segunda-feira, junho 02, 2014

Bloco de tresmalhados

 

Só Ana Drago parece ter algum tino


Os eleitores do oportunista Bloco fugiram para o Livre e para Marinho Pinto, não para Bruxelas, nem para a Austrália, onde podem votar nas eleições portuguesas, como é sabido.

A desculpa esfarrapada do senhor ex-PCP Semedo,
do trotsquista quadrado e dos demais estalinistas encobertos que mandam e manipulam o Bloco (de professores) de Esquerda não cola.

Como bons herdeiros do marxismo autoritário e degenerado, que o ex-comunista Mário Soares, pelos vistos, também segue, os resultados eleitorais não lhes dizem nada. Até podiam ter ficado sem qualquer deputado em Bruxelas, que nenhuma destas criaturas messiânicas se lembraria de deixar o cargo a outro. 


Sofrem, quem diria, do célebre síndroma conhecido por Cadeira de Salazar: só abandonam o poder quando caiem da cadeira e lhes desligam as máquinas.
 

Ana Drago parece ser a única mulher com bom senso naquele sacos de gatos tresmalhados.

BE chumbou início de diálogos com 3D, Livre e PAN

A Mesa Nacional do Bloco de Esquerda chumbou hoje, por dez votos, uma proposta de Ana Drago para o início de diálogos com o movimento 3D, o Livre e o PAN no sentido de uma convergência à esquerda.

Segundo as mesmas fontes, na reunião de hoje da Mesa Nacional do Bloco de Esquerda, em Lisboa, foram também chumbadas duas propostas de antecipação da próxima Convenção Nacional do partido apresentadas com o objetivo de acelerar a tomada de decisões internas.

DN, 1/6/2014


Bloco está contra redução de deputados

João Semedo, um dos coordenadores do Bloco de Esquerda (BE), afirmou hoje que o partido está contra a redução do número de deputados de 230 para 180, tal como foi proposto este sábado pelo secretário-geral do PS, António José Seguro. Numa conferência de imprensa para analisar os resultados das eleições europeias, João Semedo classificou-os como "maus".

Porém, João Semedo afirmou que vários fatores concorreram para que o Bloco apenas elegesse Marisa Matias para o Parlamento Europeu, ficando atrás da lista do Movimento Partido da Terra encabeçada por António Marinho Pinto. A "elevada emigração", que nos últimos anos terá afetado mais os jovens, foi uma das causas apresentadas, "já que o Bloco tem muita influência nos jovens", disse Semedo.

DN, 1/6/2014

domingo, junho 01, 2014

Meninos e meninas cor-de-rosa do Papá


Isabel Moreira: “A política não é o palco das mágoas.”


A minha intepretação é diametralmente oposta à sua, Isabel Moreira. Foi precisamente o vislumbre de uma solução governativa viável depois das próximas legislativas —e não qualquer estado de alma— que sobressaltou Mário Soares, António Costa, José Sócrates, a Maçonaria aflita e jovens como V. e o João Galamba, que deveriam livrar-se das sombras paternais e do nepotismo onde vivem como se o mundo fosse naturalmente assim, preferindo prolongar a lógica medieval e oligarca do favoritismo familiar, ofendendo-se como puras virgens quando tal lhes é lembrado.

Quem não sente não é filho de boa gente. Conhece o provérbio, Isabel Moreira?

E que diz a sua sapiência jurídica sobre este caso? Há ou não há regras institucionais que impedem que a substituição de um líder partidário seja uma tourada? E quem deu a alternativa a Mários Soares, Costa, etc., para exigirem a cabeça de António José Seguro (1) depois de uma vitória eleitoral clara?

Se a vantagem eleitoral do PS nestas eleições, que foi maior do que a que Sócrates obteve no ano em que distribuiu o que não tinha aos papalvos que agora berram nas ruas (2009), em vez de quase 5%, fosse de 10%, já chegaria? Não, não chegaria! Pois não foi o ex-comunista Mário Soares (há tiques que não se esquecem...) que escreveu há dias que
“...a “grande vitória” anunciada por Seguro foi uma vitória de Pirro. Que não pode deixar de desagradar aos socialistas a sério que tenham uma ambição para lá de ganhar eleições (...) ?”
Não foi Seguro que enterrou o país, mas o seu pai, o seu Deus (Mário Soares) e o estarola José Sócrates. Convém não nos esquecermos do essencial.

Comentário de Isabel Moreira no Facebook:
A leitura de resultados eleitorais e as conclusões subsequentes não são uma questão de afetos. Seguro fica mal afirmando-se “magoado”. Ninguém o quer “magoar” e o que me causa mágoa é estar a ouvir e a repetir a palavra. Fazer política passa por observar, concluir e agir. Sempre no interesse do país através do fortalecimento do Partido, aqui o PS, desde logo perante um eleitorado desiludido. Um líder com estatura desafiado por Costa e por uma cada vez mais abrangente vontade de socialistas, simpatizantes e eleitores em geral, convoca um Congresso e clarifica a questão com rapidez. Um líder agarrado ao poder pelo poder, pelo sonho de uma frase no seu CV, faz o que Seguro nos apresentou: adia. Primeiro agarra-se aos estatutos como um professor de gramática; depois larga os estatutos e adia propondo uma alteração conjuntural dos estatutos, sem congresso, para aprovar o que sempre rejeitou; depois ultrapassa Marinho no populismo. É impressionante ver alguém chegar ao ponto de preferir prejudicar o país, destruir um Partido fundador da democracia, a sair da cadeira. Está magoado, diz. Pois. Mas a política não é o palco das mágoas.
POST SCRIPTUM —  O candidato Marcelo colocou-se esta noite ao lado de António Costa e do Pinóquio, pois imagina que é a melhor alternativa para os seus incontidos desejos presidenciais. Tem razão, pois a trampa que falta soltar sobre o socratismo é suficiente para eliminar qualquer candidato oriundo da malta que afundou o país. Como é possível, por outro lado, deixar o Marcelo usar semanalmente um canal de televisão para promover a sua ambição pessoal? Será que a TVI decidiu transformar este sabonete num presidente?

NOTAS
  1. Tive, até à resposta redonda dada por António José Seguro este fim de semana à conspiração que visa derrubá-lo através do acosso e do atropelo das mais elementares regras institucionais e de decência democráticas, a pior impressão deste dirigente do PS. Escrevi várias vezes que Seguro estava a prazo, e sempre fui dizendo que a culpa era exclusivamente dele, por não ter sabido, ou não ter querido, criticar José Sócrates pelo desastre que conduziu o país a mais um resgate humilhante. Escrevi sobre esta cobardia, ou cálculo impercetível, o óbvio: que se não promovesse a autocrítica do PS face ao passado recente, atribuindo responsabilidades especiais a José Sócrates e à gentinha que o acompanhou até o país ficar sem dinheiro para pagar aos funcionários públicos, seria conivente com a situação e, pior ainda, seria sempre uma presa fácil dos condes, barões e baronesas do PS, ao mesmo tempo que afastaria muito eleitorado tradicional e potencial do PS legitimamente indignado com o que fomos sabendo da nomenclatura do Partido Socialista desde o célebre escândalo de pedofilia até ao mundo sinistro do socratismo. Com a apresentação das quatro rosas institucionais para a mudança do sistema político-partidário produziu a insolvência estrutural do regime, o caso muda objetivamente de figura! A expetativa não poderia ser maior. Nem mais prudente.

Sobre Isabel Moreira neste blogue

Atualizado: 1/6/2014 23:48

A transfiguração de Seguro

Alea jacta est!

Líder fraco, líder forte!


Bastou um passo em falso grosseiro como a tentativa de decapitar o PS do seu líder através dum golpe palaciano com o apoio canino da imprensa indigente que temos para que António José Seguro passasse por uma verdadeira metamorfose.
“Há muitos portugueses que consideram que o PS tem muitas responsabilidades em relação ao estado a que o país chegou”— António José Seguro em entrevista à TVI (31/5/2014)

“Não vai haver (liderança bicéfala) porque eu vou ganhar essas eleições” — idem.
António José Seguro fez o que há muito deveria ter feito: responsabilizar a direção de José Sócrates pela crise de confiança no PS da parte do seu eleitorado tradicional e potencial. A resposta de Seguro à tentativa de assalto ilegal à direção do PS por parte de Mário Soares e José Sócrates, de que António Costa foi incumbido, é um virar de página no sistema partidário português, e um desafio que a democracia e a cidadania devem assumir por inteiro. Saúdo-o por isso!

Os factos são cristalinos (não é António Vitorino?)
  1. António José Seguro é o lider legítimo e legal do Partido Socialista, escolhido em eleições diretas (com praticamente 68% dos votos) e consagrado no congresso subsequente;
  2. O PS venceu as duas únicas eleições disputadas desde que António José Seguro é líder. Teve a maior vitória autárquica de sempre em 2013, e venceu as europeias com uma vantagem de quase 5% sobre as europeias disputadas por José Sócrates em 2009 (ano de bodo cor-de-rosa aos pobres, lembram-se?), sendo que a coligação no governo teve o seu pior resultado eleitoral de sempre;
  3. Mário Soares e António Costa desafiaram a liderança de António José Seguro na rua, como vulgares arruaceiros estalinistas, invocando que o PS precisa dum líder ganhador e de confiança, desvalorizando de forma totalmente viciada e demagógica as vitórias eleitorais do mesmo, como se não soubessem e não fosse evidente que a desconfiança dos eleitores no atual sistema partidocrata, de que Soares e Costa são as mais descaradas evidências, é a principal explicação para a fraca votação nos partidos do regime. Como todos sabemos, a maoria absoluta eleitoral chama-se Abstenção! E mais, como não fosse também evidente que José Sócrates saíu pela porta do cavalo —de primeiro ministro e de secretáario-geral do PS— depois de ter sido confrontado pelos banqueiros do regime com a informação de que os cofres do Estado esavam vazios!
Quanto à reforma inadiável do regime, aguardamos todos a resposta de António Costa (e já agora do PSD, e de Marinho Pinto) à revolução institucional proposta por António José Seguro:
  1. Primárias abertas aos militantes, simpatizantes e eleitores regulares do PS;
  2. Diminuição do número de deputados para o limite mínimo legalmente previsto: 180;
  3. Aproximação dos eleitores aos eleitos, mudando o método de eleição dos deputados; 
  4. Alteração da lei de incompatibilidades de cargos públicos por forma a afastar os lobistas encaptodados dos centros de decisão política.
E quanto à resposta ao colapso financeiro em curso no país, política fiscal e política económica, a verdade é que, se a atual direção do PS optou sobretudo por opor-se ao governo, sem na verdade mostrar um caminho programático alternativo credível, por outro lado, da parte de António Costa apenas conhecemos (e não totalmente...) a negra herança de José Sócrates.

POST SCRIPTUM

Fui ver os Estatutos do PS, por recomendação dum amigo. Não creio que haja nada na lei do PS que proteja o atual líder para além do que é razoável na preservação da estabilidade mínima necessária de uma instituição cujos corpos gerentes são eleitos, e não nomeados por vontade dum qualquer fantasma de legitimidade caciqueira ou medieval. 

Goldman Sachs especula com Sol e vento

Ivanpah Solar Electric Generating System - um projeto com menos de 25% de eficiência (LINK)

Pinóquio 'socialista' dinamarquês vendeu a alma ao diabo, tal como ocorreu em Portugal


Especuladores da Goldman Sachs atacaram em janeiro deste ano o setor energético da Dinamarca, acenando com bons negócios aos seus cleintes, evocando subrepticiamente a venda da Horizon Wind Energy à EDP. Para que conste...

Goldman Sachs sees “transformational moment” in renewables investment
By Giles Parkinson on 31 January 2014, in REneweconomy.

Investment banking giant Goldman Sachs has declared the renewable energy sector to be one of the most compelling and attractive markets – and is backing up its talk with $US40 billion ($A46 billion) of made and planned investments.

[...]

Among Goldman Sachs’ key investments are a recently-approved $1.5 billion investment for a near 20 per cent stake in Danish offshore wind energy developer Dong Energy.

It has also a substantial investment in BrightSource Energy, which is about to bring its huge Ivanpah solar power project (pictured) into full production – it will be the largest in the world.

Goldman Sachs also provided $500 million of finance to SolarCity, to allow the biggest solar installer in the US to expand its solar leasing business. Goldmans is one of a number of banks to do that –the latest was Bank of America/Merrill Lynch.

It has also been an early investor in First Solar, the largest solar PV manufacturer in the US, SunEdison, and made big money from the sale of  Horizon Wind Energy to Portugal’s EDP for $2.15 billion in 2007.

Goldman’s commitment of $40 billion is based around a number of assumptions – that costs will continue to decline as efficiency improves, that solar and wind will reach grid parity without subsidies in the not-too-distant future, and that energy storage issues will also be solved.

It also believes that the position of coal at the top of the global fuel mix is eroding – something that it highlighted in a recent report that said the window for thermal coal was closing rapidly.
A closer look at a Goldman Sachs deal many in Denmark find rotten
FT. January 31, 2014. By Richard Milne, Nordic Correspondent.

Goldman Sachs has faced plenty of unsavoury claims in recent years – from accusations about its role in the global financial crisis to suggestions it helped the Greek government massage its figures. Now it can be said to have nearly brought down the Danish government.

Much of the ire directed against an investment deal for a state-owned Danish utility stems solely from the involvement of the US investment bank, derided this week by protesters in Copenhagen waving banners of a vampire squid.

[...]

4. Goldman’s veto rights

The sharing of risk was not the only problem people found in the finance ministry document. It also detailed how New Energy Investment – the name of the investment vehicle Goldman is using to buy the stake – will get veto rights that no other investor will enjoy.

So if Dong wants to deviate from its current business plan, change its chief executive or finance director, make a big acquisition, or sell new shares, it needs to gain the prior approval of Goldman.


Goldman Deal on Danish Energy Splits Copenhagen Coalition
Bloomberg. By Peter Levring and Christian Wienberg Jan 30, 2014.

Denmark’s government mustered enough votes to let Goldman Sachs Group Inc. (GS) buy a stake in state-owned Dong Energy A/S after resistance to the deal prompted one of the ruling coalition’s three parties to quit.

The government of Prime Minister Helle Thorning-Schmidt won majority lawmaker backing for the deal even after the Socialist People’s Party left the coalition today.
Socialists Furious As Denmark Lets Goldman Have The Dong
Zero Hedge, 30/01/2014.

Yesterday we reported that Goldman’s attempt to buy an 18% stake in Dong Energy, the world’s biggest operator of offshore wind farms, while largely preapproved by Danish politicians, had met with solid resistance by the broader population, which had started a petition to block the sale, signed by nearly 200,000 as of yesterday. Alas, despite the valiant effort by the population to keep the energy company - with 68% of the population polled as being against the deal - the country’s politicians, certainly with no palms greased by the world’s biggest depositor-insured hedge fund - just let Goldman have the DONG.  As Bloomberg reports, “a majority in Denmark’s parliament will let Goldman Sachs Group Inc. proceed with its purchase of a stake in state-owned utility Dong Energy A/S, according to a senior lawmaker in the ruling Social Democrat Party.”
Angry Danes Refuse To Sell 19% Of Their DONG To Goldman Sachs
Zero Hedge, 29/01/2014.

With the (emerging) world suddenly collapsing, appropriately enough on the Chairsatan’s last FOMC conference, here is an amusing update from Denmark where apparently the locals are less than excited about giving away their DONG (that would be Danish Oil & Natural Gas for the perverts) to Goldman Sachs. Specifically, over the past several days, a whopping 186,000 Danes have signed a petition to stop the sale of a 19% stake with extraordinary minority stakeholder rights in DONG to Goldman Sachs. Then again, every DONG has its price...

Risco de pobreza na Europa

Portugal, acima da média europeia na curva da pobreza

É nisto que António José Seguro tem que se concentrar, mas para levar a água ao seu moinho terá mesmo que apresentar a sua REFORMA INSTITUCIONAL de 4 pontos ao país e lançar uma discussão nacional, desafiando todas as forças partidárias a pronunciar-se sobre a mesma.

Quanto às galinhas da comunicação social, Seguro não deve preocupar-se, pois estas aves penadas são como os girassóis: viram-se invariavelmente em direção à luz!

sábado, maio 31, 2014

Sines, homenagem de um marinheiro

O Comandante Joaquim Ferreira da Silva mirando o porto de Sines

10º aniversário da descarga do 1º contentor em Sines (31 Maio 2004)


Por Joaquim Ferreira da Silva

Faz hoje 10 anos que assistimos, de nossa casa, no alto da Torre dos Pontos Cardeais, no Edifício Moinho de Marés, à descarga dos primeiros contentores, no novo terminal XXI de Sines. A operação foi realizada pelo navio “MSC CRISTIANA”, um navio de carga geral, então adaptado ao transporte de contentores, com um comprimento de 184 metros, calado de 10 metros e 20 mil toneladas de porte. O novo cais estava equipado com dois pórticos. Havia então ainda muito cepticismo face ao possível sucesso do porto como terminal de contentores.

Nesse dia, o navio “CRISTINA” movimentou 248 TEUS na descarga e 52 na carga. Dez anos depois, no passado mês de Abril, o terminal de Sines, já com seis pórticos Post-Panamax, movimentou um total de 102.502 TEUS; mais de 3 mil por dia!

E já em Maio foi assinada a expansão do terminal que passará o cais de 730 para 940 metros, com mais 3 pórticos, a permitir atracação simultânea de três navios porta-contentores da última geração (18 a 19.000 TEUS) e levar o terminal a movimentar cerca de 2 milhões TEUS ano.

Mas a já longa história do porto mostra-nos sempre a existência desse cepticismo face ao seu futuro.

Em 1978 foi iniciada a descarga das primeiras ramas de petróleo no terminal petrolífero, concluído em 1977. Foi o resultado dos trabalhos do Gabinete da Área de Sines, criado em 1971 com o objectivo de planear as instalações da nova refinaria e do porto para se receber essencialmente o petróleo angolano. Quinze anos antes, em 11 Setembro de 1956, iniciara-se a exportação (do porto de Luanda) do petróleo descoberto em Angola; à época estávamos em funções de imediato a bordo do N/T “São Mamede” e entregámos as luvas ao Presidente Craveiro Lopes para abrir a válvula de entrada do navio e receber as primeiras ramas provenientes dos poços (os quatro primeiros abertos) de Benfica, nos arredores de Luanda.

Os promotores do novo porto apelaram à nossa Marinha de Guerra, então totalmente responsável por todas as actividades do sector Mar, para enviar um grupo de peritos, conhecedores do sector, para se definir o tipo de instalações a construir. Foi face a esta discussão que se concluiu, no verão de 1972 — num famoso almoço na praia Vasco da Gama, presidido por Marcelo Caetano e todos os técnicos do projecto, conhecido pelo “almoço dos salmonetes”, por nele se terem  comido tais peixes com 1,5 kg de peso, hoje raros —, o parecer do grupo da Marinha (que nós incluíamos representando, por nomeação sindical, o sector do pessoal do bordo).

Parecer esse aprovado pelo Gabinete que definia que o porto devia ser construído com um cais com condições de segurança para atracação dos petroleiros e não por via duma mono-bóia ao largo da costa, como certos operadores – em especial o então presidente da Shell, Duque Pozzo di Borgo -  que defendiam a descarga dos navios, por esta via, ao largo da baia da Sines, alegando menores custos.

Mostrámos, em nome das tripulações, que seria difícil operar navios no fim de longas viagens, amarrados a uma bóia ao largo duma costa muito exposta a temporais, e levar a bordo  pessoal, familiares e outros operadores, abastecer os navios, etc. em condições de segurança e eficiência. Mesmo que a mono-bóia se tornasse polivalente em condutas ligadas a terra.

Mas nessa altura os governantes escutavam e seguiam os pareceres técnicos.

Mais tarde o Presidente da Shell aceitou nossa recusa – guardamos hoje a carta concordante que nos enviou – e viu-se o que foi o crescer do terminal; crudes e refinados.

Aliás já tínhamos sido, em 1970, os primeiros a referenciar, na Revista Neptuno —“Onde Fazer um Terminal para Super-Petroleiros”—, Sines como o melhor local da costa portuguesa para construir um cais para navios de grandes dimensões.

E continuámos ligados à vida do porto.

Em 1980, no seguimento da explosão do petroleiro “Campeon”, voltámos a Sines para trabalhar com o Dr Mário Raposo na peritagem do grave acidente dela resultante.

Em 1981 era inaugurado o novo terminal de produtos químicos.

Em 1992, um novo cais “multipurpose” e “Ro-Ro” mostra-nos que o porto não parava, e em 2003 um novo terminal para Gás-Natural confirma esse movimento. Que se reforçou em 2004 com o Terminal XXI. E ainda não parou!

Em 1999, aquando duma palestra local sobre o Plano Mar Limpo, encontrámos a Torre dos Pontos Cardeais em construção e apaixonados pelas vistas da grande baía Vasco da Gama e de todas as instalações portuárias já então construídas (da pesca ao recreio) e da costa portuguesa entre a serra de Monchique e a serra da Arrábida, adquirimos o 5º piso. Com as impressionantes vistas que vos oferecemos...

Baía Vasco da Gama, Sines, vista da Torre dos Pontos Cardeais

Infelizmente, navios arvorando bandeira portuguesa são raríssimos já de se ver no porto. Mas espero ainda dali ver paquetes atracados num novo terminal, a movimentarem turistas para o Alentejo, já a encher-se deles dia a dia.

Na costa norte de Sines até Tróia estende-se o maior e mais “selvagem” areal (42 kms) da Europa, e na costa sul, os locais com maiores vestígios históricos romanos.

Que se concretize o seu desenvolvimento são os votos do meu muito saudar neste aniversário.



NR SOBRE O CMDT JOAQUIM FERREIRA DA SILVA

Habituámo-nos a ler e a considerar as mensagens de Joaquim Ferreira da Silva como palavras de um marinheiro humanista, apaixonado pelo mar, pelos barcos que transportam a seiva do mundo industrial moderno, e pelo seu país. Sem memória e sem amor não há nação que resista às adversidades.

Autor de As Artes Navais para a Conquista de Lisboa aos Mouros em 1147 (2013), e A Odisseia do Transporte Marítimo do Petróleo no Século XX... (2012), editados pela Chiado Editora, Joaquim Ferreira da Silva, segundo a biografia publicada, completou, em 1948, o curso de Pilotagem na escola náutica de Lisboa. Iniciou a sua vida profissional ao serviço da SOPONATA e da SACOR MARÍTIMA Lta, empresas onde serviu mais de 20 anos como Oficial e Comandante de alguns dos seus navios, nos quais navegou mais de 1 milhão de milhas.

No início da década de 70 dedicou-se ao ensino náutico tendo exercido funções docentes, quer na escola Náutica Infante D. Henriques, na qual foi Director, quer em Escolas Náuticas Estrangeiras ao serviço da IMO (international Maritime Organization), Agência das Nações Unidas, onde desempenhou funções de Director de Projectos.

Proposto pelo Governo Português para Secretário-Geral do Acordo de Lisboa (CILPAN), a sua aprovação foi feita por unanimidade pelos Estados Contratantes, em Bruxelas, Junho de 1991, desempenhando essas funções até se reformar em 1998.

Desde esta data tem continuado a sua acção na protecção e importância dos Mares por via de trabalhos, palestras e artigos em diversa impresa. Acção essa igualmente desenvolvida junto das organizações nacionais e estrangeiras, pugnando por uma continua melhoria da segurança dos navios e das suas tripulações como principal meio da prevenção contra os acidentes marítimos causadores de graves poluições.

Sobre o livro A Odisseia do Transporte Marítimo do Petróleo no século XX, um milhão de milhas navegadas:

O petróleo é, presentemente, a maior fonte energética da humanidade; 40% de toda a energia consumida no mundo.
Esta Importância não se teria de certo registado se, após a sua descoberta, não se tivessem desenvolvido os meios para os seu transporte ao longo dos mares, em especial por via de navios entre continentes.
Quando se concebeu o primeiro navio tanque petroleiro, nos finais do XIX, o petróleo, então explorado em locais muito restritos do planeta, foi levado a todos os recantos da Terra por via do transporte marítimo.
Portugal não podia deixar de utilizar esta via, quer pela sua localização geo-marítima quer por não ser produtor daquele produto, e desenvolveu as suas unidades navais necessárias para esse transporte proveniente dos países produtores.
Na segunda metade do século XX, com a instalação de refinarias próprias construiu a maior frota de navios petroleiros que jamais navegaram sob bandeira portuguesa.
É toda essa actividade, desde os navios em si, dos homens e métodos para os navegar até às actividades nos nossos portos, que a presente obra nos revela.

E ainda uma passagem deste livro, sobre os Estaleiros Navais de Viana do Castelo, citado pelo blogue 10 mil insurrectos:

“Em 1948 existiam graves problemas laborais com os operários dos estaleiros portugueses: baixos ordenados, pouca ou quase nula assistência social e formação profissional muito restrita e de fraco nível.

Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo não fugiam à regra. Grande número do pessoal, mesmo o pessoal fixo dos Estaleiros, comia apenas uma refeição por dia. Não havia qualquer cantina organizada dentro das instalações, que fornecesse uma simples sopa. Os operários traziam as refeições nas lancheiras preparadas em casa. Por vezes estavam até altas horas da noite sem serem rendidos, apenas com o almoço que tinham trazido, num desejo de ganhar mais alguns magros escudos em horas extraordinárias.

Quando algum tripulante do nosso navio se dirigia à popa, para retirar algum alimento do frigorífico, (...) era frequente aparecerem operários que (...) abeiravam-se desse tripulante e pediam-lhe comida.

Muitos desses homens sofriam de várias doenças crónicas causadas pela profissão que exerciam, sendo a maior parte dessas doenças do foro respiratório, por intoxicação devida aos gases libertados pelas tintas usadas nas contínuas pinturas dos cascos dos navios”.                                                                    

São Rosas, Senhor!

António Costa, um carreirista simpático, mas sem ideias.

O Costinha queria ideias? Pois aí estão!


Tozé Seguro: habituem-se, porque isto mudou!

O António Maria adora enganar-se quando o engano beneficia as suas convicções. Pode ser o caso de António José Seguro, um homem que a generalidade dos portugueses e militantes do PS consideram uma pessoa honesta e que, face a uma tentativa descarada de assassinato político por parte do fundador e promitente coveiro do Partido Socialista, Mário Soares, reagiu da melhor maneira, anunciando quatro ideias que quer ver concretizadas, e que há muito são reclamadas por nós, por muitíssimos socialistas descontentes, por vários movimentos de opinião a favor de uma democracia mais direta e transparente, e por alguns milhões de abstencionistas ativos fartos do rotativismo da desgraça que nos afundou a todos.

A Revolução das Rosas, de António José Seguro, é esta:
  • Primárias abertas aos militantes, simpatizantes e eleitores regulares do PS;
  • Diminuição do número de deputados para o limite mínimo legalmente previsto: 180;
  • Aproximação dos eleitores aos eleitos, mudando o método de eleição dos deputados;
  • Alteração da lei de incompatibilidades de cargos públicos por forma a afastar os lobistas encapotados dos centros de decisão política.
Esta manhã houve um verdadeiro terramoto no seio do PS, e não foi soarista. Como prevíamos ontem, o Costa, empurrado por Soares e pela maçonaria em desespero, já está arrependidíssimo. O aspirante a cabotino, João Galamba, perdeu subitamente a língua [voltou a ganhá-la depois deste post, mas sem grande sucesso]. E Isabel Moreira, mais prudente, faz bem em não sair do nicho constitucional e da sua guerra em prol dos direitos das lésbicas e dos maricas (tradução portuguesa da palavra inglesa gay).

Curiosamente, as rosas de Seguro são também uma jogada de antecipação face a Marinho Pinto e ao MPT. Em que ficam? Alinham, ou assobiam para o ar? Para já, perderam a iniciativa a favor do PS, sim, do PS!

Estas rosas são também bem-vindas no PSD de Passos, mas não no táxi de Paulo Portas.

Só mesmo Mário Soares, a corja maçónica e os devoristas do regime em geral ficam a coçar a cabeça.

Onde está o Coelho? Esse grande urso que abraçou Seguro?

Por fim, a tropa indigente dos mérdia que temos revelou uma vez mais o que é: nada.

POST SCRIPTUM

Lisboa está cheia de buracos. O turismo cresce graças às Low Cost e ao cruzeirismo inglês, graças também à desgraça alheia (Tunísia, Turquia, Líbano, Egito, etc.), graças aos preços atrativos, mas não a qualquer estratégia camarária do senhor Costa, que continua com um município sobrelotado, dívidas impagáveis e cada vez mais buracos no alcatrão.

Entretanto, continua a usar o Quadratura do Círculo para propaganda pessoal, ataca o líder do seu partido depois deste ganhar duas eleições seguidas, e nunca se lhe ouviu um ai quando Sócrates arruinava o país.

E agora António Costa, como é? Vai continuar a cavaqueira autopromocional na televisão? Vai continuar à frente da CML? Vamos ter mais quantos buracos?


Atualizado: 2/6/2014 13:14

O lobo Mário e o cordeiro Tozé


O bonzo-mor do PS defende na praça pública o assassinato político e o golpe de estado, como um vulgar estalinista do século passado. Ao que esta criatura chegou. Paz à sua alma democrática perdida!


Mário Soares:

“...a “grande vitória” anunciada por Seguro foi uma vitória de Pirro. Que não pode deixar de desagradar aos socialistas a sério que tenham uma ambição para lá de ganhar eleições (...).

Impõe-se, mais do que nunca, uma política corajosa que faça a ruptura com a direita e com as políticas da direita.

Ainda bem que António Costa resolveu disponibilizar-se e que avançou para se bater pelo PS. Para que o PS seja um partido de esquerda e se bata em favor do povo contra a direita que o tem oprimido. Foi um acto de grande coragem que faz esquecer as hesitações do passado.

Felicito-o e apoio-o. Acho que nos vai fazer permitir que o nosso querido PS, do punho erguido à esquerda e dos socialistas que não têm medo de ser tratados por camaradas, se mobilize para construir um futuro diferente” — in Público, 29/5/2014.
António José Seguro:
[...] o partido e a democracia portuguesa vivem uma situação única, com uma contestação a um líder que ganhou duas eleições e está legitimado democraticamente. De acordo com fonte oficial socialista, esta posição foi transmitida por António José Seguro logo na intervenção de abertura da reunião — in  Assis: “Não sou nenhum troca-tintas”, 15:52 Observador, 30/5/2014.

Não se conhece António Costa pelas ideias, mas ficámos a saber que desta vez vai obedecer ao Tio Mário. A castanha, porém, poderá estourar-lhe na boca. A criatura Costa é ambiciosa, mas de líder partidário nada tem. Logo, o mais provável é o atual presidente da autarquia lisboeta perder mais este confronto com António José Seguro, seminarista que conhece bem as manhas com que se tece uma máquina partidária, e que teve, inesperadamente para muitos, nestas eleições europeias, uma janela de oportunidade em matéria de governabilidade à esquerda da atual coligação: Marinho Pinto (1).

Foi, aliás, isto mesmo que Mário Soares farejou imediatamente, e o que fez tocar o telemóvel do Costa, com a abrupta ordem de marcha! Acontece que esta nova tentativa de remover à bruta o atual líder eleito do PS, pela forma imposta por Mário Soares, mas sobretudo pela corja que representa, a ter sucesso, representaria o regresso ao passado do PS, e não a tentativa, titubeante, é certo, de renovar o partido que levou o país à falência.

O erro de António José Seguro foi, como então aqui se escreveu, não ter criticado abertamente Sócrates, assumindo as culpas do PS na situação desgraçada a que chegámos, mas prometendo ao mesmo tempo emendar os erros e inovar a praxis 'socialista'.

E no entanto, o Tozé ganhou mesmo as eleições!

Vejamos os resultados das eleições europeias em 2009 e 2014 no que toca aos níveis de abstenção e aos resultados dos partidos do arco governamental:

Abstenção — 2009 | 2014
  • 63,22% | 66,16%

PS — 2009 | 2014
  • 946.818 (26,53%) | 1.033.110 (31,46%)

PSD+CDS — 2009 | 2014
  • 31,7%+8,36% (40,06%) | 27,71%

Tal como na fábula do lobo e do cordeiro, o Tozé é culpado de não ter "ambição para lá de ganhar eleições". E o que é extraordinário e acresce à frase inconcebível do senhor Soares, é que atrás desta profissão estalinista de fé se perfile já uma bicha de energúmenos ideológicos para quem só conta o que conseguem sacar ao tacho do regime.

O PS de Seguro teve mais 4,93% do que Sócrates. E a coligação de governo teve menos 12,35%. Como é possível apear um líder partidário com estes números. Que dizer então de mon ami Hollande?!!!

Do ponto de vista formal, Seguro tem a lei e a lógica do seu lado. Do ponto de vista político, tem 40 mil novos militantes e uma geração de jovens dirigentes que só com ele poderão medrar. Finalmente, do ponto de vista democrático, António José Seguro tem um partido novo (o MPT) com o qual se poderá coligar em caso de vencer as próximas legislativas. Foi isto que fez Soares saltar do sofá!

Na realidade, o que se vai passar no PS é irrelevante para o país. Importante, importante, é saber como irão evoluir o MPT e António Marinho Pinto.

Sobreviverá o inseguro Seguro à incumbência imposta por Soares a António Costa? Serão os jovens turcos do PS assim tão fracos? Amanhã saberemos.

PS: Qual a solução que convém mais à coligação governamental? A manutenção do Tozé, ou um António Costa inspirado pela transfiguração estalinista de Mário Soares? Creio que o Passos de Coelho vai ajudar o Tozé!

NOTAS
  1. Todos percebemos que a atual coligação poderá até ganhar as próximas eleições, mas está tão acossada pela realidade, que dificilmente sobreviverá a nova legislatura. Por outro lado, a possibilidade de o PS arrancar uma maioria absoluta nas próximas eleições legislativas não existe. Que alternativas restam, então?

    Se não houver novidades na frente partidária, o PS, se ganhasse as próximas eleições, teria que aliar-se ao próprio partido derrotado, PPD/PSD, pois a formação de um governo com o PCP estaria sempre fora de causa, e o Livre não é galinha que voe.

    Esta grande aliança, ou governo de emergência nacional, sob a canga insuportável do serviço da dívida e de uma dívida que continua a crescer, teria, porém, o grave inconveniente de propiciar o aparecimento de alternativas radicais e populistas cada vez mais atraentes, à esquerda e à direita.

    É aqui que o joker Marinho Pinto e  MPT aparecem como a carta fora do baralho que poderá propiciar uma alternância renovada no sistema político português, com a inevitável revisão da atual Constituição que, como está, imobiliza o país de tal forma que as possibilidades de sairmos do buraco da dívida se esfumam a cada dia que passa, abrindo caminho a um muito perigoso fascismo fiscal.

    Como é bom de ver, se for António José Seguro a protagonizar estes desenvolviemntos, adeus soarismo, adeus socratismo, adeus velha guarda maçónica do PS. Se, porém, o Costa fizer o que lhe mandaram, e tiver sucesso, o pior do 'socialismo' indígena triunfará. Ou melhor, Marinho PInto triunfará, sobre o campo de batalha de um partido, o PS; que há muito perdeu a bússola da estratégia, da honestidade, da coragem e do bom senso.
Atualizado: 31/5/2014 10:12

quinta-feira, maio 29, 2014

Abstenção ativa!

E agora, que fazer com a nova maioria absoluta?


Eleições europeias | 2014

Números
População residente: 10.562.178
Eleitores inscritos: 9.702.035 (vivos, provavelmente não serão mais de 8,7 milhões...)
Votantes: 3.283.439

Percentagens do universo eleitoral
Votantes: 33,84 %
Votos brancos e nulos: 7,47 %
Votos validamente expressos em partidos: 26,37 %
Abstenção: 66,16%
Abstenção, votos brancos e nulos: 73,63%
Se descontarmos 1 milhão de eleitores-fantasma, ainda assim estaríamos em presença de uma abstenção superior a 62%.


CONCLUSÕES (comparar resultados de 2009 e 2014 no sítio da CNE) :
  1. Marinho Pinto e MPT foram buscar os seus votos aos eleitores que em 2009 votaram no Bloco de Esquerda e no PPD/PSD.CDS-PP;
  2. O PS foi buscar a sua medíocre maioria aos eleitores que votaram em 2009 nos partidos do governo hoje em funções: PPD/PSD+CDS-PP;
  3. Os partidos políticos representaram nesta eleição pouco mais do que 1/4 dos residentes (mais concretamente: 28,76%);
  4. Quem representa os outros 3/4 do povo português?
A recomposição do sistema político português teve neste ato eleitoral um verdadeiro pontapé de saída. Mas o resultado é incerto. Tudo dependerá do crescimento eleitoral do Movimento Partido da Terra, que viu a sua votação multiplicar-se por dez nestas eleições, mas que precisará de duplicar a votação destas europeias nas próximas eleições legislativas, para que se obtenham três resultados claros:
  1. gerar uma terceira força política capaz de aliar-se ao PS para formar uma maioria pragmática de centro-esquerda, forçando ao mesmo tempo uma reestruturação profunda do centro-direita e da direita portuguesa;
  2. possibilitar uma candidatura forte de Marinho Pinto às próximas presidenciais (1);
  3. e, last but not least, impedir qualquer deriva populista, sempre possível, centrada na personalidade forte do ex-bastonário da Ordem dos Advogados.
Olhando para os resultados eleitorais ficamos a saber que tudo dependerá, afinal, do que a nova maioria absoluta nascida nestas eleições europeias —ABSTENÇÃO ATIVA!— fizer face à evolução do MPT nos próximos meses.

Recomendação ao MPT

— convoque uma grande convenção democrática para definir uma base de consenso programático para 1) responder à emergência nacional em curso e 2) lançar as bases de uma democracia participativa orientada para a transparência, eficiência, justiça e liberdade.


NOTAS
  1. Marinho e Pinto: "Foi a primeira vez que votei no MPT"
    29 Maio 2014, 09:54 por Jornal de Negócios

    "Suponho que esta tenha sido a primeira vez que votou no MPT...", questionou o jornalista do Diário de Notícias. O eurodeputado eleito foi sincero: "Foi [risos]. Foi sim. Não sei de onde lhe vem essa certeza porque o voto é secreto e eu nunca anunciei o meu sentido de voto mas é um palpite muito certo. Acertou em cheio. Nunca votei no Gonçalo Ribeiro Telles mas tenho uma grande admiração por ele."

    [...]

    Marinho e Pinto assume-se também como um homem de esquerda, assim como o partido que representa. "Os valores que defendemos – os da pessoa humana – são de esquerda", explica. "A direita privilegia mais a economia, o dinheiro e os interesses que circulam à volta do dinheiro."

    [...]

    "Acabei de entrar na política... Agora toda a gente, na rua, me fala em presidenciais... eu estou na política...", diz ao Diário de Notícias. O que significa que, "na altura própria, se for caso disso, farei as avaliações e ponderações que essa possibilidade exigirá... agora não. Agora ainda não posso dar-lhe essa resposta."

    Comentário: Marinho Pinto só será um bom candidato presidencial se o MTP se tornar, nas próximas eleições legislativas, a terceira força eleitoral do país, à frente do PCP, do CDS-PP e, obviamente, do Bloco de Esquerda.
Atualizado: 30/05/2014 19:48

segunda-feira, maio 26, 2014

Hollande oferece maioria a Marine le Pen

O gesto pictórico de Délacroix em Marine le Pen: a liberdade guiando o povo?

E em Portugal, que podemos esperar do fascismo fiscal em curso?

Marine le Pen pede dissolução e mudança da lei eleitoral

Daniel Ribeiro, correspondente em Paris | Expresso
9:05 Segunda, 26 de Maio de 2014

Depois da vitória da extrema-direita em França, PS e partidos da direita caem em crise. No Eliseu, Presidente François Hollande faz reunião de emergência.

Depois dos resultados das europeias de ontem - Frente Nacional com 24,95%, a UMP com 20,79% e o PS com 13,98% - nada mais será como dantes em França.

Os partidos clássicos franceses acordaram na manhã desta segunda-feira com uma tremenda ressaca. Na direita (UMP), a liderança é abertamente contestada; nos socialistas, a ala esquerda revolta-se; no Eliseu, o chefe de Estado François Hollande convocou uma reunião de crise com vários ministros, entre eles o primeiro-ministro Manuel Valls.

Apenas um partido ganhou ontem - a Frente Nacional (FN) de Marine le Pen. Todos os outros perderam e, logo a seguir às primeiras estimativas, a líder nacionalista pediu eleições antecipadas e mudança da lei eleitoral francesa.

Ler mais


Seria isto que o pascácio do PS quer ver em Portugal?


A extrema direita nacionalista cresceu em França à sombra do cabotinismo dos partidos corruptos do centro. O fascismo fiscal de Hollande contra os rendimentos do trabalho, mas não contra os rendimentos da especulação financeira (pois para tal não tem nem força, nem porventura vontade, já que a dívida soberana se alimenta dela), a par de uma política de imigração laxista e oportunista, foram a gota de água que transbordou.

E agora? Dirão que Marine le Pen defende os ricos da França, usando o desemprego e a destruição das classes médias profissionais e pequenos rendeiros de capital, imobiliários e rurais, como artimanha. Mas onde já se viu um país sobreviver como estado, e como nação, quando se lhes decapita a classe dos ricos e as classes médias?!

Em Portugal, o fascismo fiscal protagonizado pela atual aliança de indigentes de direita, vai ter um efeito semelhante ao francês, só que de sinal contrário. O PS, que comunga do mesmo oportunismo fiscal que a aliança apodrecida atualmente no poleiro, não poderá naturalmente beneficiar do protesto de milhões de portugueses ameaçados pelo plano de confisco da propriedade herdada ou ganha através do trabalho árduo e honesto. Daí que a maioria que ativamente se abstem e absteve nestas eleições espere um discurso político novo, em nome da decência e dos valores do direito, da propriedade, da liberdade e da solidariedade. Todos desejamos a preservação do estado solidário, mas todos sabemos também que este desejo implica eficiência renovada na administração pública, definição rigorosa de prioridades em função da economia real e da obrigação de pagar, pelo menos parcialmente, os empréstimos contraídos pelos governos em nome do povo português, separação clara entre estado social e interesses privados, acabando de vez com os rendeiros indecorosos do regime — das corporações às fundações, das IPSS que não prestam contas aos monopólios e bancos que albergam a nomenclatura partidária nas suas folhas de pagamento.

Será desta?

Marinho Pinto: se for mais um epifenómeno populista, morrerá pela boca.


A maioria absoluta aguarda para ver, e não quer mais rotativismo


O pascácio do PS já era, como sempre avisámos. O Bloco já era, para bem da inteligência. Portas tem razão quando diz que a maioria não quis apear este governo — queremos, isso sim, que esta falsa maioria devorista e rendeira se afogue na própria indigência e corrupção nas próximas eleições legislativas e nas próximas eleições presidenciais. O PCP tem pela frente o enorme desafio de se tornar um partido de vocação governamental. Quer, ou não quer? Já viu o que aconteceu aos estalinistas e trotsquistas do Bloco por andarem a brincar às escondidas com o poder. O PCP é um partido pragmático, mas precisa de libertar-se do catecismo estalinista, assumindo claramente uma vocação social aberta aos tempos novos e difíceis que teremos pela frente durante décadas. Porque não dissolver-se na Aliança Povo Unido e assumir um discurso próprio do século 21? Tem gente jovem suficiente para operar de forma inteligente esta necessária metamorfose. Os velhos comunistas devem pensar mais nos seus descendentes e menos nos pregaminhos da linguagem.

E António Marinho Pinto?

A surpresa destas eleições, António Marinho Pinto e o MPT que acolheu a sua candidatura, se for mais um epifenómeno populista, morrerá pela boca. Se, pelo contrário, perceber que o futuro deste episódio está no crescimento rápido de uma nova força partidária com características distintas da sarna partidocrata que tem vindo a consumir a energia democrática do país, então deve estabelecer as próximas eleições legislativas como um obstáculo a transpor com objetivos claros: tornar-se a terceira força eleitoral do país, depois do PS e do PSD-CDSPP, e ser protagonista decisivo na escolha do próximo candidato presidencial.

Mas para aqui chegar, Marinho Pinto e o MPT vão ter que desbravar terreno virgem e trabalhar muito, com hábitos novos, largueza de vistas e pragmatismo. O anúncio que Marinho Pinto fez, do seu apoio a Martin Shultz, candidato social-democrata alemão à presidência da Comissão Europeia, é um bom prenúncio e afasta desde já a nuvem de populismo que paira sobre o conhecido e verborreico  advogado que desfez (para sempre?) a coutada indecorosa e corrupta que durante décadas a Ordem dos Advogados foi.

Vamos ter alguns meses pela frente para discutir o futuro do MPT. Uma parte dos abstencionistas ativos e vigilantes nutrem certamente esperança por mais esta demonstração inequívoca de que estamos fartos da partidocracia vigente, e por mais esta prova de que é possível mudar.

O futuro está cheio de escolhos, cadáveres adiados e dificuldades profundas. É fundamental pensarmos coletivamente e de forma inteligente, sem preconceitos, embora fieis a alguns princípios democráticos e de liberdade irrenunciáveis: o estado português de direito é um nó inalienável da União Europeia; a nação portuguesa é uma realidade individual, familiar, social, histórica e política indivisível; o direito de propriedade e a liberdade económica são aquisições históricas antigas, enraizadas e sobretudo compatíveis com a solidariedade social e intergeracional da nação portuguesa que nenhuma ilusão totalitária, por definição irracional e fanática, poderá substituir.

Seria totalmente despropositado permitir que a nomenclatura e os bonzos mediáticos começassem desde já a desenhar geometrias variáveis para o fenómeno ontem manifesto. A prioridade das prioridades é ajudar o MPT e Marinho Pinto a transformarem esta pequena chama de esperança numa tocha capaz de levar Portugal a uma mudança ponderada, mas firme, de percurso.

O 'Não Voto!' venceu largamente estas eleições

O símbolo do Movimento Partido da Terra

O António Maria mais do que acertou, outra vez ;)


Algum pirata a soldo de muitos desesperados apagou no canto superior direito deste blogue a sondagem que publicámos no dia 18 de maio. Mas de nada lhes valeu. 


A nossa micro-sondagem só pecou por prudência. Afinal, foram bem mais do que 50% (65.34%) os que VOTARAM NÃO, ou NÃO VOTARAM, ÚTIL, contra a partidocracia que nos trouxe à desgraça. 

O MPT e Marinho Pinto são a grande novidade esperada destas eleições, para a qual defendemos taticamente, recorde-se, uma ABSTENÇÃO EXEMPLAR. Rui Moreira, cujo triunfo também vaticinámos e defendemos, foi a incrível surpresa das anteriores eleições. 

O MPT está nas melhores condições (1) para provocar um efeito de bola neve na necessária e urgente mudança que é preciso provocar nesta DEMOCRACIA CAÍDA EM DESGRAÇA. Com o BE arrumado, e o PS a boiar na sua própria sopa de pedras, que há muito fede, pode finalmente surgir um partido de mudança: ecologicamente consciente (mas não primário, nem ingénuo), ativamente anti-corrupção, à direita da 'esquerda' e à esquerda da 'direita', pragmático na ideologia e na ação política, promotor da descentralização e autonomia responsável dos poderes, europeísta atento, e intransigente na defesa do trinómio estado-nação-liberdade.

Quanto aos ladrões da 'direita', em geral pobres diabos a soldo dos gangues internacionais, que querem apropriar-se dos rendimentos e da propriedade das classes médias e remediadas através do FASCISMO FISCAL, está na hora de expor a sua falta de vergonha, corrupção e arrogância. Como? Simplesmente através da observação independente da realidade que nos rodeia e ameaça, de demonstrações racionais sobre as grandes decisões que é preciso tomar, recorrendo certamente à Justiça quando  for preciso e, finalmente, convocando os votos da cidadania para algo que valha a pena!


Uma democracia onde votam menos de 50% dos eleitores, e onde os partidos eleitos não chegam a congregar 30% do eleitorado não é uma democracia plena, mas sim, uma democracia aprisionada pela burocracia, pela nomenclatura corporativa e pela partidocracia que há demasiado tempo governam em nome do povo, sem o representar verdadeiramente. 

As duas últimas eleições e as próximas Legislativas serão certamente razões de peso para convocar um referendo constitucional sobre o regime falido e insolvente que nos legaram os alegres partidos da nomenclatura demopopulista que ainda não percebeu o estado comatoso em que deixou Portugal. 

É preciso mudar! 
E para mudarmos mesmo só convocando uma NOVA CONSTITUINTE!




NOTAS
  1. A janela de oportunidade que estas eleições abriram poderá, no entanto, fechar-se rapidamente se o MPT tardar em chamar ao seu seio os inúmeros grupos mais ou menos organizados que anseiam por uma democracia claramenrte responsável, transparente e participativa. O MTP pode e deve ter como objetivo tornar-se a terceira força política e partidária do país nas próximas eleições. Mas para tal terá que atender menos aos namoricos de Sócrates ou dos farrapos do Bloco, e alimentar-se do verdadeiro humus da democracia, que por toda a parte ressoa de energia inteligente em busca de um cadinho de honestidade e coragem. Sejamos, por um dia, otimistas!

 

sábado, maio 24, 2014

Não votar é útil !

"O voto não é um cheque em branco", disse Seguro / Marcos Borga

80 medidas a pataco? Bastam 10 para mudar o regime!


Seguro assume 80 compromissos com o país
No encerramento da Convenção Novo Rumo, o líder do PS apresentou as linhas gerais do seu futuro programa de Governo.
Cristina Figueiredo | 21:00 Sábado, 17 de maio de 2014 | Expresso.
Ler mais

Das 80 medidas a pataco do vigário do PS ninguém fala, porque não existem. Mas o pascácio inseguro revelou uma preocupação clara: anda nervoso por causa da abstenção, e disse: "A abstenção é que deixa tudo na mesma". Não deixa! Só mesmo a abstenção poderá criar condições sociais para uma alteração democrática deste regime demo-populista corrupto que conduziu Portugal à desgraça mais completa dos últimos 50 anos!

Há três dinâmicas que podem favorecer claramente uma reforma saudável da nossa democracia doente e falida:
  1. uma enorme abstenção (os votos brancos e nulos continuam a favorecer o status quo)
  2. a eleição de António Marinho Pinto, a par do afastamento do Bloco de Esquerda do parlamento europeu (os estalinistas e trotsquistas que mandam no Bloco odeiam o euro e, no fundo, também odeiam a União Europeia, não é verdade?)
  3. e um empate técnico entre os principais responsáveis pela ruína do país: PS, PSD e CDS.
Já no que se refere à discussão de um plano de ação para reformar o sistema político que nos trouxe até aqui, bastam 10 medidas, nehuma delas coincidente, aliás, com a prédica aldrabada do senhor Seguro.
  1. cortar nas rendas devoristas da corja rendeira da energia, parando a construção das barragens inúteis, e fornecimentos mínimos de energia elétrica e água gratuitos a todas as famílias insolventes;
  2. ligar Portugal a Espanha e ao resto da Europa por via férrea, com ligações prioritárias a Madrid-resto de Espanha, Salamanca-San Sebastian-França e Vigo-Galiza;
  3. renegociar todas as PPP e renacionalizar o que for preciso em nome da sustentabilidade económica e financeira do país;
  4. controlar de forma efetiva e preventida bancos e especuladores financeiros;
  5. eliminar as gorduras do estado, nomeadamente através da transparência e responsabilidade administrativa;
  6. impedir o fascismo fiscal que ameaça destruir a sociedade portuguesa;
  7. defender a qualidade e eficiência dos serviços de educação e saúde públicos;
  8. descentralizar a administração pública, concentrar os governos municipais (cidades-região de Lisboa e Porto) e reforçar as competências e meios das juntas de freguesia;
  9. desburocratizar a economia;
  10. rever a Constituição em tudo o que é excesso de ideologia e excesso de doutrina que competem aos programas de governo, e no que diz respeito à melhoria radical do sistema de representação democrática, reduzindo drasticamente a importância da partidocracia no regime.

terça-feira, maio 20, 2014

Desobediência fiscal

É preciso preparar uma resposta contundente ao blitzkrieg fiscal dirigido pela corja rendeira e devorista do regime contra 10 milhões de portugueses


Os nazis colocavam Estrelas de David nas portas das casas dos judeus, lembram-se?

 

Governo força registo de casas para turistas
20 Maio 2014, 00:01 por Filomena Lança | Jornal de Negócios

As moradias e apartamentos arrendados por curtos períodos vão ter de estar incritos num registo que facilitará o seu controle. Passam a ter requisitos e arriscam a encerramento compulsivo caso não cumpram.
O Governo está a preparar a criação de um novo Registo Nacional de Alojamento Local (RNAL), onde todos os imóveis que são arrendados a turistas, por períodos de curta duração, têm de estar ...


Os pequenos proprietários que aproveitam o boom turístico momentâneo para compor as suas depauperadas receitas (muitas vezes, para sobreviverem depois de perderem o emprego e de sofrerem um verdadeiro bliztkrieg fiscal) devem exigir o mesmo tratamento favorável (temporário) que os piratas desta cleptocracia rendeira e devorista oferece ao investimento estrangeiro. Ou não é, pelo menos em parte, o turismo, investimento estrangeiro direto no país?

Se a corja do regime não for a bem, então há que mobilizar a cidadania para a DESOBEDIÊNCIA FISCAL!

Este regime demo populista, além de arruinado e prepotente, perdeu toda a vergonha. Se não agirmos depressa e bem, o fascismo fiscal e a expropriação pura e simples dos portugueses por esta corja será uma realidade.

Perguntem aos deputados portugueses que estiveram/estão no Parlamento Europeu se beneficiam ou não do esquema da segunda pensão de reforma proporcionado por um fundo de pensões confidencial da UE financiado em 2/3 pelos contribuintes europeus. Perguntem ao pascácio do PS, ao senhor Jerónimo e já não sei a quem do Bloco se desconhecem este assunto das duplas pensões dos deputados europeus...


Medidas imediatas:
  • Primeiro: não votar ou votar em quem tenha como ponto essencial do seu programa substituir a cleptocracia no poder por uma democracia transparente, responsável, europeia, mas também patriótica.
  • Segundo: exigir para quem trabalha, e para os pequenos rendeiros, proprietários e empreendedores o mesmo tratamento fiscal que é dado aos investidores estrangeiros.
  • Terceiro: eliminar os regimes de proteção fiscal de que beneficiam a corja rentista e devorista indígena (fundos imobiliários, bancos, etc.) e os politocratas.
  • Quarto: exigir em Bruxelas a União Fiscal, pela qual os piratas do PSI 20 deixarão de poder escapar alegremente ao fascismo fiscal em curso.

Low Intensity Operation MH370

Colagem de gráficos da BBC e CIA

Ex primeiro ministro da Malásia, Najib Razak, acusa CIA e Boeing de esconderem a sorte do voo MH370


Como o Facebook bloqueou a tentativa de ligar o post de Najib Razak à rede social, e antes que desapareça, aqui vai a postagem completa.

BOEING TECHNOLOGY – WHAT GOES UP MUST COME DOWN
May18th Written by chedet

1. What goes up must come down. Airplanes can go up and stay up for long periods of time. But even they must come down eventually. They can land safely or they may crash. But airplanes don’t just disappear. Certainly not these days with all the powerful communication systems, radio and satellite tracking and filmless cameras which operate almost indefinitely and possess huge storage capacities.

2. I wrote about the disabling of MH370’s communication system as well as the signals for GPS. The system must have been disabled or else the ground station could have called the plane. The GPS too must have been disabled or else the flight of MH370 would have been tracked by satellites which normally provide data on all commercial flights, inclusive of data on location, kind of aircraft, flight number, departure airport and destination. But the data seems unavailable. The plane just disappeared seemingly from all screens.

3. MH370 is a Boeing 777 aircraft. It was built and equipped by Boeing. All the communications and GPS equipment must have been installed by Boeing. If they failed or have been disabled Boeing must know how it can be done. Surely Boeing would ensure that they cannot be easily disabled as they are vital to the safety and operation of the plane.

4. A search on the Internet reveals that Boeing in 2006 received a US patent for a system that, once activated, removes all control from pilots to automatically return a commercial airliner to a pre-determined landing location.

5. The Flightglobal.com article by John Croft, datelined Washington DC (1st December, 2006) further mentioned “The ‘uninterruptible’ autopilot would be activated – either by pilot, by on board sensors, or even remotely by radio or satellite links by government agencies like the Central Intelligence Agency, if terrorists attempt to gain control of the flight deck”.

6. Clearly Boeing and certain agencies have the capacity to take over “uninterruptible control” of commercial airliners of which MH370 B777 is one.

7. Can it not be that the pilot of MH370 lost control of their aircraft after someone directly or remotely activated the equipment for seizure of control of the aircraft.

8. It is a waste of time and money to look for debris or oil slick or to listen for “pings” from the black box. This is most likely not an ordinary crash after fuel was exhausted. The plane is somewhere, maybe without MAS markings.

9. Boeing should explain about this so-called anti-terrorism auto-land system. I cannot imagine the pilots made a soft-landing in rough seas and then quietly drown with the aircraft.

10. Someone is hiding something. It is not fair that MAS and Malaysia should take the blame.

11. For some reason the media will not print anything that involves Boeing or the CIA. I hope my readers will read this.

IMPRENSA

Former Prime Minister Of Malaysia Accuses CIA Of Covering Up MH-370 Disappearance
Tyler Durden on 05/19/2014 18:19 -0400. Zero Hedge

It has been over two months since Malaysian flight MH-370 disappeared and still not a single credible trace of its final resting place has been found.

In the ongoing din over the confusion surrounding the recovery effort which has led nowhere, even the current Malaysian Prime Minister Najib Razak recently described the current rescue effort driven by satellite data of the suggested "location" of purported MH370 debris in the Indian Ocean as 'bizarre' and 'hard to believe'. Further, he told CNN when discussing the satellite data which is the basis for the current search in the Indian Ocean that 'To be honest, I found it hard to believe.... It's a bizarre scenario which none of us could have contemplated so that's why when I met the team...of foremost experts in aviation industry I asked them again and again "are you sure?"

Missing Malaysia plane: What we know
1 May 2014 Last updated at 15:19 GMT | BBC

Mystery continues to surround the fate of Malaysia Airlines flight MH370, which disappeared en route from Kuala Lumpur to Beijing on 8 March.

Malaysian authorities, assisted by international aviation and satellite experts, are now battling to piece together the plane's final hours in the hope that they can find its wreckage and explain what happened to its 239 passengers and crew. Some preliminary details were released on 1 May in a short report.

domingo, maio 18, 2014

Deputados europeus usufruem pensão secreta

Nigel Farage confessou que recebe uma segunda pensão cozinhada na UE

Contribuintes europeus financiam, sem saber, esquema secreto de pensões subscrito pela maioria dos deputados europeus. Quantos deputados e ex-deputados portugueses beneficiam deste esquema inqualificável? Expliquem lá antes de pediram o nosso voto!

Nigel Farage among MEPs to benefit from EU second pension scheme
By Bruno Waterfield, Brussels, 8:00PM BST 20 Apr 2014. The Telegraph.

Conservative, Labour and Liberal Democrat MEPs – along with Nigel Farage – benefit from secretive, heavily subsidised EU second pension scheme that will cost the taxpayer an extra £187 million.

Pelo menos 2/3 do fundo de pensões secreto e opcional que beneficia boa parte dos deputados europeus desde 1989 provém dos cofres da UE, ou seja, dos contribuintes europeus, os mesmos a quem os governos têm vindo a cortar alegremente rendimentos e pensões!

Como se não bastasse a natureza escandalosa da coisa, este fundo perdeu 200 milhões de euros nas aplicações que fez no Bernard L. Madoff Investment Securities LLC, do célebre Bernie Madoff, atualmente a cumprir uma pena de prisão de 150 anos!

Pergunta: que diz a classe política indígena a este escândalo? E que dizem os senhores deputados europeus, e os deputados europeus recandidatos, a este ato de inqualificável devorismo? Foram ou são beneficiários do esquema? Aprovam-no?

E que opinam os grandes moralistas do PCP, do PEV e do Bloco?

Só um idiota é que votaria nas próximas eleições europeias sem primeiro ver esta e outras questões do mesmo calibre devidamente esclarecidas.

So what exactly is wrong with that second pension?
Thursday, April 23, 2009, Open Europe

Today the European Parliament voted on whether taxpayers should foot the bill for a hole in the controversial second pension fund. While this is a mere show vote, the report has been approved 419 to 106, meaning MEPs have said that "under no circumstances will Parliament in the prevailing economic situation provide extra money from the budget to cover the fund's deficit, as it did in the past" (note 105). This is definitely a show vote, as the only way to change whether the pension fund is guaranteed by the EU budget, and therefore by taxpayers, is through a unanimous decision by the European Council, meaning every country has a right of veto to block this.

The pension fund dates back to 1989 and has received considerable media coverage recently. The bullet points below aim to clarify exactly what is wrong with it:

1. It is a second pension fund for MEPs: apart from MEPs from France and Italy all MEPs receive a pension from their member states already. However, in spite of this over the years MEPs from all countries have joined this 'bonus' pension scheme.

2. This is not just an extra pension whereby MEPs contribute using their own means. Two thirds of any contribution is being paid by the European Parliament (meaning the EU taxpayer) and only one third by MEPs themselves.

3. It is not even certain that they all pay one third. No one checks whether the politician actually pays anything into the fund from his or her own salary. Many in Brussels believe that a "large proportion" of Euro-MPs are using their office payments to get a free second pension on top of national schemes. The European Court of Auditors repeatedly pointed out that there is no sufficient legal basis for Parliament's additional pension scheme. However, The Bureau are claiming “that Parliament has a legal obligation to guarantee the pension rights of the current members of the fund”. They are referring to the EU legal principle of acquired rights and legitimate expectations.

4. In total there are 1113 members of the fund, however the exact names remain secret (!). Included are 478 active MEPs (61% of the total number of MEPs), 493 pensioners (of whom 56 were the dependants of deceased members) and 142 deferred members. We disclosed some of the MEPs who are part of the scheme, but this is restricted to those registered in Luxembourg where the fund is based. Today, the European Parliament called upon the Bureau (the EP President and 14 Vice Presidents) to reconsider its position and to publish the full list. Interesting that they are criticising the Bureau for lack of transparency - when they are not exactly the biggest fans of transparency themselves!

5. That the pension fund is based in Luxembourg, a known tax haven, is bizarre. It is strange that MEPs, who otherwise are the first to demand tax harmonisation and complain about tax havens, change their minds when it comes to their own money.

6. Part of the fund has been lost, partly through investments allegedly associated with the disgraced American financier Madoff, causing a hole of more than 200 million euros.

7. As if it weren't bad enough that they speculate with public money, they now expect the taxpayer to bail them out.

8. However, just when the voter has the chance to hold the Parliament to account, MEPs pretend to want to improve the situation by organising a "vote" on whether the decision by the Bureau was wise and whether the taxpayer has to pay for the losses. Nevermind that this scam has been ongoing since 1989.

9. As noted above, todays vote will change nothing: the fund has been set up under a Council decision, so only if all Member States agree can the terms of the pension fund (which states that the European taxpayer must cover all losses) be modified. So not only is the EP tackling the problem way too late, it is also trying to fool the voter. As the leader in Sueddeutsche Zeitung argues, this is simply a dishonest attempt by MEPs to try anything "to hide this disaster".

10. The Bureau of the Parliament has made some minor decisions, trying to divert attention, by deciding to increase the age at which MEPs become eligible for the additional pension and ending the option to withdraw 25% of the value of the fund as a lump sum in order to increase liquidity. This is the “too little” part of “too little, too late”.

11. Even these minor improvements are unlikely to happen. The managers of the fund in Luxembourg (including the fund's manager, former MEP Richard Balfe) have said that these decisions are in fact illegal: In an email sent to all 450 active members of the fund they said “We believe the proposed changes are not permissible under European law”.

12. Suppose the European Council does agree to abolish this fund: an angry MEP could then go to the judge and on the basis of "acquired rights and legitimate expectations" try to get the pension he was promised.


All of the above are presumably good enough reason to get rid of this scheme. At least the European Parliament agrees on this: from June onwards the second pension will not be available to new MEPs. Meanwhile, the taxpayer will be obliged to uphold the principle of acquired rights and legitimate expectations, whatever the EP votes.

Posted by Open Europe blog team at 3:46 pm

POST SCRIPTUM — O António Maria é um defensor decidido da União Europeia, como é também um acérrimo defensor da democracia. Compreende, porém, alguns dos argumentos eurocéticos contra a burocracia partidária e contra os grandes lóbis financeiros que tomaram conta das instituições da UE. Está também cada vez mais preocupado com a insensibilidade e corrupção das partidocracias que engordaram à sombra das democracias populistas em que deixámos transformar a maioria dos regimes representativos da Europa.

Dito isto, somos 100% a favor de uma federalização progressiva da UE; somos a favor do reforço político da Zona Euro, dotando-a de poderes exclusivos a que não deverão ter acesso os membros da UE fora do euro, somos a favor de  maior transparência nos processos de decisão europeus, recorrendo nomeadamente, em todas as questões vitais da UE, como os tratados internacionais, por exemplo, à realização de referendos com poder vinculativo.

Os partidos querem que votemos nas eleições europeias, mas alguma das criaturas do arco da desgraça português, incluindo o PCP e o Bloco, trouxeram ao conhecimento público os termos do infame tratado comercial que está a ser negociado entre Bruxelas e Washington? O Vital Moreira não foi/é um dos negociadores da coisa?

Vejam só o que escreve o GEAB deste mês sobre o infame tratado de "livre" comércio entre os EUA e a UE:

We have already given a warning on the considerably increased risk of seeing the EU sign the TTIP (Transatlantic Trade and Investment Partnership) with the US after secret negotiations (so much so that even the Member States don’t know the true content currently being negotiated by Brussels and Washington technocrats). On the 16th April last, 535 out of 766 MEPs, thanks to the almost unanimous Conservative vote (230 EPP), Liberals (72 ALDE) and Socialists (155 S&D) in particular, adopted the ISTS, this famous clause that Washington has imposed on Europeans in the framework of the TTIP adoption and which allows “investors” (multinationals and others) to take legal proceedings against the States (and therefore taxpayers) when legislative changes penalise their economic activities. In summary, citizen-taxpayers will have to pay fines to foreign businesses if they vote for regulations (environmental, health or others) harmful to the latter’s profits! And the icing on the cake: you can look, but NO ONE in the media has reported on this vote.

Atualizado: 19/05/2014 08:17 WET

sábado, maio 17, 2014

Todos prometem crescimento!

Os stocks acumulam-se...

Todos prometem o que não existe. E há idiotas que acreditam e votam nas promessas — são os eleitores...


A promesa de crescimento é uma ladainha populista que só convence os idiotas e os que vivem aninhados no orçamento de estado. E Você, que não é idiota, acredita que vem aí crescimento, só porque o governo promete que agora sim, ou porque o pascácio do PS diz que com ele é que vai ser?

Então repare bem (clique nos gráficos para ampliar)

As vendas a retalho da Caterpillar mostram o fim do boom Keynesiano

Milhões de carros por vender em todo o mundo...
O Baltic Dry Index, que mede a procura de navios e carga marítima, o gráfico do colapso nas vendas da Caterpillar, líder mundial de máquinas usadas na contrução civil, as acumulações clandestinas de carros por vender que acabam na sucata (Unsold Cars), ou a queda imaprável do crédito privado na Europa, são indicadores da natureza sistémica da crise, cujo fim pressupõe outros paradigmas de desenvolvimento humano — precisamente aquilo de que as democracias populistas fogem, como o Diabo foge da cruz.

Tudo o que vimos até agora foi um maremoto de liquidez virtual deslocando-se dos bancos centrais para os bancos e governos, perpetuando o mito de que são ambos demasiado grandes para falir. À economia não chega, nem pode chegar, um cêntimo que seja!

Outro dado indesmentível da impossibilidade de crescimento económico nas atuais circunstâncias vem do setor financeiro, onde, não só é patente e escandalosa a indigência da banca portuguesa (BES, BANIF, BCP, ex-BPN, etc.), como é assustadora a exposição catastrófica do Deustche Bank (8º maior banco do mundo) ao buraco negro dos derivados financeiros.

Exposição do DB aos derivados financeiros especulativos

Deutsche Bank Scrambles To Raise Capital: Will Sell €8 Billion In Stock At Up To 30% Discount
Tyler Durden on 05/18/2014 11:46 -0400. Zero Hedge.

This is a chart we have been presenting since last year, updated periodically, showing just how vast Deutsche Bank's potential undercapitalization is/would be if, as in the case of Lehman, for some reason gross exposure suddenly became net, and there was counterparty failure. It is also the reason why we predicted as recently as last month when Deutsche announced it would issue another €1.5 billion in Tier 1 capital, that the German megabank's capital raising is far from over.

Sure enough, just out from Bloomberg:

    Deutsche Bank preparing a capital increase, aims to raise EU8 billion through new shares by end of June, Handelsblatt says, citing unidentified people in the finance industry.
    Deutsche Bank likely to get new single investor
    Negotiations ongoing, haven’t been made final
    Deutsche Bank declined to comment: Handelsblatt

Who will buy the shares?

Atualizado: 18/05/2014 19:06 WET