domingo, dezembro 15, 2013

Alemanha aponta caminho: mais democracia!

Sigmar Gabriel (E), chefe do Partido Social-democrata (SPD) e Horst Seehofer (D), líder do CDU, apertam as mãos observados pela chanceler, Angela Merkel (C), que segura uma versão impressa do acordo de coalizão (AFP/Arquivos, JOHN MACDOUGALL)

Alemanha e a Grande Coligação: um processo histórico de decisão que aponta o futuro dos processos democráticos na Europa. Menos partidocracia e mais referendos. As pessoas não são estúpidas!

Euronews: A Alemanha vai ter um governo de grande coligação. Os militantes social-democratas aprovaram por larga maioria a coligação governativa com os democratas cristãos de Angela Merkel, depois das eleições de setembro não terem dado uma maioria absoluta.

No referendo no maior partido da oposição da Alemanha, o SPD, votaram 396 mil membros dos 475 mil que compõem o partido. O anuncio do resultado coube à tesoureira do partido, Barbara Hendricks, em Berlim, que deverá ser a próxima ministra alemã do ambiente.

Hendricks declarou que “75% dos votantes” aprovaram o acordo de coligação com os conservadores de Angela Merkel.

Em Portugal, para aqui chegarmos, vai ser preciso mudar as lideranças do PS, do PSD e do PCP. Vamos ter também que esperar pela saída do Pastel de Belém. Mas a corrida para uma metamorfose do regime democrático já começou. As próximas eleições europeias serão muito importantes para mostrar que há uma maioria de eleitores e de portugueses que não se reconhecem, nem nos excessos ideológicos da Constituição, nem na partidocracia, nem na corrupção. Queremos mais democracia e menos burocratas!

Queremos acabar de vez com o predomínio dos cleptocratas, rendeiros e devoristas na tomada de decisões que são da exclusiva responsabilidade e direito exclusivo dos eleitores e seus legítimos representantes.

Como o síndroma da Cadeira de Salazar continua patente, vai ser preciso alguém dar um pequeno empurrão para a bola começar a rolar de uma vez por todas.

PS: aos que temem o regresso dos piratas que afundaram o país ao topo da pirâmide digo: basta haver consenso num ponto: quem nos trouxe até este buraco não pode tirar-nos do buraco. Simples e direto!

sexta-feira, dezembro 13, 2013

Meu caro Vasco

Você quer o Rui Rio presidente, presidencialista, é isso?

João Oliveira, membro do CC do PCP, deputado e advogado.

Um Presidente executivo apoiado por uma larga parte da população (embora sob a vigilância de uma Assembleia da República) estabeleceria quase com certeza a estabilidade institucional e legal que tanta gente pede – com Rui Rio à frente. Mas nesse ponto ninguém se atreve a tocar. In O presidencialismo, Vasco Pulido Valente, Público, 13/12/2013 - 00:10.
 O ponto de partida deste artigo de VPV compromete a conclusão que pretende tirar: a de que todos queremos o presidencialismo, mas não ousamos dizê-lo. E o erro inicial é este: não foi o ódio aos partidos que conduziu ao colapso da monarquia, e depois ao colapso da república, mas o mesmo desmame colonial que 40 anos depois provocaria a queda do corporativismo nacionalista de Salazar. O dinheiro de Bruxelas que veio entretanto foi apenas um balão de oxigénio num país que se habituou durante séculos a viver do trabalho alheio e de vantagens competitivas que não lhe custaram quase nada a obter, manter e gastar. O problema, meu caro Vasco, é que onde não existe burguesia economicamente forte, quer dizer, rica, educada, inteligente e independente, não pode haver democracia propriamente dita, nem muito menos democracia que dure e não acabe, pela corrupção descarada e criminosa em que invariavelmente colapsa, no charco das ditaduras e dos presidencialismos. Mas quer V. outra ditadura? Ou um presidencialismo que evolua para outra ditadura? Mas isso é pura continuidade histórica num tempo pós-colonial! Impossível, meu caro Vasco.

Dos jornais
Capucho 'equipa-se' para correr a Belém como independente
João Oliveira: "PS de Seguro está amarrado a mesmos interesses do tempo Sócrates"
Costa é um tarimbeiro sem mundo, nem vontade própria; Guterres fugiu do lugar e não creio que se candidate, nem empurrado; Santana já provou que não serve; Marcelo é comentarista, não é? Sobram, pois, Capucho e Rui Rio, uma vez que o Durão, tão cedo não porá os pezinhos na santa terrinha. Dos dois, parece evidente que Rui Rio sabe o quer e já deu provas suficientes de que leva a água ao moinho, contra ventos e marés. Quando as presidenciais chegarem será isto mesmo que os portugueses exigirão. Gostemos ou não de Rui Rio — e eu gosto, apesar da guerra que arranjou no Porto contra a famiglia subsidiada da Cultura.

Uma vez que o PS está perdido por mais de uma década, a melhor parelha que vejo para substituir a atual é esta: Paulo Rangel, na direção do PSD e como PM, e Rui Rio em Belém. Não gostam? É o que há!

Entretanto...

Era bom que esta geração do PCP (João Oliveira, etc.) acordasse e colocasse o partido próximo dos 20%. Seria bom para a democracia, pois significaria um PCP fora da liturgia estalinista-cunhalista, e forçaria o PS a ter juízo!

Ainda sobre os medos e a hipocrisia anti-presidencialista

Em política não se devem fazer previsões, pois quase sempre falham. Limitei-me a contar os putativos candidatos presidenciais e a opinar sobre qual deles faria alguma diferença em Belém. Rui Rio certamente far
ia. Vasco Pulido Valente acredita que ele tem uma agenda presidencialista, uma agenda, aliás, apoiada por muitos, supõe VPV.

Eu creio que, sem precisar de mais poderes, o próximo PR pode fazer muito mais do que o Pastel de Belém tem feito. Pode avisar que enviará para o TC tudo o que se aproximar de um uso indevido da Constituição em benefício da partidocracia, das corporações, dos rendeiros, dos devoristas, etc. Pode levar a sério a questão da confiança política no chefe do governo. Pode assumir plenamente a sua condição de chefe militar supremo do país (não deixando alguma vez que criaturas como o Aguiar Branco possam chegar a ministros da defesa). Mas o principal é que tenha uma influência decisiva na mudança do regime corrupto e falido que temos, promovendo uma democracia transparente, responsável, justa e sustentável. O futuro PR deverá deixar transparecer de forma inequívoca e desde já que sabe bem o que quer, e que tal vontade coincide com o sentimento maioritário do país. Presidencialismo? Não. Apenas uma forma constitucional de impedir que nos tornemos em breve numa democracia falhada irrecuperável.


Última atualização: 14-12-2013 22:50 WET 

Nem comboios, nem navios

Contentores da MSC

MSC deixa portos portugueses a ver navios

Público: “A decisão de suspender o processo partiu da sede da multinacional em Genebra.”

A política de transportes deste governo está a desmoronar-se aos pedaços, cortesia do Sérgio das PPP e do motorista do BES, Pedro Passos Coelho. Obedientes ao Bloco Central do Betão e ao albergue maçónico que temos, o Sócrates Pinto de Sousa e os dois coelhos, o Jorge e este Pedro, entregaram-se de alma, bolsos e coração, ao aeroporto da Ota, para lixar o Porto, dar trabalho aos empreiteiros do regime e cumprir o que os seus antepassados prometeram ao senhor Ho. O resultado está à vista: TAP e CP falidas até ao tutano; 60% do mercado aeroportuário em trânsito acelerado paras companhias Low Cost; as empresas rodoviárias TIR a deslocalizarem-se para Madrid e para os portos secos que Espanha está a semear ao longo da raia (Vigo, Salamanca, Badajoz...) e, finalmente, o golpe de misericórdia da MSC!

MSC desiste da entrada na operação ferroviária, Público, 12/12/2013 21:00

A ferrovia prefere a bitola europeia (UIC) ligada aos portos, pois não gosta de roturas de carga. Logo, a MSC abandona Portugal atraída pelo canto de sereia de Ana Pastor. A Espanha tem a segunda maior rede de alta velocidade ferroviária do mundo, e vai investir OITO MIL MILHÕES DE EUROS NA MELHORIA DE PORTOS E FERROVIA, ligando os principais portos de águas profundas (Corunha-Langosteira, Vigo, Huelva, Algeciras, Valéncia, Barcelona, etc.) à Europa através da implementação da bitola europeia ferroviária (UIC). É uma política de transportes inteligente. É a política de transportes oficial de Bruxelas!!!



Para que servirão então os portos portugueses se a mercadoria ficar a boiar numa ilha ferroviária? Ora diga lá, senhor Pastel de Belém?

Este governo, por completa e desmiolada obediência aos Desperados das PPP e do betão, está a dar cabo das traves mestras de qualquer economia industrial: a energia e a mobilidade. Quando todos percebermos o crime, algum dos idiotas deste governo, ou do próximo, virá explicar que está tudo controlado, e que vão já a correr colocar as travessas da bitola europeia no sítio, pelo menos de Sines até Badajoz. Até esta tarde o governo sempre manteve que a ligação do Porto de Sines a Espanha é para ser em bitola ibérica. Pobres diabos!

E o caricato Seguro, que opina?


COMENTÁRIO

Chama-se a isto "deslocalização". E para onde vai a MSC?. E as outras? Andorra é uma hipótese, mas não acredito que tenha porto. Assim sendo, o candidato é um dos 3 portos do golfo de Cádiz.

Imagino que a MSC & Cª devem ter ficado sensibilizados com a intervenção da Ana Pastor em Cádiz quando anunciou os 8 mM€ para a melhoria das infra-estruturas, valor esse certamente proveniente do programa 2014-2020, o que significa que esse mesmo programa está formalmente encerrado.

Outra das coisas (possivelmente a única) que ainda merecia alguma atenção relativamente à CP Frota era o transporte de contentores por ferrovia. Ora se a MSC está desinteressada,...., está tudo dito. A privatização da CP Frota já era.

Ainda por cima não esperaram a entrega das fantásticas conclusões de um grupo de trabalho criado pelo Sérgio para as infra-estruturas. Estes tipos da MSC são mesmo uns marotos. Agora que a coisa estava a ficar mais animada é que resolveram "suspender ferro" e zarpar daqui para fora.

Como no caso do NAL, na Ota ou em Alcochete, se a TAP se vai, para que queremos nós um NAL. Ora se uma MSC decide o que decide, para que queremos nós portos preparados para os Super-Panamax?

Mas vá lá, descobriu-se agora o vanguardista conceito de portos Low-Cost, coisa do Augustus Mateo, claro, e assim será certamente pertinente investir em portos. Também já se tentou um NAL por 600 milhões, em Alcochete, para as Low Cost, diziam... Porque não então outros tantos em portos low cost. Já agora façam 2 para fazerem companhia um ao outro.

A pouco e pouco começa-se a perceber os contornos e o alcance das (in)decisões em volta da UIC. O "sistema" portuário está a comer por tabela, e aquilo que tantas vezes se alertou relativamente à concretização do programa ferroviário espanhol está agora a aparecer à luz do dia.

Creio pois que os portos nacionais têm um grave problema de competetividade face aos espanhóis.

O Rui Moreira na sua última entrevista em 2 colunas disse muito.

Porto reconhece apenas Leixões como porto. Ligações ferroviárias se possível em UIC, é com a Galiza, desinteressando-se de Lisboa e da Beira Alta, para mercadorias. Estação de AV no Porto será no aeroporto de Pedras Rubras. É claro que o Porto se quer ligar à Europa via Galiza, pois pelo centro e sul está cada vez mais difícil! Será assim tão complicado perceber isto?

Um bom fim de semana.

RMV

Barragem da Foz do Tua: uma PPP inconstitucional

É este vale que a EDP e o PS+PSD+CDS/PP querem assassinar. Foto @ JFA

Se querem pagar menos pela luz, parem as novas barragens!

A barragem da Foz do Tua é, entre outras coisas um decisão inconstitucional. Que opinam os jovens líderes do PS sobre isto? João Galamba? Isabel Moreira? Pedro Nuno Santos?

Publicamos na íntegra a mais recente iniciativa legal contra o embuste das barragens, que não aumentam significativamente a quantidade de energia produzida, que são encargos inaceitáveis para os portugueses nos próximos 75 anos, que servem sobretudo para alimentar os rendeiros do oligopólio da energia, que cheiram a corrupção que tresandam, e que atentam gravemente contra o ambiente e contra as populações atingidas. Um exemplo apenas: se a barragem da EDP no Fridão for construída, e um qualquer acidente, por exemplo sísmico, fizer ceder o paredão da mesma, a cidade de Amarante, pura e simplesmente, desapareceria do mapa!

Não podemos continuar a romaria das queixas contra os cortes e a invadir as galerias da Assembleia da República se não atacarmos a origem do descalabro. As PPP rodoviárias, das águas e lixos, e ainda as PPP das barragens, são a principal causa do agravamento insustentável do endividamento público e privado do país. Ser não opusermos uma barreira definitiva a estes assaltos, os cortes continuarão e o fascismo fiscal também!

O António Maria apoia, pois, sem reservas a iniciativa de 'litigância estratégica' contra o embuste da barragem de Foz Tua, e denuncia o Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico (PNBEPH, 2007), da lavra do anterior governo PS e dos piratas José Sócrates Pinto de Sousa e António Mexia, por ser um completo embuste e um roubo sem precedente a todos os portugueses, quer pela via do fascismo fiscal em curso, quer pela via das abusivas faturas elétricas que a EDP e o resto do oligopólio energético (que inclui as espanholas Iberdrola e Endesa) impõem aos consumidores e a toda a economia.

O senhor Seguro, em vez de andar com partes gagas em volta do IRC e das pensões dos funcionários públicos (que o seu antecessor preparou), que se pronuncie sobre a barragem do Tua!!! 


Publicado em ADVOCATUS
Advogados estreiam “litigância estratégica” contra barragem de Foz Tua

Vinte advogados portugueses, entre os quais se conta um ex-bastonário e cinco professores universitários, assinam uma declaração contra a construção da barragem de Foz Tua que é apresentada hoje, na Fundação Luso-Americana. Trata-se do primeiro caso em Portugal de “litigância estratégica”.

Estes advogados, que se intitulam “Advogados pelo Tua” representam a “Plataforma Salvar o Tua” que intentou no Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela, no passado dia 2 de dezembro, uma ação judicial visando suspender os trabalhos na barragem Foz Tua.

Trata-se do primeiro caso em Portugal de 'litigância estratégica", em que um número significativo de advogados representa, em regime “pro bono”, organizações e cidadãos que procuram defender o interesse público e proteger o património nacional.
 
Entre os signatários estão Agostinho Pereira de Miranda, Augusto Lopes Cardoso, Fernando Fragoso Marques, José Manuel Lebre de Freitas, Manuel Almeida Ribeiro, Manuel Magalhães e Silva, Pedro Raposo e Rita Matias.

Os advogados apresentam 10 razões para suspender a barragem Foz Tua, considerando que a sua construção é ilegal, viola o direito constitucional ao ambiente, não cumpre os objetivos, é cara e é um atentado cultural.

Eis a declaração na íntegra.

“ADVOGADOS PELO TUA”

DECLARAÇÃO

Foi iniciada a construção da barragem Foz Tua. Está assim iminente a destruição do Vale do Tua, uma das mais belas, ricas e bem preservadas paisagens de Portugal, parte da herança e identidade nacionais. Não podemos assistir indiferentes à destruição irreversível de um património de inestimável valor social, ecológico e económico. Por isso, decidimos agir através dos meios que a Lei nos faculta. Dez razões objetivas para suspender a construção da barragem Foz Tua:

1. É ilegal. O aproveitamento hídrico do Vale do Tua viola a Convenção para a Proteção do Património Mundial, Cultural e Natural (1972) que Portugal ratificou através do Decreto nº 49/79, de 6 de Junho.

2. Viola o direito constitucional ao ambiente. A barragem Foz do Tua acarreta restrições intoleráveis do direito de todos ao ambiente, tão fundamental quanto os direitos, liberdades e garantias individuais.

3. Desrespeita o estatuto conferido pela Unesco. Foz Tua constitui uma flagrante violação dos valores que deram origem à classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial da Unesco.

4. Não cumpre os objetivos. Foz Tua faz parte do Programa Nacional de Barragens, que produziria no seu conjunto 0,5% da energia gasta em Portugal (3% da eletricidade), reduzindo apenas em 0,7% as importações de energia e em 0,7% as emissões de gases com efeito de estufa. Foz Tua contribuiria com uns míseros 0,1% da energia do País.

5. Não é necessária. As metas do Programa já foram ultrapassadas com os reforços de potência em curso: a curto prazo disporemos no total de 7020 MW hidroelétricos instalados (o Programa pretendia alcançar os 7000 MW), dos quais 2510 MW equipados com bombagem (o Programa previa chegar a 2000 MW). Será assim sem nenhuma barragem nova.

6. É cara. As novas barragens, se avançarem, custarão cerca de 15 000 milhões de euros, que os cidadãos vão pagar na fatura elétrica e nos impostos - uma média de 1500 euros por português. Com estas barragens, durante os 75 anos das concessões, as famílias e as empresas pagarão uma eletricidade pelo menos 8% mais cara.

7. Há alternativas melhores. Todos os objetivos de política energética podem ser cumpridos de forma muito mais eficaz e mais barata com opções alternativas, destacando-se três medidas: (i) investimentos em eficiência energética, com custo por kWh 10 (dez) vezes menor que Foz Tua; (ii) reforço de potência das barragens existentes, com custo por kWh 5 (cinco) vezes menor que Foz Tua; (iii) dentro de poucos anos, a energia fotovoltaica será competitiva com a rede.

8. É um atentado cultural. A albufeira de Foz Tua destruirá a centenária linha ferroviária do Tua, um vale com paisagens naturais e humanas de elevado valor patrimonial e turístico, para além de pôr em perigo a classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património da Humanidade.

9. É um atentado ambiental. Foz Tua destruirá irreversivelmente solos agrícolas e habitats ribeirinhos raros, porá em risco espécies ameaçadas e protegidas, criará riscos adicionais de erosão no litoral devido à retenção de areias, e provocará inevitavelmente a degradação da qualidade da água.


10. É um atentado económico e social. A barragem põe em causa a qualidade vitivinícola desta secção do Alto Douro, devido ao sério risco de alterações microclimáticas. Desaparece a possibilidade de rentabilizar activos turísticos de alto valor, como os desportos de águas brancas, a ferrovia de montanha e o eco-turismo. Criar um emprego permanente no turismo é 11 (onze) vezes mais barato que criar um emprego na barragem.

Há empreendimentos cuja construção se justifica, em nome do desenvolvimento sustentável do País. Outros, como a barragem de Foz Tua, empobrecem-nos a todos. Não podemos aceitar a destruição de um património ambiental único, sem qualquer ganho para o País e o bem público. É nossa responsabilidade garantir que as gerações futuras terão a oportunidade de desfrutar, como nós, o Vale do Tua.

Os signatários desta Declaração estão unidos numa vontade comum:  SALVAR O TUA


Signatários da Declaração

Afonso Henriques Vilhena
Agostinho Pereira de Miranda
Alexandra Vaz
António Furtado dos Santos
Augusto Lopes Cardoso
Carla Amado Gomes
Elizabeth Fernandez
Fernando Fragoso Marques
Hernâni Rodrigues
Jan Dalhuisen
José António Campos de Carvalho
José Manuel Lebre de Freitas
Manuel Almeida Ribeiro
Manuel Magalhães e Silva
Maria da Conceição Botas
Pedro Cardigos
Pedro Raposo
Raul Mota Cerveira
Rita Matias
Vitor Miragaia

Fonte: Advocatus

sábado, novembro 30, 2013

Rota da Seda Express

Forget the space race. The new arms race is over high-speed trains — Smart Planet.

4 mapas e o desastre da governação indígena

Portugal corre o sério risco de se transformar numa ilha ferroviária e portuária se o atual secretário de estado Sérgio Monteiro (o homem de mão das PPP) continuar a destruir a mobilidade do país, com o beneplácito dos serviçais de turno: o magnífico ministro cervejeiro que substitui o incómodo e independente Álvaro Santos Pereira, o Maduro que começa a cair de podre e vai tomar conta (!!!) do QREN, e o responsável-mor por todo este descalabro, e motorista do BES, o imprestável Jota PM Pedro Passos Coelho. Este governo está, realmente, a destruir o país!

Os mapas que se seguem explicam, sem mais palavreado, a completa indigência, incultura e irresponsabilidade da cleptocracia que tomou de assalto a praia portuguesa, com a colaboração, é certo, de uma chusma de intelectuais invertebrados, e que continua sem perceber que, mais cedo ou mais tarde, o destino evidente lhe cairá em cima como um pesado saco de mortos.

A China sempre esteve atenta à Europa, pois pertence à mesmíssima Eurásia

A União Europeia não anda a dormir, exceto alguns ladrões de Lisboa

Quando o Islão começou a ameaçar a Rota da Seda, a China procurou alternativas nos oceanos e aproximou a capital principal do  mar (Rotas do Grande Navegador chinês Zheng He)

A antiga Rota da Seda que o Islão comprometeu temporariamente

A recente análise agregada do Banco de Portugal sobre a queda da economia portuguesa não diz nada de útil ao país, a não ser que as falsas PME, que são uma parte muito significativa, em volume de negócios, do conjunto das PME e que, na realidade, não passam de extensões bancárias dissimuladas, ou braços 'independentes' dos grandes grupos rendeiros do país, perderam o grande mercado das obras públicas desnecessárias e/ou abusivas e ruinosas (PPP etc.), tendo ao mesmo tempo perdido o grande mercado falsamente verde da especulação energética. Para retirar Portugal do plano inclinado em que está resta uma única oportunidade no terreno das obras públicas: construir depressa e bem a rede ferroviária de bitola europeia que falta para ligar as cidades-região de Lisboa e Porto e os principais portos do país a Espanha e ao resto da Eurásia!

Corea del Sur quiere restablecer la Ruta de la Seda

La presidenta surcoreana, Park Geun-hye, ha propuesto restablecer la Ruta de la Seda: crear una red común de autopistas y rutas ferroviarias que conecte Corea del Sur, Corea del Norte, China, Rusia, Asia Central y Europa.
El proyecto, titulado 'La Ruta de la Seda Express', se presenta como un plan global destinado a promover la idea de una Eurasia única. Aparte del transporte, prevé unir también las infraestructuras energéticas de la región y crear un bloque económico común.

Según Park Geun-hye, el programa contribuirá a establecer la paz en la zona y a resolver los problemas relacionados con Corea del Norte. Llamó a que Pyongyang colaborara en el proyecto y siguiera el camino de reformas y apertura hacia el resto del mundo.

Texto completo em RT

¿Nueva Ruta de la Seda?: China marcha a la 'conquista' de Europa y Asia Central

En su 'marcha hacia Occidente' el primer ministro Chino llegó esta semana a Europa para visitar Rumanía, tras asistir a la reunión de líderes de China-Europa Central y Oriental (CECO). Una marcha que vislumbra una nueva Ruta de la Seda.
Durante la reunión con su homólogo rumano, el mandatario chino Li Keqiang anunció que su país tratará de duplicar el comercio con los países del centro y este de Europa para el año 2018. El valor de los intercambios comerciales entre China y Europa Central y del Este llegó a 52.000 millones de dólares en los primeros diez meses de 2013. Si se alcanza la meta de Li, el comercio de China con la región debería elevarse a más de 120.000 millones de dólares en los próximos cinco años.

Pero, ¿cómo pretende China lograr esta meta? El gigante asiático planea seguir un camino ya conocido: apoyar el financiamiento de proyectos de infraestructura a gran escala, como atestigua el compromiso de Pekín de construir un ferrocarril entre Hungría y Serbia (ambicioso plan que vinculará en el futuro China con centro Europa).

Texto completo em RT

Em 7 de agosto de 2005, foi confirmado que o Departamento do Patrimônio Histórico de Hong Kong pretende propor a Rota da Seda Marítima como Patrimônio da Humanidade. Wikipédia.

Is China's New High-Speed Train Worth the Trek?

China opened the world's longest high-speed rail line, connecting Beijing in the north to Guangzhou in the south in just eight hours. The WSJ's Carlos Tejada explains the pros and cons of taking the train versus flying. | WSJ, 12/26/2012 11:44:12 PM3:08

quinta-feira, novembro 28, 2013

IAG punch

O patrão da IAG anuncia assalto final à TAP

Nós avisámos!

Patrão do IAG diz que “muita coisa mudou” desde que admitiu interesse pela TAP

O ‘desinteresse’ pela privatização da TAP é a posição oficial do IAG desde o Verão de 2012, quando o grupo reverteu a posição afirmada por Walsh em Julho de 2011, de que olhava com interesse a TAP pela “forte rede” que tem no Brasil e que faz da companhia portuguesa “o primeiro player entre a Europa e o Brasil” (clique para ler: IAG (BA - Iberia) declara interesse na TAP pela força da companhia portuguesa no Brasil e IAG “baralha” posição sobre privatização da TAP apesar da “profissão de fé” no hub de Lisboa)  

— O que é que se passou? O que é que mudou?, questionou o PressTUR.

— Muita coisa mudou — respondeu Willie Walsh, sem querer ser mais específico quanto ao caso da TAP.

Porém, hoje, ao participar na Cimeira da CAPA, Willie Walsh deixou transparecer que um dos aspectos que mudou foi a sua maior ênfase nos benefícios que viriam para o mercado europeu da aviação de algumas companhias irem à falência e desaparecerem.
“Penso que a Europa beneficiaria com a consolidação através de falências”, defendeu Willie Walsh, que criticou a Comissão Europeia pela ineficácia em travar ajudas de Estado que apenas prolongam a vida de companhias e distorcem o mercado.

“Tivemos aproximações de várias companhias aéreas expressando interesse no nosso investimento nelas”, mas o grupo não vê que qualquer valor possa ser alcançado pelo investimento em companhias que precisam ser reestruturadas.
“Penso que é terrível continuarmos a ver Governos intervirem e fornecer suporte a companhias aéreas que honestamente não merecem apoio, que não deveriam estar em actividade hoje”, sublinhou—in presstur, 28/11/2013.

Só restam os brasileiros da TAM ou o colombiano da AVIANCA

Para os principais grupos europeus, Lufthansa, AirFrance+KLM e IAG, a TAP e a Alitalia são para abater, havendo por parte das restantes companhias aéreas europeias capacidade para assegurar o serviço.

Quando se pode deitar mão de uma série de rotas a preço ZERO, porque razão gastar dinheiro?

Também por aqui o NAL morreu

Se para os principais grupos europeus, as companhias amparadas pelos estados estão condenadas a morrer, que justificação haverá para um NAL se a TAP colapsar? 60% das rotas da TAP —de médio curso— são um alvo apetecível e cada vez mais ao alcance das Low Cost. Portugal é já, no essencial, um destino Low Cost. As exceções de Luanda ou dos Emiratos não têm expressão suficiente para alterar o novo panorama. Em suma, a Portela, Faro e Sá Carneiro são infraestruturas, não só convenientes, mas de luxo!

Desde 2006 que avisámos o fim desta história. Quem fez orelhas moucas é responsável!


ÚLTIMA HORA

Os Noruegueses também aderiram ao Low Cost. Só os ricos da TAP e da RTP é que pensam que o mundo ainda não mudou... Norwegian abre base em Barcelona. Low Cost Portugal.

E até os israelitas já entenderam que o mundo mudou! UP da El Al levanta voo na Europa. Air Journal.

E ainda um artigo sobre tendências Low Cost publicado pela Air Low Cost Info: "É evidente: a Ryanair tem um novo modelo de negócio. Porquê?"

Resposta: A Rya está em processo de migração optando, não por uma guerra de preços, mas pela melhoria dos serviços. Embora tenha maior quota de mercado, está a seguir a estratégia da easy. Por exemplo, entre operar na Portela ou no Montijo, neste momento a Rya prefere a Portela. Se fosse há dois anos teria preferido certamente o Montijo. RMV

C/RMV

El País fala português

El País em português. Capiche?!

O que Vasco Graça Moura e muitos literatos indígenas não perceberam sobre o Acordo Ortográfico. Na realidade, continuam atolados em Alcácer Quibir.

Duas línguas irmãs

Este jornal fala, a partir de agora, também o português. Foi o abraço das duas línguas irmãs de um continente dividido, sobretudo, pelo idioma, segundo me dizem alguns intelectuais. Duas línguas prenhas de história e de cultura, berços, ambas, de uma literatura invejável no mundo.

Meio continente da América Latina fala a língua de Cervantes e García Márquez, e o outro meio – como dizia anteontem em uma entrevista a este jornal a presidenta da Academia Brasileira de Letras, Ana Maria Machado – fala o português de Camões e Guimarães Rosa, indicando que o Brasil, mais do que um país, é quase metade do continente.

in Juan Arias, El País (Edição Brasil)

Há tanta coisa que os rendeiros indígenas não há meio de perceberem. Há tanta lesma nos governos e nas administrações públicas e subsidio-privadas que insistem em levar o país ao fundo.

José Rodrigues Migueis, que vivia em Nova Iorque e escrevia para o já desaparecido Diário Popular, falava da Portugaliza como destino. Eu defendo eurocidades pela raia fora, de Valença até Vila Real de Santo António. Mas os piratas que mandam neste país preferem que este vá alegremente ao fundo.

A associação da TVI ao grupo Prisa fez da TVI uma vencedora, também no setor da informação. Próximo evento: prevejo uma associação da Globo e da TVI/Prisa para arrumar de vez com a indigente, mas mimada com Champagne e caviar, RTP. Todos os meses eu e as galinhas deste país pagamos uma renda à RTP disfarçada na fatura da EDP. Pago RTP na casa de Lisboa, que uso. Pago RTP no apartamento do Porto, que não uso se não um ou dois meses por ano. Pago RTP por um velhos armazém de batatas vazio na quintinha do Douro. Através da ZON pago ainda, seguramente, mais algum à malta do Preço Certo e de outros programas inenarráveis. Pergunto: será que os postos de abastecimento de energia aos automóveis elétricos, também pagam RTP?

Esperemos que a falência do país e a pressão dos credores, ao menos acabe com a corja rendeira e devorista que mata lentamente Portugal.

Entretanto, vou começar a ler a versão lusíada do El País. Assim como assim, leio e vejo cada vez mais o Euronews!