVI e do Casino-Hotel de Tróia

[4] Pedro Pita Barros

Doutorado em Economia
Professor Catedrático da Faculdade de Economia, Universidade Nova de Lisboa
Vice-Reitor da Universidade Nova de Lisboa
Presidente da European Health Economics Association
Membro da Direção do  Instituto de Políticas Públicas Thomas Jefferson


CONSELHO PARA OS ASSUNTOS POLÍTICOS E INTERNACIONAIS


[5] Emília Santos

Licenciada em Psicologia pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto
Mestrado em Gestão e Políticas Públicas, pelo ISCSP da Universidade de Lisboa
Pós-graduação em Comunicação e Marketing Político, pelo ISCSP da Universidade de Lisboa
Deputada à Assembleia da República
Membro da Comissão Parlamentar da Educação, Ciência e Cultura
Membro da Comissão Parlamentar de Segurança Social e Trabalho

[6] Martins Lampreia

Especialista em Lóbi (Lobbying/Public Affairs) e em gestão de crise (Crisis Management), está acreditado como Lobista no Parlamento Europeu e Comissão Europeia e desenvolve a sua Atividade de consultor em Portugal e junto das Instancias Europeias em Bruxelas  Administrador da Omniconsul – Public Affairs Consultancy
Trabalha há 35 anos no sector da Comunicação Empresarial, tendo exercido a sua atividade como pesquisador, professor e consultor

[7] Jorge Silva Lopes

Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa
Ministro Plenipotenciário
Subchefe do Protocolo do Estado, no Ministério dos Negócios Estrangeiros 2012

[8] Ricardo Baptista Leite

Médico licenciado pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa
Coordenador Científico de Saúde Pública no Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa
Deputado à Assembleia da República onde integra a Comissão de Saúde
Coordenador na Comissão de Negócios Estrangeiros e das Comunidades Portuguesas

[9] Raúl Almeida

Licenciado em Ciência Política e Relações Internacionais
Coordenador do Grupo Parlamentar na 12ª Comissão para a Ética, a Cidadania e a Comunicação
Membro da Comissão de Segurança Social e Trabalho
Membro da Comissão de Assuntos Europeus.



Sobre a chaga dos que especulam com a desgraça alheia, neste mesmo blogue.

A Bolha da Fome

Os rendeiros da fome

Com nata e sem impostos, por favor!

A impotência dos devoristas


Reportagem de Ana Leal - TVI

sexta-feira, dezembro 08, 2017

Documenting what, how, and against who?

Gerhard Richter
 Porträt Arnold Bode
 (Portrait of Arnold Bode, 1964)[cropped]

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159 invited artists

6 born in Germany


  • Can you imagine an exhibition in US with such a proportion of native artists relative to non native ones?
  • Can you imagine an exhibition in Russia with such a proportion of native artists relative to non native ones?
  • Can you imagine an exhibition in China with such a proportion of native artists relative to non native ones?
  • Can you imagine an exhibition in Japan with such a proportion of native artists relative to non native ones?
  • Can you imagine an exhibition in UK with such a proportion of native artists relative to non native ones?
  • Can you imagine an exhibition in India with such a proportion of native artists relative to non native ones?
  • Can you imagine an exhibition in Turkey with such a proportion of native artists relative to non native ones?
  • Can you imagine an exhibition in Iran with such a proportion of native artists relative to non native ones?
  • Can you imagine an exhibition in Brasil with such a proportion of native artists relative to non native ones?
  • Can you imagine an exhibition in France with such a proportion of native artists relative to non native ones?
  • Can you imagine an exhibition in Spain with such a proportion of native artists relative to non native ones?
  • Can you imagine an exhibition in Portugal with such a proportion of native artists relative to non native ones?

Artists

Abounaddara
Akinbode Akinbiyi
Nevin Aladağ
Danai Anesiadou
Andreas Angelidakis
Aristide Antonas
Rasheed Araeen
Ariuntugs Tserenpil
Michel Auder
Alexandra Bachzetsis
Nairy Baghramian
Sammy Baloji
Arben Basha
Rebecca Belmore
Sokol Beqiri
Roger Bernat
Bili Bidjocka
Ross Birrell
Llambi Blido
Nomin Bold
Pavel Brăila
Geta Brătescu
Miriam Cahn
María Magdalena Campos-Pons and Neil Leonard
Vija Celmins
Banu Cennetoğlu
Panos Charalambous
Nikhil Chopra
Ciudad Abierta
Marie Cool Fabio Balducci
Anna Daučíková
Moyra Davey
Yael Davids
Agnes Denes
Manthia Diawara
Beau Dick (1955–2017)
Maria Eichhorn
Hans Eijkelboom
Bonita Ely
Theo Eshetu
Aboubakar Fofana
Peter Friedl
Guillermo Galindo
Regina José Galindo
Israel Galván, Niño de Elche, and Pedro G. Romero
Daniel García Andújar
Pélagie Gbaguidi
Apostolos Georgiou
Yervant Gianikian and Angela Ricci Lucchi
Gauri Gill
Marina Gioti
Beatriz González
Douglas Gordon
Hans Haacke
Constantinos Hadzinikolaou
Irena Haiduk
Ganesh Haloi
Anna Halprin
Dale Harding
David Harding
Maria Hassabi
Edi Hila
Susan Hiller
Hiwa K
Olaf Holzapfel
Gordon Hookey
iQhiya
Sanja Iveković
Amar Kanwar
Romuald Karmakar
Andreas Ragnar Kassapis
Kettly Noël
Bouchra Khalili
Khvay Samnang
Daniel Knorr
Katalin Ladik
Lala Rukh (1948–2017)
David Lamelas
Rick Lowe
Alvin Lucier
Ibrahim Mahama
Narimane Mari
Mata Aho Collective
Mattin
Jonas Mekas
Angela Melitopoulos
Phia Ménard
Lala Meredith-Vula
Gernot Minke
Marta Minujín
Naeem Mohaiemen
Hasan Nallbani
Joar Nango
Rosalind Nashashibi and Nashashibi/Skaer
Negros Tou Moria
Otobong Nkanga
Emeka Ogboh
Olu Oguibe
Rainer Oldendorf
Pauline Oliveros (1932–2016)
Joaquín Orellana Mejía
Christos Papoulias
Véréna Paravel and Lucien Castaing-Taylor
Benjamin Patterson (1934–2016)
Dan Peterman
Angelo Plessas
Nathan Pohio
Pope.L
Postcommodity
Prinz Gholam
R. H. Quaytman
Gerhard Richter
Abel Rodríguez
Tracey Rose
Roee Rosen
Arin Rungjang
Ben Russell
Georgia Sagri
Máret Ánne Sara
Ashley Hans Scheirl
Marilou Schultz
David Schutter
Algirdas Šeškus
Nilima Sheikh
Ahlam Shibli
Zef Shoshi
Mounira Al Solh
Annie Sprinkle and Beth Stephens
Eva Stefani
K. G. Subramanyan (1924–2016)
Vivian Suter
El Hadji Sy
Sámi Artist Group (Keviselie/Hans Ragnar Mathisen, Britta Marakatt-Labba, Synnøve Persen)
Terre Thaemlitz
Piotr Uklański
Jakob Ullmann
Antonio Vega Macotela
Cecilia Vicuña
Annie Vigier & Franck Apertet (les gens d’Uterpan)
Wang Bing
Lois Weinberger
Stanley Whitney
Elisabeth Wild
Ruth Wolf-Rehfeldt
Ulrich Wüst
Zafos Xagoraris
Sergio Zevallos
Mary Zygouri
Artur Żmijewski

Zainul Abedin (1914–1976)
Stephen Antonakos (1926–2013)
Arseny Avraamov (1886–1944)
Ernst Barlach (1870–1938)
Étienne Baudet (ca. 1638–1711)
Samuel Beckett (1906–1989)
Franz Boas (1858–1942)
Arnold Bode (1900–1977)
Lorenza Böttner (1959–1994)
Marcel Broodthaers (1924–1976)
Lucius Burckhardt (1925–2003)
Abdurrahim Buza (1905–1986)
Vlassis Caniaris (1928–2011)
Sotir Capo (1934–2012)
Cornelius Cardew (1936–1981)
Ulises Carrión (1941–1989)
Agim Çavdarbasha (1944–1999)
Chittaprosad (1915–1978)
Jani Christou (1926–1970)
Chryssa (1933–2013)
André du Colombier (1952–2003)
Gustave Courbet (1819–1877)
Christopher D’Arcangelo (1955–1979)
Bia Davou (1932–1996)
Maya Deren (1917–1961)
Ioannis Despotopoulos (1903–1992)
Thomas Dick (1877–1927)
Carl Friedrich Echtermeier (1845–1910)
Maria Ender (1897–1942)
Forough Farrokhzad (1935–1967)
Conrad Felixmüller (1897–1977)
Pavel Filonov (1883–1941)
Niccolò di Pietro Gerini (1340–1414)
Tomislav Gotovac (1937–2010)
Jacob and Wilhelm Grimm (1785–1863, 1786–1859)
Ludwig Emil Grimm (1790–1863)
Giovanni di ser Giovanni Guidi (1406–1486)
Cornelia Gurlitt (1890–1919)
Louis Gurlitt (1812–1897)
Nikos Hadjikyriakos-Ghika (1906–1994)
Oskar Hansen (1922–2005)
Sedje Hémon (1923–2011)
Theodor Heuss (1884–1963)
Karl Hofer (1878–1955)
Ralph Hotere (1931–2013)
Albert Jaern (1893–1949)
Iver Jåks (1932–2007)
Sunil Janah (1918–2012)
Alexander Kalderach (1880–1965)
Tshibumba Kanda Matulu (1947–1981 disappeared)
Leo von Klenze (1784–1864)
Kel Kodheli (1918–2006)
Louis Kolitz (1845–1914)
Spiro Kristo (1936–2011)
KSYME-CMRC (founded 1979)
Anna “Asja” Lācis (1891–1979)
Maria Lai (1919–2013)
Yves Laloy (1920–1999)
Valery Pavlovich Lamakh (1925–1978)
George Lappas (1950–2016)
Karl Leyhausen (1899–1931)
Max Liebermann (1847–1935)
George Maciunas (1931–1978)
Ernest Mancoba (1904–2002)
Oscar Masotta (1930–1979)
Mikhail Matyushin (1861–1934)
Pandi Mele (1939–2015)
Tina Modotti (1896–1942)
Benode Behari Mukherjee (1904–1980)
Krzysztof Niemczyk (1938–1994)
Ivan Peries (1921–1988)
David Perlov (1930–2003)
André Pierre (1915–2005)
Dimitris Pikionis (1887–1968)
Dmitri Prigov (1940–2007)
Hasan Reçi (1914–1980)
W. Richter
Anne Charlotte Robertson (1949–2012)
Erna Rosenstein (1913–2004)
August Wilhelm and Friedrich Schlegel (1767–1845, 1772–1829)
Bruno Schulz (1892–1942)
Scratch Orchestra (1969–1974)
Tom Seidmann-Freud (1892–1930)
Allan Sekula (1951–2013)
Baldugiin Sharav (1869–1939)
Amrita Sher-Gil (1913–1941)
Vadim Sidur (1924–1986)
August Spies (1855–1887)
Foto Stamo (1916–1989)
Gani Strazimiri (1915–1993)
Władysław Strzemiński (1893–1952)
Alina Szapocznikow (1926–1973)
Yannis Tsarouchis (1910–1989)
Antonio Vidal (1928–2013)
Albert Weisgerber (1878–1915)
Lionel Wendt (1900–1944)
Johann Joachim Winckelmann (1717–1768)
Fritz Winter (1905–1976)
Basil Wright (1907–1987)
Andrzej Wróblewski (1927–1957)
Ivan Wyschnegradsky (1893–1979)
Iannis Xenakis (1922–2001)
Androniqi Zengo Antoniu (1913–2000)
Pierre Zucca (1943–1995)


Last (unsustained) paragraph by 73 of the 159 participants:


“A Germany-first, Kassel-only, Eurocentric stance goes against the values of documenta 14. Our exhibition, documenta 14, was built up by a vast diversity of artistic practices, and drew on the legacy of the previous four editions of documenta, in which the (global) South confidently asserted a position within contemporary art production, further challenging and changing the key parameters of the discourse in question.[21] Documenta should not turn away from its own trajectory and return to a conservative triumphalist European model of a contemporary art exhibition. On the contrary, it must stay free from political interference in order to be able to add important voices to contemporary discourses and fulfill its mission of materializing artistic freedom.”


quarta-feira, dezembro 06, 2017

República Virtual da Andaluzia


O albergue espanhol voltou a entrar em ebulição


El líder de este movimiento de escritor, poeta y pintor malagueño, Pedro Ignacio Altamirano (en foto con Oriol Junqueras tras ser recibido en Barcelona), declaraba recientemente a ELPLURAL.COM que una nueva República Independiente andaluza “daría paso a un nuevo país con más de 13 millones de habitantes y 124.000 kilómetros cuadrados de extensión. La capital de tan amplio y nuevo país sería Sevilla”. 
Constituida la República Virtual de Andalucía junto Murcia, el Algarve y el Rif marroquí - El Plural.

Talvez não passe de uma manobra de diversão... de Madrid. Mas a Catalunha é um assunto sério, sobretudo porque vai acabar por agitar a situação no País Basco, e na Galiza!

A proximidade económica (e sobretudo financeira!) entre Portugal e Espanha é grande, mas a proximidade mediática e cultural é cada vez menor. Na realidade, basta ler a imprensa espanhola ou ver a sua televisão, ou ouvir a sua rádio, para percebermos como Portugal continua a não existir no consciente dos nossos vizinhos. Cristiano Ronaldo sabe bem do que falo...

Esta fronteira existe, aliás, nos dois sentidos. Também por cá o que se passa em Espanha parece coisa doutro planeta. Mas não é.

A Espanha vive uma profunda crise de identidade desde o século 19, sobretudo depois de 1898, ou seja, desde que perdeu o seu império. Esta longa crise traduziu-se em três guerras civis no século 19 —as chamadas Guerras Carlistas, que duraram por junto catorze anos— e na grande Guerra Civil de 1936-39 (que na Galiza, na verdade, durou até 1956!). Esta última carnificina foi desencadeada após o fracasso da Segunda República constitucional espanhola iniciada em 1931 por abdicação voluntária do rei Afonso XIII. Morreram entre 250 mil e mais de um milhão de pessoas. A Constituição de 1931 manteve-se em vigor até à vitória de Francisco Franco (1939), ou até 1977, se aceitarmos a versão da chamada República Espanhola no exílio.

O regresso da monarquia pós-Franco foi uma espécie de compromisso entre os vencedor da guerra civil, que só sairia do poder depois de uma longa agonia e morte — em novembro de 1975, e a Europa. A Espanha tornou-se progressivamente numa monarquia democrática assente no que ficou a ser conhecido como o Estado das Autonomias. Acontece que esta arquitetura da soberania espanhola é intrinsecamente instável, e necessita de muito dinheiro para sobreviver. Se este faltasse, o que vem acontecendo desde o colapso financeiro de 2008, os fantasmas da identidade espanhola acabariam sempre por regressar. Como está neste momento a acontecer.

Pretender resumir a gravidade desta questão antiga à deriva populista das esquerdas nacionalistas catalãs é fechar os olhos ao problema. E a cegueira política, como sabemos, e Goya sabia melhor que ninguém, gera monstros.

O alheamento português da questão espanhola que regressa é um sinal da indolência, oportunismo e perigosa falta de visão estratégica das nossas elites. Uma coisa é a posição oficial do governo e do presidente da república, que não poderia ter sido outra, isto é a de respeitar a ordem constitucional existente no país vizinho. Outra bem diferente, é pretender que se não discutirmos o problema este acabará por morrer sozinho. Não será o caso.

As estatísticas do meu blog mostram até que ponto a informação e a comunicação entre os dois países é perigosamente ténue, apesar da amizade e filiação efetiva existente entre milhares de portugueses e espanhóis. Há um muro de informação que é preciso abater quanto antes!

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segunda-feira, dezembro 04, 2017

A man from Harvard

Foto: Reuters

Agora sim, vamos ter a prova do algodão socialista! 


O Brexit continua encalhado, e o mundo aproxima-se de uma nova tempestade financeira global. Se com origem em Wall Street, ou em Beijing, ninguém consegue adivinhar. Enquanto não chega, os americanos querem um bom ilusionista financeiro no cadavre exquis a que ainda chamamos União Europeia. De preferência, um ilusionista mais Católico do que Ortodoxo, e mais pró-Atlântico do que continental, em suma, longe das influências eslavas e das tentações iranianas.

Good luck Mr Centeno!

Convém saber, na sequência do que escrevi em artigo anterior (O antropocenteno), que:
  • Angela Merkel precisa dos sociais-democratas alemães para continuar onde está... e que estes poderão ter começado por exigir um socialista português onde antes havia um socialista holandês à frente do Eurogrupo, depois de sabiamente sugestionados pelo mefistofélico Wolfgang Schäuble;
  • a pressão a leste, do populismo nacionalista e xenófobo de extrema-direita, à nova era de poderio russo encetada por Putin, e ao fortalecimento do Irão (1), desaconselha burocratas de topo nos postos-chave da UE que falem russo;
  • os alemães têm realizado elevados investimentos no Irão, aumentando desta forma a desconfiança de ingleses e americanos sobre as mais recentes tentações alemãs de regressarem à teoria do espaço vital (Lebensraum);
  • Mário Centeno é um boy de Harvard, e Harvard não é uma universidade americana qualquer;
  • talvez não sejam um acaso, nem apenas mérito próprio, as ascensões meteóricas de alguns portugueses na arena mundial da política e das finanças: Durão Barroso, Vítor Constâncio, Vítor Gaspar, António Guterres e, agora, Mário Centeno. Não são bem uma espécie de Ronaldo, mas andam perto.
PS: vem aí uma remodelação governamental. Resta saber, se por iniciativa de Costa, ou por imposição de Marcelo. E o PCP? E o Bloco? Que terão estes dois a dizer sobre o próximo Governo? O baile vai recomeçar dentro de momentos!

NOTAS
  1. O ex-presidente do Iémen, Ahmad Saleh, foi hoje morto pelos rebeldes Houthis, apoiados pelo Irão, depois de ter renunciado à aliança com os Houthis, por pressão dos Estados Unidos e da Arábia Saudita.

    Saleh's death marks a major turning point in the war, one giving the Houthi rebels a much needed boost in the long-running proxy war.  In 2015, a Sunni-Arab coalition led by Riyadh launched a military campaign against the Shiite Houthi rebels to prevent them from controlling Yemen. The Saudi-led operation has been a major contributor to the humanitarian disaster currently plaguing the war-torn nation. Some 20 million Yemenis, including 11 million children, are in need of urgent aid, according to the World Health Organization. The UN believes that the civilian death toll from the conflict could exceed 10,000.

    Tyler Durden
    Dec 4, 2017 10:24 AM
    ZeroHedge

O falso PIB


A energia cara mata o crescimento


A bolha do falso crescimento suportado por uma dívida cumulativa insustentável vai acabar por rebentar, provavelmente antes de 2030. Será um evento destrutivo global, precedido certamente de uma catadupa de novas falência soberanas, entre as quais estará a próxima bancarrota portuguesa.

Se persistirmos na trajetória populista da esquerda irresponsável que se auto coroou depois da derrota do PS de António Costa, ou seja, se a Geringonça não for derrotada nas próximas eleições legislativas, estaremos no pelotão da frente dos países que irão implodir financeira, económica e socialmente na sequência, ou de uma valorização das taxas de juro dos principais bancos centrais (FED, BCE, BOJ, PBOC), ou de uma desvalorização monetária, ou de nova subida acentuada dos preços da energia, ou de uma súbita inflação bem acima dos 2%!

O endividamento sistémico está a chegar ao fim, e a repressão fiscal poderá ter os dias contados, seja por efeito do empobrecimento irreversível das classes médias, seja por efeito de uma fuga de capitais sem precedentes, por exemplo, em direção às cripto-moedas, como a Bitcoin, seja ainda pela deslocalização acelerada das sedes das nossas principais empresas, e em geral das empresas globais, para regiões fiscais mais favoráveis.

Convém ler a este propósito o que escreve Gail Tverberg sobre as implicações dramáticas do fim da energia barata no nosso estilo de vida.

...GDP looks like it is growing, but it is really very hollow economic growth. Governments invest in projects of essentially no value, and their investment is counted as GDP. For example, they invest in unneeded roads, in apartments that citizens cannot really afford, in educational institutions that do not produce graduates with wages that are sufficiently high to pay for education’s high cost, and in high-priced medical cures that are unaffordable by 99% of the population. Are these things truly contributions to GDP? 
We also find businesses that look like they are growing, but in fact are taking on increasing amounts of debt as they sell off assets. This is not a sustainable model! We encounter energy companies that claim to be doing “sort of” alright, but their profits are so low that they need to cut back on new investment, and they need to borrow in order to have funds to pay dividends to shareholders. There is something seriously wrong with this growth! 
[...]
The reason I have not included any discussion of renewables is because at this point in time, we do not have any renewables that are sufficiently inexpensive and sufficiently scalable to represent a solution.

A Video Game Analogy to Our Energy Predicament
Posted on November 28, 2017, by Gail Tverberg on Our Finite World

A semana passada, no regresso de uma viagem a Bruxelas, reparei em algo extraordinário: as marcas portuguesas foram praticamente todas irradiadas da zona de embarque/desembarque do Aeroporto de Lisboa. O mesmo podemos dizer de alguns setores estratégicos da nossa economia, como a energia, as águas municipalizadas, a indústria automóvel, ferroviária e aeronáutica, as telecomunicações e a comunicação social, ou ainda a banca. A pouco e pouco, para pagar as dívidas que continuam a crescer, o país tem vindo a descapitalizar-se a um ritmo assustador. Ao mesmo ritmo, aliás, que as próprias poupanças das famílias empenhadas em hipotecas de casas e automóveis, ou submetidas à rapina fiscal a que se dedica um regime em estado de necessidade absoluta.

A fragilidade do país é, portanto, enorme. A perda acelerada de soberania é cada vez mais evidente.

Haverá inevitavelmente um momento em que teremos que passar da propaganda à realidade. Esperemos que esse momento não chegue tarde demais.

sábado, dezembro 02, 2017

O antropocenteno


Será que descobrimos um novo continente epistemológico?


Mário José Gomes de Freitas Centeno nasceu a 9 de Dezembro de 1966 em Olhão e viveu em Vila Real de Santo António até aos 15 anos, idade com que se mudou com os pais e os outros três irmãos para Lisboa. Licenciou-se em Economia pelo ISEG em 1990, tem um mestrado em Matemática Aplicada obtido no mesmo instituto e é doutorado em Economia pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Casou-se com uma colega do ISEG e tem três filhos, aos quais, além da paixão pelo Benfica, transmitiu também o gosto pelo seu outro amor desportivo, o râguebi, que jogou na faculdade na década de 80, na equipa de Económicas. 
in Jornal de Negócios

Devo reconhecer que errei sobre esta criatura. O homem conseguiu mesmo provar que é possível cobrir o racionalisno liberal com uma camada doce de neo-neo-neo keynesianismo orçamental (a diarreia monetaristta conhecida como 'quantitative easing' é o neo-neo...) e enganar a população até á próxima derrocada. Ora é disto mesmo que a Europa precisa neste momento, ou seja, de uma grande ilusão. Qual é, no entanto, o problema desta austeridade de esquerda inventada por uma dissimulação conhecida como 'retenção' da despesa orçamentada? Em Portugal, este problema já começou a despontar, causando mais de 100 mortos em meia dúzia de meses. A austeridade de esquerda é uma espécie de caruncho, ou fomriga branca, que corroi os ossos do sistema, e quando damos por ela, a carcaça do mesmo desaba!

Por outro lado, com Guterres na presidência da ONU e Barroso na Goldman Sachs, creio que tanto a a Alemanha, como o Reino Unido (que ainda faz parte da coisa), bem como Washington, preferem um português a chefiar o Eurogrupo, do que qualquer outro ministro das finanças do grupo dos pequenos.

Os pequenos regra geral chefiam os organismos, embora mandem bem menos do que se pense, pois há sempre os grandes (Alemanha, França, Itália, Espanha) que, por definição, estão acima dos pequenos (Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Estónia, Finlândia, Grécia, Irlanda, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Holanda). Depois, entre os pequenos, há uns mais europeus que outros, uns mais eslavos, ou turcos que outros, uns mais encostados ao nacionalismo, ao racismo e à xenofobia que outros.... ou seja, realmente confiáveis do ponto de vista da genética e da teleologia europeísta, sobram poucos: Bélgica, Irlanda, Luxemburgo, Malta, Holanda.

Repetir a proveniência holandesa não faz sentido, ao Luxemburgo já foram buscar o presidente da Comissão, a Irlanda é um paraíso fiscal americano, a Bélgica é a capital da União e a sua governança é instável por causa da questão nacional-flamenga, Malta seria talvez a alternativa possível a Portugal, mas falam inglês! Logo, Centeno parece ser a única opção politicamente correta em cima da mesa.

Não são, pois, os méritos intrínsecos de Mário Centeno, que certamente os tem, nem o falso génio tático de António Costa, cada vez mais às arrecuas, que explicam a epifania de Schäuble e o subsequente antropocenteno que aí vem.


NOTA DE INVESTIMENTO

Querem um conselho? Invistam em ERVA! Quer dizer, Marijuana, Cannabis, Maconha, Cavalo, Haxixe! Cmo? Forçando legislação indígena favorável ao cultivo de Cannabis no Alentejo e Algarve (como já foi criada relativamente à Papoila Branca), montando um mercado eletrónico de Cannabis sediado em Lisboa, fumando pelo caminho umas boas ganzas, o melhor remédio para as depressões e a ansiedade, sem recurso aos gangues das drogas químicas sintéticas. Liberte-se, uma vez mais, a imaginação individual e coletiva!

terça-feira, novembro 28, 2017

Da liberal Bélgica à socialista indigência



Não admira que nunca tenhamos emigrado tanto desde a guerra colonial


Regressi a Lisboa, de Bruxelas. Mal habituado a uma semana de transportes públicos na monárquica e liberal Bélgica, resolvi fazer o mesmo na capital da nossa indigente, irresponsável, populista e desmiolada república.

Tomei o Metro em direção ao Cais do Sodré. Na estação da Alameda, o único elevador existente na plataforma está avariado. "EQUIPAMENTO FORA DE SERVIÇO", dizia o letreiro mal despachado a 50 cm do dito elevador. Eu, turistas, uma velhinha com mais de oitenta anos e visíveis dificuldades de locomoção, e ainda uma jovem mãe com bebé e carrinho, todos a pé pelas escadas de calcário até ao piso superior.

Lá seguimos, depois desta estafa, até ao Cais do Sodré. Aí chegados, a mesma informação: "ACESSO ENCERRADO". Butes, e é se queres, pareceu-me ouvir o Jerónimo de Sousa, o Costa e o Louçã vociferarem em uníssono.

Bem-vindo ao novo terceiro mundo, onde ser europeu é uma espécie de castigo que as esquerdas só mortas aceitarão.

Depois admiram-se que os portugueses, ou pasmem 24/24 em frente ao futebol das nacionais-televisões indígenas, ou prefiram aumentar a intensidade energética da sua economia e, portanto, a dívida externa e o endividamento geral desta cada vez mais desgraçada comunidade, comprando automóveis a crédito e pizzas.

Claro que, para a minoria de que faço parte, mas de que não me orgulho, a melhor forma de não aturar esta piolheira é chamar um Uber, ou nunca mais pensar na boa ação de deixar o carro na garagem e ser por uma vez um cidadão sustentável.

Já o socialista Pedro Nuno Santos, esse ou vai de Maserati, ou de Porsche, não é?

domingo, novembro 19, 2017

O Diabo veio mesmo para ficar!

Bungallow do INATEL (antiga FNAT) de Oeiras


A austeridade é real e vai andar por cá durante todo o século 21


Creio que insisti já bastante sobre o simples facto de a democracia portuguesa populista que temos ser, no essencial, estatista e neocorporativista, sendo que o beneficiário líquido desta espécie de fascismo legitimado nas urnas não é um ditador chamado Salazar, mas um regime partidário clientelar que, como Salazar, vive para si mesmo, em nome da propaganda diária sobre o bem estar do bom povo português (uma falácia evidente) e o bem estar real de uma nomenclatura de banqueiros, monopólios (públicos e privados), e serventuários mais ou menos palacianos do regime. C'est tout, malheureusement!

Querem uma prova singela: vejam como a Federação Nacional da Alegria do Trabalho se transformou em INATEL sem ouvirmos um pio do Partido Comunista. Sabem o que significa INATEL? Pois bem: "Instituto Nacional para o Aproveitamento (sic) dos Tempos Livres dos Trabalhadores". É desde 2008 uma fundação privada de direito público, mas foi instituída pelo estado democrático, e continua a ser controlada pelo rotativismo partidário. Uma espécie de fascismo eleitoral não é uma ditadura unipessoal, nem muito menos um regime policial, mas também não é uma democracia plena e adulta.

E o problema desta entorse democrática, ou desta má-formação genética da democracia nascida de uma revolta militar, é que na medida em que o paquidérmico estado partidário que temos vai inchando e fazendo despesa (1), sem riqueza suficiente para tributar, o resultado será caminharmos inexoravelmente para um próximo grande buraco económco-financeiro e social. Daqui sairá um novo conflito de classes e de poderes. Num país cada vez mais endividado e que esta democracia partidocrata é incapaz de gerir numa direção racional e justa, poderá não haver Diabo, mas lá que o Inferno está mais próximo, está.

Na ausência prolongada de trabalho e investimento produtivo, a população corre compreensivelmente em direção ao Estado. Mas se a democracia da liberdade e da razão não for capaz de vencer as tentações cleptocráticas, nepotistas e populistas cada vez mais visíveis no regime, as consequências poderão ser trágicas. Um Portugal falido que acabe por colapsar numa espécie de guerra civil democrática promovida pelos partidos será uma iguaria irresistível para os nossos credores, a começar pelos de Madrid. Os demónios de Franco andam outra vez por aí.

NOTAS

  1. O ritmo de endividamento público atingiu  pico em 2012, e desde então (salvo em 2014) tem vindo a abrandar gradualmente. No entanto, a dívida líquida continua e continuará a subir por mais algum tempo... antes de começar a recuar. Para termos uma ideia do gigantsmo da coisa, basta verificar que a dívida do Estado, bem contada, anda entre 9 e 10 x a totalidade dos depósitos bancários! Ou que a mesma (ler esta notícia no Jornal de Negócios) daria para comprar 1600 aviões Airbus da série A320 neo e A321neo!

quarta-feira, novembro 15, 2017

Fim da austeridade? LOL


Depois do verão de São Martinho vem o inverno.

Negócios jng@negocios.pt15 de novembro de 2017 às 11:18 
Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, contabilizou na ordem dos 90% a adesão dos professores à greve desta quarta-feira, 15 de Novembro, convocada para exigir que as carreiras dos docentes sejam descongeladas e para que todo o tempo de serviço seja contabilizado para efeitos de progressão de carreira.

O fim da austeridade chama-se AUSTERIDADE DAS ESQUERDAS, por mais que os sindicatos finjam desconhecer a realidade. Disse isto mesmo na RTP (Política Sueca) desde que a Geringonça tomou o poder. Claro que há neste caso um sério problema sobre a qualidade do nosso estado de direito democrático!

Não se iludam com o dinheiro fácil!

Negócios, Nuno Carregueiro nc@negocios.pt15 de novembro de 2017 às 10:34 
Portugal voltou a emitir dívida de curto prazo com taxas negativas, que foram ainda mais baixas do que no último duplo leilão realizado a 20 de Setembro, numa operação onde angariou 1.500 milhões de euros, que corresponde ao limite máximo do montante indicativo.
Os bilhetes do Tesouro com maturidade em 18 de Maio de 2018 (seis meses) foram colocados com uma taxa média de -0,4%,o que compara com os 0,363% da última emissão. Já os bilhetes do Tesouro (BT) com maturidade em 16 de Novembro de 2018 (12 meses) foram emitidos com uma taxa de -0,349%, o que compara com os -0,345% da emissão de Setembro.

É por isto que os sindicatos andam tão agitados. São insaciáveis! O problema é que, com desconto, ou com juros (e estes vêm aí!), há que pagar a dívida pública. Esta é tão grande que daria para encomendar mais de 1600 Airbus!!!

segunda-feira, novembro 13, 2017

É a Europa, estúpido!

Clique para ampliar

Se não lhe aconteceu nada até agora, depois de tanta destruição e morte...


Europe is no longer the sick man of the world economy — Jana Randow, Bloomberg.

António Costa faz-me lembrar cada vez mais o Obélix. Caiu no caldeirão da viragem do ciclo económico-financeiro e, assim sendo, só será eleitoralmente afastado quando o ciclo virar, ou por causas extra-políticas.

A Geringonça está para durar, porque, pura e simplesmente, esta nada fará para deixar cair a Frente Popular do Cinismo que alegremente é.

No entanto, como aquilo que continua no horizonte global é um processo de monetização das dívidas, expansão monetária, destruição das classes médias e colapso programado do estado social, bastará uma nova crise financeira global para que este cenário otimista vire. Para já, o cenário sorri à Geringonça mas não é a Geringonça que tem razão, não são as esquerdas que são sábias e justas, é a economia europeia, estúpido!

Não confundamos, pois, as botas comunistas na rua, e a sua ortodoxia renovada a cheirar a esturro, nem os sarilhos conjugais entre Belém e São Bento, com verdadeiros sinais de crise. Os ciclos políticos indígenas estão intimamente dependentes dos ciclos económico-financeiros mundiais e europeus. Desde 2014 que fomos saindo da austeridade extrema para uma austeridade mais suave, ainda que com consequências graves nalgumas infraestruturas e funções públicas (sobretudo visíveis na Saúde e na Proteção Civil). Os decibeis derivam, em suma, da disputa por um bolo orçamental que subitamente cresceu, e do facto de o BCE nos levar ao colo e de biberão, afastando assim o perigo de um novo default.

Os perigos associados à dívida pública, à falta de produtividade (resultante mais do excesso de burocracia, do que da falta de repressão salarial), ao elefantismo estatal, e ao neocorporativismo, são reais. Mas, felizmente e infelizmente, o controlo de danos tem estado e continuará cada vez mais a estar nas mãos de Bruxelas e da nova economia global que tem vindo a substituir segmentos inteiros e fileiras sucessivas do nosso sistema financeiro, da nossa economia, e do nosso emprego.

Talvez seja a perceção disto mesmo que leva Santana Lopes a disputar a liderança do PSD, não para derrotar António Costa, mas para suceder a Marcelo Rebelo de Sousa.

sábado, outubro 21, 2017

O risco veio para ficar

Marcelo consola mulher destroçada pela tragédia dos incêndios.
Foto: Instagram/ Time

É preciso mudar radicalmente o conceito de segurança nacional


Este ano trágico trouxe ao conhecimento de todos não apenas a incompetência e arrogância dum governo de circunstância, oportunista e populista como nenhum de que tenha memória, mas também o retrato gritante da completa desorganização do nosso sistema de prevenção e combate dos riscos climáticos. Do amadorismo dos bombeiros, aos negócios sórdidos que rodeiam há décadas a indústria dos fogos florestais, passando pela falta da adequada dotação orçamental em matéria de prevenção de catástrofes e defesa da floresta, até ao nepotismo partidário criminoso que esteve na origem do descontrolo completo que tomou de assalto a Autoridade Nacional de Proteção Civil, o Ministério da Administração Interna e o Primeiro Ministro, tudo acabou por confluir numa destruição de vidas, de capital e de recursos naturais sem precedentes. Mais de cem mortes humanas e mais de duzentos feridos, milhares de animais mortos, mais de 500 mil hectares de terra queimada, largas dezenas de empresas reduzidas a cinzas e centenas de postos de trabalho comprometidos. As águas das chuvas transportarão nos próximos meses milhares de toneladas de detritos para as águas dos rios e albufeiras, em muitos casos já contaminadas pelos adubos oriundos da agricultura intensiva.

Os problemas sectorais precisam obviamente de soluções sectorais:

  • ordenamento do território, 
  • racionalização da exploração florestal, seja pela via da concentração compulsiva da exploração das terras, que não da sua propriedade, seja pela substituição de espécies sem rentabilidade económica (pinheiro bravo) por plantios sustentáveis (pinheiro manso, sobreiro, azinheira, carvalho, castanheiro, nogueira, amendoeira, cerejeira, etc.)
  • educação, desde o pré-escolar, das populações rurais, nomeadamente na prevenção e primeiro ataque aos fogos acidentais,
  • transferência de novos meios e novos poderes para os municípios e suas freguesias, 
  • profissionalização dos corpos de bombeiros (provavelmente o mais urgente e o maior investimento no imediato, depois das indemnizações às vítimas e aos familiares das vítimas mortais),
  • vigilância humana e eletrónica das florestas, 
  • atribuir à Força Aérea a competência exclusiva na coordenação e combate aéreo aos grandes incêndios florestais.
Mas se estes problemas particulares podem e devem ser resolvidos com determinação pelos especialistas sectoriais, falta igualmente considerar como um passo decisivo na viragem de página da incúria de Estado a que os partidos políticos trouxeram o País, criar um Conselho Superior da Proteção Civil, de natureza interministerial, integrado pelo primeiro ministro e pelos responsáveis ministeriais dos departamentos das finanças, administração interna, defesa nacional, e terra-mar, mas chefiado pelo Presidente da República.

O mundo entrou há já algum tempo numa zona de riscos sistémicos, de que as alterações climáticas e o fim da bonança petrolífera são as causas estruturais. Destas decorrem a queda da procura agregada global, a desinflação, a destruição das taxas de juro, o endividamento dos governos, empresas e famílias, a falência dos sistemas financeiro e de segurança social, e as crescentes tensões geoestratégicas entre os grandes consumidores de energia e de recursos naturais. 

Muito pouco podemos fazer para contrariar este terramoto civilizacional. Mas é importante conhecê-lo tão detalhadamente quanto possível, pois só assim um país poderá defender as suas populações, e precaver-se do pior, como seja, por exemplo, da sua sempre possível decomposição social e política. 

O que estamos a assistir em Espanha não é mais do que um efeito muito sério da crise que descrevemos sobre uma crise anterior, de ordem cultural e política. O grande endividamento da Catalunha tem origens semelhantes à da dívida pública mundial. Mas é agravada politicamente pelo facto de aquela nação não ser um país soberano, vendo logicamente o seu esforço fiscal ser agravado ao contribuir, por imposição de Madrid, para o alívio das dificuldades das demais regiões espanholas, cuja autonomia é, afinal, mais aparente do que real.

A dimensão dos riscos que hoje corremos são de uma ordem que nada tem que ver com os pequenos problemas do rotativsmo partidário do regime. Defendo, por isso, que o risco passe a ter um lugar central na configuração do regime e das suas instâncias de organização e poder.

Está na altura de começarmos a pensar num congresso nacional sobre os riscos sistémicos.


PS: este texto foi publicado 12 minutos antes da comunicação ao país do PM António Costa, no fim do Conselho de Ministros extraordinário de 21 de outubro de 2017.

sexta-feira, outubro 20, 2017

Bombeiros amadores, uma solução esgotada

Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses Jaime Marta Soares
Foto: Lusa (recortada)

Membro da protecção civil - sob pseudónimo - denuncia o lóbi dos bombeiros.


O texto que transcrevo mais a baixo na íntegra chegou-me esta manhã à caixa de correio como bom. O que o mesmo descreve é algo que todos nós já mais ou menos sabemos: os bombeiros voluntários, enquanto associações dependentes do Estado, que por sua vez se dedicam ao negócio das ambulâncias e do correspondente transporte de doentes e sinistrados, alojando por vezes nos seus quarteis toda a espécie de serviços privados (os Bombeiros Voluntários de Carcavelos, por exemplo, prestam serviços de Psicologia, Osteopatia, Terapia da Fala e Dentista), não têm, nas sua esmagadora maioria, competências certificadas para lidar com fogos florestais. Nem com inundações, nem com terramotos, nem com ataques terroristas em larga escala. Para estas quatro grandes ameaças que pairam sobre sociedades cada vez mais envelhecidas e endividadas, os bombeiros da famosa Liga presidida pelo senhor Jaime Marta Soares, não servem, e é mesmo um crime lançá-los de forma temerária, sem meios adequados e bem geridos, e sobretudo sem conhecimentos, nem comando estratégico e político unificado, para a fogueira.

Sou de opinião que o combate aos grandes incêndios florestais, e em geral acudir a grandes catástrofes, deve caber em primeiro lugar aos corpos profissionais de bombeiros e serviços de emergência médica, cuja preparação e adequado apetrechamento logístico e equipamento terão que ser forçosamente garantidos pelo Estado. A Autoridade Nacional de Proteção Civil parece-me uma indispensável entidade de coordenação permanente nesta área, mas não pode ser mais uma central de emprego e negócios partidários, como a trágica interferência de António Costa e do PS no ANPC recentemente demonstrou. Para evitar esta pecha, tal como noutras instâncias da administração pública será necessário garantir mecanismos de supervisão pública automática (ou seja, sem mais burocracias supervisoras!) e começar por fazer depender a nomeação do responsável máximo da Proteção Civil de maioria parlamentar expressa e aprovação presidencial.

Nota importante: o presidente da ANPC nunca deverá ser, nem polícia, nem militar. Pois só assim poderá comandar, sem conflito de patentes, ações de proteção civil coordenadas com outros setores do Estado, nomeadamene policiais e militares.

Neste quadro reformado do sistema público de proteção civil, a formação profissional de bombeiros para grandes catástrofes —incêndios florestais, inundações, ataques terroristas em larga escala, e terramotos— é uma prioridade irrefutável. Assim como lançar uma campanha nacional de educação e prevenção dos grandes riscos, apoiada em quatro pilares: câmaras municipais, juntas de freguesia, paróquias, e uma rede de guardas florestais imediatamente reposta, sobretudo a norte do Tejo.

Neste quadro reformado, a Forças Aérea deve dispor dos principais meios aéreos de combate a incêndios, e só em última instância, i.e depois do reforço de meios provenientes de países vizinhos e da própria UE, é que se poderá colocar a questão de contratação de meios aéreos privados de combate aos fogos florestais.

Ao público o que é público, ao privado o que deve ser privado!


TEXTO RECEBIDO


«Por detrás de um vasto e emaranhado corpo legislativo sobre prevenção, vigilância e combate a incêndios, na prática essas tarefas, que são distintas e complexas, estão, por todo o País, entregues aos Corpos de Bombeiros Voluntários que dependem de Associações Humanitárias e respetivos órgãos sociais.

Essa dependência acarreta, necessariamente, uma dependência da área operacional em relação à área da gestão.

De uma forma geral, a gestão das citadas associações está completamente focalizada na sobrevivência económica e financeira das mesmas e essa sobrevivência não é assegurada pela área operacional, que é como quem diz, a sobrevivência económica e financeira das associações de Bombeiros Voluntários não é possível pelas atividades de prevenção, vigilância e combate. Estas são apenas usadas como instrumento de angariação da subsidiação suficiente (proveniente do OGE e dos orçamentos municipais), sendo, depois, parte substancial dos fundos obtidos usados na aquisição de equipamentos que nada têm a ver com prevenção, vigilância e combate quer de incêndios quer de inundações. Os equipamentos mais comuns e profusamente adquiridos são as ambulâncias, o que permite às associações especializarem-se como operadores do rentável mercado de transporte de doentes, entre outras atividades, como por exemplo clínicas e até ginásios.

A maior parte das associações, com o objetivo da subsidiação, mentem despudoradamente em relação ao número real de efetivos voluntários e mentem em muitas outras coisas, nomeadamente na faturação das refeições disponibilizadas aos operacionais nos teatros de operações, à ANPC, quando na maioria dos casos essas mesmas refeições são disponibilizadas pela própria população e associações cívicas ou pelos municípios, ou seja, um esbulho permanente.

Da mesma forma que usam os fundos para a aquisição regular desses equipamentos de negócio, também não os usam para a formação dos seus efetivos voluntários. A formação que lhes é prestada é precária, prestada na maioria das vezes pelas próprias associações, incompleta, tecnicamente deficitária, em que os homens e mulheres são envolvidas em teatros de operações perigosíssimos sem o mínimo de preparação, literalmente atirados às chamas em territórios que não conhecem e atirados, também, à ira das populações.

No dia em que em Portugal alguma instituição independente fizer uma auditoria aos fundos recebidos numa década pelas centenas de associações (incluindo os que resultam das coletas organizadas junto das populações) e os “compaginar” com os verdadeiros fins a que foram destinados cairá “Carmo e Trindade” e parte substancial de tudo ficará explicado.

A prevenção, a vigilância e o combate de incêndios e inundações, em Portugal, é um enorme exercício de manha e de fingimento. Uma manha reconhecida, um fingimento consentido.

Mas a morte dos Bombeiros Voluntários nos teatros das operações não são nem manha nem fingimento, são desperdícios intoleráveis de vidas humanas generosas, desperdícios que poderiam ser evitadas se o Estado (que neste caso é como quem diz a Assembleia da República o os sucessivos governos) assumisse as suas responsabilidades em matéria de soberania.

A prevenção, vigilância e combate destas tragédias deve ser uma missão pública e encarada exclusivamente como um serviço público essencial que passará pela criação urgente de um Corpo Nacional de Operacionais Bombeiros, de cobertura nacional e base distrital, com tutela, hierarquia própria, dotada de meios técnicos e humanos profissionalizados (o que implica uma formação de qualidade, certificada) com protocolos de colaboração específicos com o Exército, com a Marinha, com a Força Aérea, com a GNR, com a PSP e com os Municípios.

Este Corpo Nacional de Operacionais Bombeiros poderia, muito bem, absorver todos os efetivos voluntários ligados às associações que o quisessem (e também as pequenas forças profissionais de intervenção – GIPS e FEB) e as associações poderiam, perfeitamente, continuar a dedicarem-se ao transporte de doentes, aos ginásios, às clínicas, etc, etc., e viverem daquilo que o “mercado” possibilita.

A criação do citado corpo operacional e profissional, resolveria, por uma vez, todas as trapalhadas das descoordenações operacionais, dos comandos “pluri-céfalos”, das decisões tomadas por pulsões de egos e por necessidades económicas.

Há postos de comando instalados em teatros de operações que mais fazem lembrar uma opereta bufa, repleta de faisões engalanados, onde até há tempo para se beber um chazinho e comer umas bolachinhas, enquanto nos próprios teatros reina o caos e impera a morte.

Como se pode ler no célebre e recente Relatório da Comissão Técnica Independente, “teremos de orientar a atuação para a adoção de forças especializadas com elevado nível de qualificação, destinadas à resolução destas problemáticas, o que não se coaduna com amadorismos”. Acrescento que não coaduna com amadorismos nem com ganância.

O financiamento desse corpo operacional e profissional está por natureza já assegurado: bastará usar os imensos fundos do OGE e dos Municípios que são sistematicamente atribuídos às associações e suas representantes, com os resultados que o País, infelizmente, testemunha. O valor orçamentado pelo MAI para a ANPC e para o ano em curso foi de mais de 133 milhões de euros e para o próximo ano de mais 149 milhões de euros, montantes completamente incompatíveis com a qualidade do serviço prestado.

É evidente que o problema de fundo (a tragédia recorrente dos incêndios) não se resolve apenas com a criação deste Corpo Nacional de Operacionais Bombeiros, mas sim com novas políticas agrícolas, florestais, de planeamento demográfico e fiscais, mas a sua criação é condição sine qua non para que o mais importante possa começar a ser feito desde já: a salvaguarda de vidas humanas quer de bombeiros quer das populações afetadas. E isto para ontem!»

Coutinho de Moura, membro da protecção civil

quinta-feira, outubro 19, 2017

Votos de sangue

António Costa, uma criatura sem caráter.

Quanto sangue custa manter o minoritário Costa e a Geringonça?


Escrevi em 21 de junho do corrente ano neste mesmo blogue, para espanto e incredulidade de alguns, a seguinte frase: António Costa é o principal responsável pela tragédia de Pedrógão Grande. E expliquei porquê: foi Costa quem assinou, ainda no tempo do governo PS liderado por José Sócrates, o contrato ruinoso com o Siresp; foi Costa quem mudou o presidente da Proteção Civil (ANPC), trocando o anterior por um militar de aviário casado com uma gal do PS, do circulo costista, obviamente; e foi este militar de aviário, mais o não licenciado secretário de estado das florestas que procederam à substituição de dezenas de chefias operacionais na ANPC e nos corpos de bombeiros invocando que os mesmos não eram licenciados!

Desde então assistimos ao espetáculo de uma recolha monumental de donativos ter ido parar a uma nebulosa de bancos e instituições de solidariedade que, em vez de os dar a conhecer e em vez de os aplicar no auxílio imediato às vítimas, mantiveram o dinheirinho da generosidade popular a render juros financeiros e políticos! O tiro saiu-lhes, felizmente para os atingidos pela tragédia incendária, pela culatra.

Entretanto, vieram as eieições autárquicas.

O PS perdeu a maioria de Lisboa e não ganhou as eleições no Porto, vendo mesmo Rui Moreira obter uma maioria absoluta, apesar da campanha suja que PCP, Bloco e PS montaram contra o autarca independente, apoiado pelo CDS. Como se isto não bastasse, ficou definitivamente esclarecida a insignificância autárquica do Bloco (não passa de uma agremiação urbana pequeno-burguesa com hábitos burgueses), e percebemos com surpresa que o colapso autárquico dos comunistas é o sinal claro de um declínio inexorável.

Na noite das eleições o PS de Costa descia radiante, com um molho de jornalistas à sua volta, a centena e meia de metros que separa o Largo do Rato, do Hotel Áltis. Ficara então evidente para todos que Bloco e PCP tendem a perder votos e influência para o PS sempre que este vira, como dizem, à esquerda, por mais que os comunistas berrem nas ruas, ou por mais que os bloquistas encharquem a comunicação social com a sua presença desproporcionada.

A fartura foi tanta que Costa se viu na contingência de ter que dar mais umas malgas de lentilhas aos parceiros oportunistas da sua oportunista parceria, com receio de que estes pudessem roer a corda à Geringonça. Não é provável que o façam, mas António Costa, à cauttela, preferiu dar instruções ao rapaz bem mandado das financças para que este fizesse mais umas contas de merceeiro para o orçamento de 2018. E fez, aumentando mais impostos e taxas, diretos e sobretudo indiretos, preparando-se ainda para aumentar a austeridade das esquerdas onde o povo mal vê, se não depois dos desastres: corte nas despesas de capital (por exemplo na ferrovia e outras infraestruturas), cortes nas despesas correntes dos ministérios (mais cativações definitivas), e cortes em despesa pública essencial, como a saúde (sim, do Serviço Nacional de Saúde!) e a segurança.

O ministro da saúde, entretanto, falsifica informação sobre listas de espera nos hospitais públicos, cujo aumento durante estes dois anos de Geringonça é responsável por um número não determinado de mortes por ausência de resposta do SNS. A administração interna, por sua vez, leva cortes em rúbricas cruciais à manutenção de um dispositivo de combate aos incêndios florestais quando são mais precisos.

Para cumprir o défice, que continua a ser uma imposição da Troika, prosseguida agora pela chamada Comissão de Acompanhamento formada por representantes da Comissão Europeia e do BCE, António Costa e a Geringonça comprometeram e prometem continuar a comprometer de forma aventureira e populista a segurança do país.

Até hoje, cumprir ao mesmo tempo o défice exigido pelos nossos credores, satisfazendo também as exigências demagógicas dos comunistas e da extrema esquerda, mais os pedidos infantis do partido dos animais, custou este ano a Portugal para cima de 100 mortos, mais de 220 feridos, alguns milhares de milhões de euros em prejuízos materiais, e uma distorção populista da despesa pública, a qual irá ter novas e graves consequências no nosso bem estar estrutural.

Não creio que os funcionários públicos queiram ou votem neste suicídio.

As burocracias partidárias e sindicais continuam a fazer qualquer coisa para comprarem os votos de que tanto necessitam para justificarem a sua existência cada vez mais prescindível. Mas será que alguém já tentou explicar-lhes que os votos que tão desesperadamente procuram são, afinal, votos que causam sangue?

quarta-feira, outubro 11, 2017

Gaspar defende Rendimento Básico Incondicional

Vítor Gaspar, Diretor do Departamento de Assuntos Fiscais do FMI

Quem diria! Vitor Gaspar e o FMI defendem impostos sobre os rendimentos mais altos e ainda o... Rendimento Básico Incondicional!!!


Não é o Francisco Louçã, mas um primo seu, de direita, como gostam de acentuar despeitosamente os cadáveres das esquerdas, quem vem defender, num estudo do FMI, a necessidade de ponderar seriamente o chamado Rendimento Básico Incondicional (Basic Income, na terminologia inglesa), chamando curiosamente a atenção para duas entorses sociais que precisam de correção urgente: o agravamento brutal da disparidade dos rendimentos e da riqueza global, e a ineficiência (e corrupção, digo eu) dos mecanismos paternalistas e/ou populistas da chamada proteção social. 

Redistribuição mais justa da riqueza disponível, nomeadamente através de uma fiscalidade progressiva melhor desenhada, e a criação nos orçamentos públicos de uma nova rubrica na coluna das despesas, sem rendeiros, nem burocratas pelo meio, chamado Rendimento Básico Incondicional, eis o que propõe à discussão o famigerado Vítor Gaspar, Diretor do Departamento de Assuntos Fiscais do FMI.

Todos percebemos que só este tipo de alívio fiscal de índole social poderá ser uma alternativa credível à bolha criminosa gerada pelo alívio fiscal dos bancos e dos governos. 

Esta bolha, promovida pelo poder burocrático instalado está, aliás, outra vez, numa rota de colisão com a realidade. Quando rebentar, vai ser bem pior do que a crise imobiliária especulativa americana, e do que a crise das dívidas soberanas europeias, que começaram em 2007 e, verdadeiramente, ainda não terminaram.

Ora aqui está um tema para Santana Lopes digerir antes de apresentar o seu programa de regeneração do PPD/PSD.

El FMI propone subidas de impuestos a los ricos y la renta básica universal para atajar la brecha social 
Jose Luis de Haro (Nueva York)11/10/2017 - 15:30 

Es por ello que el informe centra buena parte de su atención en tres areas principales: los impuestos aplicado a las rentas más altas, la adopción de un régimen con un salario básico universal (UBI, por sus siglas en inglés) y la función del gasto público en el terreno de la educación y la salud.

(...) 
Otro tema candente y que ha cobrado protagonismo durante los últimos años es el del salario básico universal, que a ojos del director del Departamento de Asuntos Fiscales "tiene el potencial de tener un impacto significativo en la desigualdad y la pobreza". Sin embargo, Gaspar incide en que en los debates sobre este tema debe incluirse también el coste fiscal que este tipo de medidas tendría para los gobiernos y cómo financiarlas.
Para el FMI el coste de aplicar un salario universal varía según el nivel fijado. Como ejemplo, la institución estima que un sueldo de un 25% del ingreso per cápita medio, tendría un coste fiscal que rondaría el 6% y el 7% del PIB en las economías avanzadas y entre el 3% y el 4% en las economías de mercados emergentes y en desarrollo. 
Otro tema candente y que ha cobrado protagonismo durante los últimos años es el del salario básico universal, que a ojos del director del Departamento de Asuntos Fiscales "tiene el potencial de tener un impacto significativo en la desigualdad y la pobreza". Sin embargo, Gaspar incide en que en los debates sobre este tema debe incluirse también el coste fiscal que este tipo de medidas tendría para los gobiernos y cómo financiarlas.
Para el FMI el coste de aplicar un salario universal varía según el nivel fijado. Como ejemplo, la institución estima que un sueldo de un 25% del ingreso per cápita medio, tendría un coste fiscal que rondaría el 6% y el 7% del PIB en las economías avanzadas y entre el 3% y el 4% en las economías de mercados emergentes y en desarrollo. 
Además, su implantación debería estar precedida de un cuidadoso análisis por parte de los gobiernos en cuestión. En el Monitor Fiscal se recomienda que la implantación de un salario básico universal sirva como una opción para reemplazar el gasto social ineficiente. Al respecto se habla de alternativa a los subsidios sobre los combustibles.