O senhor Pingo Doce deveria estudar bem este acordo antes de atacar os chineses!
A Catarina deveria dirigir a pergunta, antes de mais, ao 'socialista' Vital Moreira, que tanto entusiasmo nutre pela famosa parceria, mais conhecida por TTIP, que os americanos querem impor à Europa a toda a pressa. Já agora, que pensa o vazio Costa deste assunto? Não convoque outra comissão de sapientes economistas, por favor, porque eles ainda nem sequer ouviram falar disto!
Esta negociata obscura contém cláusulas secretas que só serão do conhecimento público 30 anos depois de assinada, se for assinado como está, aquele que parece ser um gigantesco embuste montado pelos grandes piratas da finança e da indústria americana e europeia contra as pequenas nações e contra tudo o que não sejam empresas globais. Entendeu, senhor Soares dos Santos?
Tempo, em suma, para discutir mais uma tentativa de transformar o mundo numa nova era de senhores feudais e servos da gleba. A fase atual é, como se sabe, a da destruição, pura e simples, das classes médias — com a colaboração oportunista e corrompida das elites burocráticas e partidocráticas sustentadas pelos novos senhores. Estas elites, que fazem cada vez mais parte dos 0,1% da camada mais rica das declinantes democracias ocidentais, têm que merecer o dinheiro que ganham e dão a ganhar aos clubes a que pertencem. E não estou a escrever sobre futebol!
Bloco interpela Passos sobre acordo comercial UE-EUA - PÚBLICO
Bruno Maçães, secretário de Estado dos Assuntos Europeus, subscreveu, com outros 13 governantes europeus, uma carta pedindo à Comissão Europeia que encare como “obrigatória” a inclusão de uma cláusula na futura Parceria Transatlântica para o Comércio e Investimento (TTIP, na sigla inglesa). Essa cláusula, como o PÚBLICO revelou na sua edição de ontem, é polémica.
Por isso, Catarina Martins, deputada do BE, enviou ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, uma pergunta: “Configura a iniciativa do secretário de Estado dos Assuntos Europeus, apoiando a inclusão de mecanismos de arbitragem jurídica fora dos tribunais europeus no âmbito do TTIP, a posição oficial do Estado português?”
O TTIP visa eliminar barreiras alfandegárias e outras, abrindo os mercados europeu e norte-americano às empresas dos dois lados do Atlântico. A cláusula que está no centro do debate é a que remete os eventuais conflitos jurídicos entre as empresas e os Estados para um mecanismo arbitral, privado, o ISDS, que significa “investor-state dispute settlement”, ou seja, arbitragem Estado-investidor.
Bruno Maçães pronunciou-se na carta e em declarações ao PÚBLICO a favor da cláusula. “Para Portugal, a questão crucial é eliminar a nossa desvantagem competitiva na área do investimento”, adiantou o secretário de Estado. “Só três Estados-membros da UE não têm qualquer acordo de protecção de investimento com os Estados Unidos. Portugal é um deles. É, por isso, uma questão de mercado interno e de criação de condições iguais para todos”, prosseguiu Bruno Maçães.
No entanto, a introdução no acordo de um mecanismo ISDS causa preocupações em vários sectores europeus. “No acordo de parceria que, eventualmente, a minha comissão venha a submeter a esta casa para aprovação, não haverá nada que limite as partes no acesso aos tribunais nacionais, ou que permita a tribunais secretos terem a última palavra nas disputas entre investidores e Estados”, prometeu Jean-Claude Juncker, na sua audição no Parlamento Europeu, como sucessor indigitado de Durão Barroso.
Plataforma Não ao TTIP reage ao artigo "Portugal: o caminho mais curto entre os EUA e a Europa" (deputada Francisca Almeida)
Expresso. 11:22 Quarta feira, 29 de outubro de 2014
A Plataforma nao-ao-ttip responde a um artigo da deputada Francisca
Almeida (PSD), publicado no blogue O Lado A do Lado B, a 19 de outubro,
no Expresso online.
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Cuando descubras que eres contrario al TTIP puede ser tarde
El socialismo es republicano. Ana Barba
Publico, 24 octubre 2014
Mi frutero cree que es de derechas. Piensa que si vienen los de izquierdas, le quitarán la frutería. Abre los ojos como platos cuando le digo que soy muy de izquierdas, no da crédito, una señora que parece tan de buena familia.
La dueña de la farmacia de la esquina es de derechas. Está al borde de la quiebra, pero cree a pies juntillas que la culpa es de la herencia recibida y de los de izquierdas, que no dejan al Gobierno hacer lo que debe.
Mi amigo Pepe, dueño de una pequeña granja en la sierra, se declara votante alterno del PP y el PSOE, pues no tiene claro quien le dará respuesta a su lenta agonía financiera.
Mi amiga Clara es funcionaria de la Administración. Se cree a salvo de la marejada de la crisis. Nunca tiene claro a quién votar, no le interesa la política. Ella cumple con su trabajo y no quiere saber nada más.
Pues bien, está a punto de empezar una nueva era para ellos, pero no lo saben. No pueden saberlo porque es un acuerdo prácticamente secreto. Les aviso y me creen trastornada. No tengo una bola de cristal, pero veo muy claro su futuro.
En los próximos meses, cuando entre en vigor el Tratado de Libre Comercio entre EEUU y la UE (TTIP), algo que ninguno de ellos conoce, su pequeño universo se transformará:
La libertad de comercialización de los productos americanos hará proliferar nuevos supermercados, llenos de envoltorios de colorines y precios de risa. Los trabajadores precarios, que son mayoría, sólo podrán comprar a esos precios, su sueldo no dará para más. Los pequeños comercios de proximidad irán cerrando poco a poco y nuestro frutero acabará de reponedor, por 500€ al mes, en un “walt-mart”, descubriendo que la fruta que venden allí es una porquería y que él, para asombro general, es de izquierdas pero no lo sabía. Se hará activista de un grupo off-line, ya que las nuevas normas sobre datos de usuarios de internet los pondrían al descubierto si usaran las RRSS.
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